quarta-feira, 30 de junho de 2021

CARTA AO PCPB * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

CARTA AO PCPB

POR QUE A FRT ROMPE COM O PCPB

A FRT vem informar aos seus amigos, simpatizantes, círculos e militantes sobre o rompimento com o PCPB. As razões são profundas. Antes de mais nada, pela opção exclusiva e apaixonada pela via institucional, através da busca de acordos tácitos com os partidos do sistema, visando eleições, composição em governos e vínculos parlamentares. O PCPB não vislumbra um mundo sem gabinetes nem benesses. E num segundo plano, pela dificuldade em compreender o desdobramento das palavras de ordens em políticas programáticas. Por exemplo, FORA BOLSONARO. Não é uma expressão gerada pela feiura do personagem, por sua debilóidice ou por ser miliciano. Mas devido ao contexto que o vincula com  o ataque neoliberal às nossas maiores riquezas, desde as econômicas até as sociais. 

Todos nossos camaradas tenham a tranquila certeza de que esgotamos o manancial marxista em exemplificar que os comunistas não devem participar das instituições burguesas por obrigação dogmática mas pelo resultado das análises feitas com base na correlação de forças dada pela conjuntura.

Não é preciso ser Einstein para enxergar a realidade. O capitalismo vem deslindando seus segredos há décadas. É uma crise atrás da outra e nenhuma tem solução sem assaltar os cofres públicos. 

Desde a última crise do petróleo, desde a guerra do golfo, dos balcãs, do oriente médio, o capitalismo vem buscando se apoderar dos recursos naturais, hídricos, minerais, entre outros, em todos os recantos do mundo.

Na América Latina não é diferente. Não há um só metro quadrado da região que não esteja no foco do imperialismo graças a suas riquezas.. E o seu último ataque foi ao Brasil. As riquezas do país são um manancial de causar desequilíbrio na sanha dos assaltantes. Dos golpes militares clássicos aos lawfares, seus métodos há muito abandonaram o "bom mocismo" da diplomacia, o Estado de Direito há muito virou estado de direita, o estado de bem estar social deu lugar ao estado de indigência social e as tão exaltadas instituições do estado burguês deram lugar a quadrilhas de religiosos, de empresas de comunicação, de juízes comprados, transformando as tão admiradas FFAA - Forças Armadas, em meros bandos de mercenários armados e mantidos pela sociedade a serviço de interesses estrangeiros.

Não poderiam ser diferentes os respectivos parlamentos e poderes executivos. De uma ponta à outra, temos mais quadrilhas a serviço do capital, volátil ou não, mas todas empenhadas em matar a fome dos seus donos: investidores que se comprazem em lucrar a bel-prazer enquanto saboreiam um uísque nos terraços mais caros do mundo, indiferentes ao suor que lhes sustenta.

Ou seja, há muito o capitalismo esgotou a paciência com o social. Há muito os encantos da social-democracia foram chutados porta-fora. O populismo dos velhos coronéis da periferia do mundo viraram monturos de lixo nos países dependentes. E em seus lugares assumiram chicago-boys do tipo Paulo Guedes, sujeitos adestrados na arte de rapinar os recursos das nações. As privatizações são o alvo preferido, uma vez que são mercados já garantidos, em sua maioria sem concorrência. 

Mas é interessante que há gente disposta a ignorar tudo o que nossos olhos vêem. Há um conjunto de forças políticas, compostas por tropas de "gente de bem" nos pregando o paraíso do passado, Parecem animadores de palco do Velho Guerreiro Chacrinha, mas se esforçam para parecer pós-modernos. Em sua maioria são representantes de castas, tem nomes nobres, tais como  Dórias, FHCs, Agripinos, Sarneys, Neves etc, lá no topo como glacê e na camada mediana um sem número de cafetões de toda espécie. Mas a pior camada é a inferior, que reúne "líderes" de todo naipe, tendo como ponta de lança um Lula. Paralelo a esse, vem uma ráia miúda batendo latinhas pra ganhar vintém. Aí se alinham inclusive próceres com discursos pseudo-revolucionários. Aí é que mora o perigo, porque almejam os mundinhos lá de cima. 

