sábado, 15 de julho de 2023

"ÍNDIA PATA RAJADA, CAMPONÊS DE MERDA" * Camilo Katari/Bolívia

 "ÍNDIA PATA RAJADA, CAMPONÊS DE MERDA"

Camilo Katari/Bolívia

Dessa forma, uma policial foi insultada por um defensor de Amparo Carvajal, defensor dos golpistas de 2019. Essa é a qualificação do pensamento de sua coorte de defensores e das ideias disseminadas por Dona Carvajal.

Deve ficar claro que Amparo Carvajal representa as atitudes mais coloniais que lidavam, no pretérito, com os "pobres bolivianos". Presenciei pessoalmente um episódio em um Congresso de colonizadores, nos anos 80, quando Carvajal geria lideranças e seu pensamento colonizador a fazia assumir que era superior a todos.

Sua atitude na ocasião foi a de um patrão que pretendia administrar os debates no referido congresso. Essa primeira impressão foi confirmada ao longo dos anos.

Não é de estranhar que as ações epidérmicas não permitam conhecer os ossos que sustentam as estruturas humanas. Carvajal é o que é: uma mulher com pensamento colonial que em nome da “democracia” justificou as mortes de aimarás e quíchuas em Senkata e Sacaba, tornou-se aliada das forças fascistas que semearam o terror em novembro de 2019.

Que interesse pode ter, para a democracia, que uma senhora se diga dona de um imóvel, como acontece diariamente na Bolívia? Porque a Assembleia Boliviana de Direitos Humanos não é mais uma instituição confiável pertencente aos setores populares que lhe deram legitimidade.

Carvajal é apoiado apenas pela cobertura da mídia relacionada ao pensamento fascista/racista colonial e, claro, por personagens como o vociferante insulto racista e oportunistas políticos que chegaram a sugerir que Carvajal deveria ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Quem Carvajal representou na Assembleia de Direitos Humanos? Devemos assumir que a Igreja Católica? O que temos certeza é de sua capacidade de obter recursos disponíveis gratuitamente que manteve uma burocracia que o homenageou.

Carvajal, como Francisco Franco, representa um pensamento, neste caso o pensamento colonial, por isso sua rápida sintonia com o Camacho, Mesa, Quiroga, etc. A falta de uma liderança política dessa direita fascistóide na cidade de La Paz tornou um símbolo de uma "heroína" sustentada, como dissemos pela mídia relacionada.

E o que essa direita busca é que Carvajal se torne um "mártir da ditadura fascista" e, como no tempo de Villarroel, com essa trama pré-fabricada, provocar motins para desgastar o governo, amaldiçoar o MAS para todo o sempre (Conforme em seu tempo as Legiões de Maria o fizeram com Villarroel e o MNR) e para ganhar e consolidar militantes para suas hordas esqueléticas e violentas.

O que se passa é um roteiro bem conhecido e só os incautos podem cair nessa artimanha de origem perversa, usando um idoso que claramente não tem mais controle sobre seu personagem criado artificialmente.

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