Portanto, nós militantes da REV conclamamos todos os trabalhadores a se unirem e lutar por 

CRIAÇÃO DE GRUPOS DE APOIO MÚTUO NAS COMUNIDADE CARENTES
FORA BOLSONARO
VACINA PARA TODOS PELO SUS
REVOGAÇÃO DAS PRIVATIZAÇÕES
AUXÍLIO EMERGENCIAL DE 1 SALÁRIO MINIMO POR  PESSOA
ÁGUA, LUZ E TRANSPORTE GRÁTIS PARA TODOS OS DESEMPREGADOS

A LUTA CONTINUA ATÉ A VITÓRIA FINAL!!!

CARTA AO PCPB * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

CARTA AO PCPB 

POR QUE A REV ROMPE COM O PCPB


Eu, George Kunz, venho informar o meu afastamento do Comitê Central do PCPB, bem como dos quadros do mesmo. Esta decisão se baseia na incompatibilidade com práticas oportunistas, estranhas às minhas concepções. 


Reforço a defesa das bandeiras de luta que nortearam o meu ingresso ao PCPB

No contexto da maior crise capitalista mundial e dos brutais ataques do governo Bolsonaro é dever dos verdadeiros revolucionários organizarmos a luta dos trabalhadores.


Hoje os trabalhadores e as massas estão retomando as manifestações de rua. Com o aumento da pressão da burguesia essa é a tendência para o próximo período.


Precisamos levantar bandeiras como o cancelamento da dívida pública, a reestatização dos setores estratégicos da economia sob o controle dos trabalhadores, a alocação de 15% do PIB para a saúde pública, uma educação pública e de qualidade, um programa amplo de obras públicas para gerar dezenas de milhões de empregos, o fim do latifúndio e do “agronegócio” e a revolução agrária no campo. E muito fundamentalmente denunciar as eleições golpistas de 2022 que buscam aprofundar o massacre do Brasil imposto pela burguesia e o imperialismo.


Devemos lutar por um governo revolucionário de trabalhadores. Com esse objetivo devemos buscar aglutinar os verdadeiros revolucionários para organizarmos um partido revolucionário a serviço dessa luta. Todos os nossos esforços de agitação e propaganda, inclusive nas eleições, devem estar orientados estritamente nesse sentido.


Na minha pessoa e em nome da corrente Resistência Esquerda Vermelha, registro os meus votos de sucesso a todos os que lutam contra o Governo Bolsonaro e pela destruição do capitalismo. 


Saudações revolucionárias. George Kunz.

RESISTÊNCIA ESQUERDA VERMELHA

quinta-feira, 24 de junho de 2021

CHINA E RÚSSIA PODEM AJUDAR À REVOLUÇÃO? * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

CHINA E RÚSSIA PODEM AJUDAR À REVOLUÇÃO?
Alguns ativistas e até organizações defendem a ideia, e até política, de que é melhor com os russos e chineses do que é com o imperialismo norte-americano.

Essa disjuntiva tem sido vivenciada ao longo dos séculos. Na nossa América Latina, por exemplo, parte das comunidades indígenas no México, se uniram aos espanhóis para se livrarem dos opressores aztecas ou mexicas. E deu no que deu.

A visão moral e metafísica do “melhor e o pior” considera as coisas e os fenômenos sociais como se eles nunca mudassem, como se a evolução

Se para aumentar o controle do mercado mundial, no atual contexto da maior crise capitalista mundial , os russos e chineses precisarem apoiar ditaduras militares assassinas e genocídios em massa, o farão. Ou melhor, continuarão aplicando essa política, mas em larga escala. Não esquecer, por exemplo, que os chineses chegaram a apoiar Mobutu e até o ditador do Sudão; isso sem esquecer as alianças da China com Pinochet para se contrapor aos acordos da então União Soviética com a Argentina de Videla.

Afinal, não devemos nos esquecer que a burguesia que controla a Rússia a China são ferrenhos defensores do capitalismo e, portanto, inimigos mortais dos trabalhadores.

Se os chineses e os russos conseguirem derrotar o imperialismo norte-americano numa guerra importante e eles próprios passarem a controlar o mercado mundial, eles próprios serão igualzinhos ou ainda piores que o imperialismo norte-americano. Por que? Porque serão obrigados a empregos os mesmos métodos fundamentais, se não ainda piores, para controlar o mercado mundial do capital em brutal crise.

Se as burguesias russas e chinesas apoiarem a autodeterminação dos povos, haveria espaço para um apoio, mas considerando o caráter de classe, o único apoio possível seria hipotéticas ações concretas que pudessem derivar em ações concretas e sempre com a condição de manter total independência dessas e de qualquer setor da burguesia.

Conjuntura eleitoral via 22 * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

 CONJUNTURA ELEITORAL VIA 22



Dino e Freixo vão para o PSB.

ESQUERDA PRECISA DE PARTIDOS FORTES

NÃO DE PARTIDOS PARA CARREIRAS INDIVIDUAIS


O governador do Maranhão, Flávio Dino, e o deputado federal Marcelo Freixo, do Rio, foram para o PSB. Dino saiu do PCdoB, e Freixo do PSOL.

Tanto PCdoB quanto PSOL apresentam muitos problemas de identidade política e ideológica em relação a uma coerente política de esquerda, democrática e popular.


Mas, certamente, mesmo com suas debilidades, são siglas mais programáticas e menos fisiológicas do que o PSB.


A sigla na qual Dino e Freixo agora desembarcam teve, por exemplo, maioria de deputados federais em apoio ao bolsonarista Arthur Lira (PP-AL), cacique do “Centrão” (Direitão), para a presidência da Câmara.

Muitos dos deputados do PSB votaram a favor do golpe parlamentar do “impeachment” em 2016.


E em Recife, seu candidato eleito à prefeitura, João Campos, recebeu a adesão do MBL na campanha eleitoral. Este grupelho fascista, o MBL, aderiu a Campos numa campanha histérica e extremista de que “o PT não pode voltar, a esquerda não pode voltar, são a desgraça do Brasil”. Não foram repudiados nem sequer desmentidos.


Estes poucos episódios mostram que o “socialismo” do PSB limita-se ao nome da sigla e é um escárnio a qualquer posição efetivamente socialista.

Dino e Freixo vão para o PSB pelo que consideram conveniências eleitorais. Podem se discutir tais “conveniências”. Mas é estranho que se troque de partidos na base de supostos cálculos eleitorais.


Pelo menos é estranho ao que deva ser uma política de esquerda.

A adesão a um partido político, a dedicação de um militante de esquerda a seu partido, são atos centrais desta militância.


Um militante de esquerda sabe – ou deveria saber – que partidos de esquerda, populares, e democráticos, são essenciais à política de esquerda, à democratização profunda da vida nacional, à necessária solução dos gravíssimos problemas sociais que afetam nosso sofrido povo. E isso vale ainda mais para militantes, quadros destacados, em posição de liderança.

Então não se pode pensar em política de esquerda que fique ao sabor do “socialismo” do PSB.


NITIDEZ POLÍTICA E IDEOLÓGICA

É INDISPENSÁVEL À ESQUERDA


Freixo, na sua projetada campanha ao governo do Rio, contratou, segundo noticiado, o marqueteiro Renato Pereira para dirigir sua campanha. Entre outras, Pereira foi o idealizador do pato golpista da Fiesp, e dirigiu campanhas de Eduardo Paes, Pedro Paulo, Cabral, Pezão (todos políticos da direita do estado do Rio).


O ex-deputado do PSOL chamou Raul Jungmann, carreirista com décadas de oportunismo, ex-ministro de Temer, para elaborar seu programa de segurança.


Se tais posições não favorecem uma política democrática e popular, têm um mérito. A quem é consequentemente de esquerda interessam posições as mais claras, tornar nítido qualquer escamoteamento político.

Freixo nunca se propôs ir além de uma carreira parlamentar, ou nos marcos do jogo da política burguesa.


No entanto, tinha (ainda tem em parte para desavisados) uma imagem de ser muito à esquerda, "socialista" - fosse assim, não teria sido apoiado pela Globo contra Crivella quando foi candidato a prefeito do Rio, em 2016.

Sua saída do PSOL tem o mérito de mostrar que ele está longe de ser tão de esquerda.


Pode-se dizer o mesmo da saída de Flávio Dino do PCdoB, uma legenda pretensamente comunista. Dino sempre foi o que os comunistas chamam acertadamente de companheiro de viagem.

Cada macaco no seu galho: vale para Freixo e o PSOL, Dino e o PCdoB.


O BURACO É

MAIS EMBAIXO


Na verdade, o enorme problema da esquerda institucional brasileira é a sua grande precariedade política, ideológica, e orgânica de seus principais partidos, de base democrática e popular, PT, PSOL, e PCdoB.


Isso é obscurecido diante da unidade imperiosa da luta contra Bolsonaro.

Mesmo essa unidade não se dá com poucos percalços, viciados que estão estes partidos na mera política puramente eleitoreira, submersa nos seus mesquinhos interesses particularistas.


O peso dos mandatos governamentais e parlamentares atropela a vida democrática desses partidos.


A vida democrática interna, a ligação com as bases populares, fundamentais a partidos populares, são abandonadas em favor de interesses eleitoreiros.

No PT, por exemplo, um partido "social-democrata tardio", ocorrem fraudes em processos eleitorais internos, sem que tais “eleições” sejam anuladas ou fraudadores punidos. Decisões vitais não são tomadas pelas instâncias de direção, mas por bancadas parlamentares.


No PCdoB há uma política que não tem como centro a unidade popular, fica-se muitas vezes a reboque de um político arrivista burguês como Ciro Gomes (recordista que já passou por uma dezena de siglas partidárias), e prega-se abertamente o abandono da própria identidade comunista.


O PSOL é muito mais uma federação de tendências do radicalismo pequeno-burguês, com peso crescente não apenas da política meramente parlamentar, mas também do identitarismo (que às vezes nem de esquerda é e se contrapõe à luta de classes).


Majoritariamente a esquerda deságua na candidatura Lula, o que é bom, mas, sem resolver seus problemas programáticos, estaremos todos condenados a novas acachapantes derrotas.


Não é à toa que a própria maioria petista – apesar das convulsões permanentes em contrário de setores da esquerda petista - foge como o diabo da cruz da avaliação crítica do período 2003-2016.


Evita-se a todo custo discutir o hábito de Lula chamar patrões de companheiros, o “companheiro” Meirelles (do Bank of Boston); aberrações como Palocci (que foi pioneiro em propor o “ajuste fiscal” como emenda constitucional), o Chicago boy Joaquim Levy como ministro de Dilma (gasolina na fogueira golpista), ou os cerca de R$ 700 milhões dados pelos “governos de esquerda” à Globo.


Precisamos mais do que nunca de partidos de esquerda fortes, ideológicos, consistentes politicamente, programáticos.

Sem isso não afirmaremos o Brasil como nação, não conseguiremos uma vida digna para o nosso povo; não faremos a necessária Revolução nem alcançaremos a libertação nacional e social. A luta pelo socialismo se limitará a palhaçada retórica sem qualquer efetividade, apenas servirá à demagogia de oportunistas.

***

Movimento Brasil Operário/MBO

 MOVIMENTO BRASIL OPERÁRIO

https://grupodeapoioaostrabalhadores.blogspot.com/ 
***

quarta-feira, 23 de junho de 2021

FORA BOLSONARO É TUDO? * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

FORA BOLSONARO É TUDO?


"Ser ou não ser, eis a questão

William Shakespeare"

A frase acima, muito mais do que uma simples frase, é uma proposição e nos convida a nos questionarmos se aquilo que fazemos possui alguma perspectiva. Tomo-a como mote para convidar os distintos amigos a pensar politicamente as palavras de ordem levantadas pela conjuntura brasileira de 2016 em diante.

Vamos pensar um pouco: no auge do golpe pt&cia diziam "não vai ter golpe" e assim ninguém foi pra rua denunciar nada, contando inclusive com a conivência do capitão-mor lula e levar uma cusparada do imperialismo pela cara; nesse ínterim, o Pentágono, a CIA e o empresariado articularam livremente até concluírem que para dar o golpe, bastaria inventar um IMPEACHMENT contra dilma, a pretexto de pedalada fiscal. Mais uma vez, pt&cia se mantiveram omissos. Logo a seguir, se deram conta de que a armação vinha do Temer, um peixe miúdo a serviço do capital, e inventaram o FORA TEMER, que resultou em nada, mais a prisão do lula. Aí alguém esperava que saísse alguma disposição de luta, calcada na mobilização pela soltura do "maior líder operário da atualidade", mas para surpresa de todos, nada além de vigília mais vigília na porta da PF em Curitiba, sem nada para mexer no mar de lama. Chegam as eleições 2018, com o pt balangando pra direita e se apresentando como "pt paz e amor" embalado por Haddad. Este todos sabem que é o psdb do pt: além de insosso é inodoro. Serviu de poste para bolsonaro mijar. No entanto, o pt só não se saiu pior da eleição graças ao trabalho de segmentos deslocados do foco fascistizante empreendido pelas elites junto à mídia.

...e bolsonaro passou a boiada. Uma vez empossado, institucionalizou-se a fanfarra, a "era dos milicianos" no poder, corrupção desenfreada, delinquência acima de tudo bolsonaro acima de todos, hordas de bolsonaristas matando indefesos país a fora e justiça nada...

Sequer a justiça advinda das lutas sociais, omissão total das camadas opositoras ao bolsonarismo, inclusive da "oposição pt&cia. Essa fica fazendo cena na câmara federal e no senado e recebendo os dividendos das nossas desgraças. Mas busca se salvar às custas de mais palavra de ordem, agora FORA BOLSONARO. Esta acaba de ser resgatada dos escombros da conciliação de classes comandada pela dita esquerda nos atos de dia 29 de maio. Para requentar a programação oferecida a seu gado, criaram a CPI DO CORONA, com shows emocionantes de patifaria. Agora querem que todos engulam o engodo como panaceia para a desgraceira geral. A quantia de mortos pela pandemia não passa de uma cena para elevar as emoções no cotidiano de tanta gente humilde.

Para se tingir de rosa, convocam panelaços, twitaços, marcam novos atos forabolsonaro como se isso fosse zerar a fome, o desemprego, a dominação imperialista, a submissão ao capital financeiro, o avanço da indigência social, tudo sob o glacê da conciliação de classes, da defesa das reforminhas burguesas, e quem defende isso defende a nossa morte e não a do capitalismo.
*

ALÉM DE VOLTAIRE * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros /PCTB

ALÉM DE VOLTAIRE
https://dhpoliticos.blogspot.com/ 
***

domingo, 20 de junho de 2021

Adorar grandes revolucionários ou aplicar na prática a política revolucionária? * PCTB

Adorar grandes revolucionários ou aplicar na prática a política revolucionária? 

Muitos grupos da esquerda levantam a figuras de grandes personalidades que atuaram no movimento revolucionário ao longo da história, como o eixo principal para a atuação na situação política atual.

Na prática, seria o que? Reconhecer religiosamente que Stalin foi um grande revolucionário, ou León Trotsky, ou Mao Tse Tung ou Ho Chi Minh etc. E supostamente essa seria a maneira para construir um partido de trabalhadores.

Quem tem experiência na militância do movimento de massas sabe que os trabalhadores têm alergia desse tipo de política pequeno burguesa. Eles já têm uma certa desconfiança dos estudantes e professores, precisamente por causa desse hippismo pequeno burguês que acha que o que eles pensam seria a realidade.

Os trabalhadores, principalmente os dos setores de ponta buscam soluções concretas aos problemas concretos. E se os revolucionários não tiverem essa consideração muito presente ao elaborar as políticas muito dificilmente irão recrutar um único trabalhador para a causa revolucionária.

A partir da política concreta, ainda aplicada na prática com sucesso, os revolucionários poderão avançar nas questões da política revolucionária, porque terão ganhado a confiança dos trabalhadores, o que somente pode acontecer num processo de luta encarniçado contra o capital, a polícia, as burocracias, a “esquerda” oficial contrarrevolucionária, a "justiça" etc.

Qual é a tarefa urgente dos revolucionários?

Neste momento, uma das peculiaridades fundamentais da situação política atual é que as organizações dos trabalhadores estão tomadas por pequeno burgueses oportunistas e corruptos. Mas a contra partida é que esses partidos nunca foram tão fracos como hoje; se encontram totalmente integrados ao sistema e não têm militantes no movimento operário. Essa situação é a primeira vez que acontece desde o movimento dos Cartistas, que atuaram na década de 1820. Isso é um problema e ao mesmo tempo abre uma avenida de oportunidades para os revolucionários

A maioria das agrupações de esquerda nem sequer é capaz de enxergam os dois lados da moeda porque não conseguem pensar de maneira dialética devido à enorme pressão pequeno burguesa

A "esquerda" oficial corrupta, junto com as máfias sindicais e dos movimentos sociais, representam o segundo principal mecanismo de contenção das lutas, após a ditadura do capital, e não têm como resistir um ascenso importante das lutas. Outros oportunistas poderão surgir, mas especificamente estes se encontram em fase terminal, como produto da sua própria formação a partir da escalada do neoliberalismo.

A aplicação da política revolucionária hoje passa por levantar as bandeiras revolucionárias e lutar efetivamente por elas, longe dos “ismos”.

Devemos lutar por um governo de trabalhadores como saída para a crise. E para acumular forças nesse sentido precisamos levantar bandeiras transitórias como:

1- cancelamento da dívida pública, 
2 - reversão das privatizações, 
3 -realização de um grande programa de obras públicas para acabar com o desemprego
4 - alocação de 15% do PIB para a saúde pública e outro 15% para a educação pública 5 -proibição de qualquer atividade relacionada com a especulação financeira
6 - revolução agrária
7 - rompimento com todas as imposições do imperialismo.
***

Jornal do Bairro * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

 JORNAL DO BAIRRO

https://jornaldobeijo.blogspot.com/ 
***

sábado, 12 de junho de 2021

O movimento de massas e a luta revolucionária * PCT

O movimento de massas e a luta revolucionária
12 Junho , 2021

1- A campanha do imperialismo mundial, replicada pela “esquerda oficial”, é que o movimento revolucionário estaria morto. Que o imperialismo seria fortíssimo. Que o socialismo estaria morto. Que a “democracia” (em abstrato) está em crise, mas que, ainda assim, este seria o melhor dos mundos possíveis. Que a esquerda está em brutal crise. E que não se sabe o que virá no futuro. Tudo isso tem sido fruto do desmantelamento do que se denominou “socialismo real”;

2- A análise da realidade deve ser feita em cima do instrumental do socialismo científico;

3- Na realidade, estamos assistindo aos momentos finais da campanha do chamado “neoliberalismo”, que tomou corpo na segunda metade da década de 1980. Após a queda do Muro de Berlim e da União Soviética, praticamente toda a esquerda mundial se integrou à “democracia imperialista” sob a propaganda de que agora era a vez da democracia (em abstrato);

4- O movimento operário sofreu um grande golpe com a transferência de setores industriais inteiros dos países ocidentais à China e, posteriormente, com a incorporação ao mercado mundial dos trabalhadores da antiga União Soviética, com salários muito menores. Esses fatores exerceram uma enorme pressão sobre as condições de vida dos operários ocidentais;

5- Os setores revolucionários da esquerda sofreram um duro golpe. A esquerda mundial passou a ser controlada diretamente pela burguesia ou pela pequena burguesia. Os sindicatos e os movimentos sociais passaram a ser controlados por direções sindicais muito burocratizadas, e em grande medida foram desmantelados sob os ataques do grande capital;

6- O efeito colateral da incorporação da esquerda pequeno burguesa à “democracia”, imposta pelo imperialismo, foi o profundo desgaste que sofreu diante do movimento de massas e que se acentuou muito mais após o colapso capitalista mundial de 2008;

7- A democracia burguesa encontra-se completamente desgastada e novos mecanismos de controle que levam a ditaduras brutais são cada vez mais visíveis;

8- A “esquerda oficial” incorporada a este regime se desgasta a cada dia porqu não consegue também apresentar qualquer alternativa para a melhoria de vida da classe trabalhadora;

9-O ponto positivo do desenvolvimento da situação política é que nunca na história os mecanismos de contenção por meio da conciliação de classes, foram tão fracos como atualmente, como reflexo da própria crise do imperialismo;

https://pcpb.com.br/

A retomada das manifestações nas ruas e as eleições 2022 *PCPB

 A retomada das manifestações nas ruas e as eleições 2022


O que vale uma eleição no contexto atual? Isso pode trazer mudanças profundas?

E a conciliação de classes que Lula fez de maneira magistral nos seus governos pode repeti-la hoje? Ou será uma conciliação muito mais à direita?

O que vale para a política revolucionária entrar numa política submetida ao imperialismo?

A saída para a brutal crise atual é institucional ou o povo mobilizado nas ruas?

Estas perguntas se tornaram críticas considerando a aproximação das eleições de 2022 e a retomada das manifestações nas ruas, depois de quatro anos de congelamento, embora direcionadas pela via institucional.

O contexto geral é o da crise capitalista mais profunda de toda a história com o crescimento imparável dos volumes obscenos de capitais fictícios, que pendem qual uma “espada de Damocles” sobre as cabeças do mundo capitalista.

As burguesias e o imperialismo buscam desesperadamente uma saída para a crise. Esta tem se tornado cada vez mais impossível pelas vias tradicionais devido à impossibilidade de colocar em pé uma política alternativa ao chamado “neoliberalismo”.

Com a “pandemia”, os repasses de recursos públicos aos grandes capitalistas têm se tornado obscenos. Isso é a base da disparada dos preços das matérias primas e da carestia da vida.

Com o objetivo de conter a crise, as burguesias e o imperialismo têm imposto brutais estados de sítio, disfarçados de confinamentos pela “pandemia”, rebaixado as condições de vida dos trabalhadores e das massas de maneira escandalosa, impulsionado o fascismo e as ditaduras militares semi disfarçadas. E o mais central, direcionam o mundo a uma grande guerra como o componente central da sua crise.

Os problemas reais dos trabalhadores e dos povos

Enquanto a crise capitalista avança rumo a confrontos ainda mais duros, as burguesias e o imperialismo tentam canalizar o cada vez mais profundo descontentamento pelas vias institucionais.

No Brasil, até retiraram (pelo menos temporariamente) os processos criminais contra Lula, que agora voltou à ação política. Cabe destacar que Lula agora é um destacado militante do Grupo de Puebla, teleguiado pelo Partido Democrata de Joe Biden e Kamala Harris.

Os trabalhadores e o povo brasileiro precisam de mais comida, empregos, saúde, educação, transporte.

As eleições de 2022 poderão resolver esses problemas gravíssimos em benefício do povo brasileiro?

Lula pode vencer as eleições? Ou fará o papel de palhaço que o PT e a “esquerda” oficial fizeram em 2018 para legalizar a vitória do bolsonarismo? E que o repetiu em 2022.

E no caso, muito pouco provável, de Lula vencer as eleições reverterá os brutais ataques impostos pelo bolsonarismo contra o povo brasileiro? E a doação da Vale de 1999? E as concessões de TVs e rádios que são tratadas como capitanias hereditárias? E a destruição do Brasil operada pela Operação Lava Jato? E os “acordos” impostos pelo imperialismo contra os trabalhadores e a soberania nacional?

Sobre os programas assistenciais devemos lembrar que, quando a luta de classes está acirrada o povo apresenta a tendência ao ascenso, à luta, eles têm como objetivo por um curativo para um tumor e principalmente manter o povo controlado.

Precisamos unificar as palavras de ordem em torno à luta. É uma questão urgente.

Devemos ir às ruas no dia 19 de junho para gritar:

Fora o Governo Bolsonaro e o massacre do povo brasileiro!

Chega de geladeiras vazias e cemitérios cheios!

Levante Brasil!

    Resistência esquerda vermelha * Partido Comunista dos Trabalhadores/PCT

     RESISTÊNCIA ESQUERDA VERMELHA

    https://www.facebook.com/groups/248911045522409
    *

    segunda-feira, 7 de junho de 2021

    A Internacional * Eugènne Pottier/Pierre Degeyter/França

    A INTERNACIONAL
    Eugènne Pottier/Pierre Degeyter/França 

    De pé, ó vitimas da fome!
    De pé, famélicos da terra!
    Da idéia a chama já consome
    A crosta bruta que a soterra
    Cortai o mal bem pelo fundo!
    De pé, de pé, não mais senhores!
    Se nada somos de tal mundo
    Sejamos nós, oh produtores!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    Senhores, patrões, chefes supremos
    Nada esperamos de nenhum!
    Sejamos nós que conquistemos
    A terra mãe livre e comum!
    Para não ter protestos vãos
    Para sair desse antro estreito
    Façamos nós por nossas mãos
    Tudo o que a nós nos diz respeito!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    O crime de rico a lei o cobre
    O Estado esmaga o oprimido
    Não há direitos para o pobre
    Ao rico tudo é permitido
    À opressão não mais sujeitos!
    Somos iguais todos os seres
    Não mais deveres sem direitos
    Não mais direitos sem deveres!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    Abomináveis na grandeza
    Os reis da mina e da fornalha
    Edificaram a riqueza
    Sobre o suor de quem trabalha!
    Todo o produto de quem sua
    A corja rica o recolheu
    Querendo que ela o restitua
    O povo quer só o que é seu!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    Nós fomos de fumo embriagados
    Paz entre nós, guerra aos senhores!
    Façamos greve de soldados!
    Somos irmãos, trabalhadores!
    Se a raça vil, cheia de galas
    Nos quer à força canibais
    Logo verás que as nossas balas
    São para os nossos generais!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    Pois somos do povo ativos
    Trabalhador forte e fecundo
    Pertence a terra aos produtivos
    Ó parasitas deixai o mundo
    Ó parasitas que te nutres
    Do nosso sangue a gotejar
    Se nos faltarem os abutres
    Não deixa o sol de fulgurar!


    Bem unido façamos
    Nesta luta final
    Uma terra sem amos
    A internacional


    Letra: Eugènne Pottier
    Música: Pierre Degeyter - 1888


    *
    UM POUCO DE HISTÓRIA


    Canção escrita por Eugène Pottier, um trabalhador do setor de transportes e membro da Comuna de Paris, em Junho 1871. Inicialmente era cantada ao ritmo da Marselhesa e só em 1888 recebeu música própria, composta por Pierre Degeyter, um operário anarquista.


    A Internacional é um hino internacionalista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo. A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier, que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa.
    ***