DOCUMENTOS

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POLITICA DE ORGANIZAÇÃO


CONVITE AOS CAMARADAS

Os descaminhos e a crise profunda da esquerda brasileira: a importância da batalha pela reconstrução do movimento comunista revolucionário.

1-O regime burguês vive uma das mais severas crises de sua história certamente. Após o esgotamento nos idos dos anos 70 do século passado, daquilo que se chamou "anos dourados" da acumulação desde o pós Segunda Guerra, o capitalismo mundial entrou num período de crise estrutural, caracterizado pelo caráter universalizante e mundial desta crise; 

2-As sérias limitações que a sociedade burguesa impõe sobre o conjunto das potencialidades humanas chegaram a seu ápice. Nunca a contradição entre o desenvolvimento das forças produtivas por um lado, e as relações de produção por outro foram tão ameaçadoras para a própria sobrevivência dos seres humanos e o conjunto da vida no planeta, como agora. As atuais guerras e conflitos, bem como a completa instabilidade econômica, social e política que tomam conta do mundo, são expressões deste fato, ou seja, de que o valor de troca se impôs de tal forma às necessidades da humanidade, que a ameaça existencialmente; 

3-Desde meados dos anos 1990, particularmente com a queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e restauração do regime capitalista em quase todos os antigos Estados operários produtos das revoluções socialistas que havia ameaçado o poder burguês no mundo, o capital conseguiu relativo fôlego e uma espécie de fuga para frente, criando as condições para a imposição da chamada "globalização" neoliberal. Rebaixamento das condições de existência das massas laboriosas, generalização a nível mundial da superexploração da força de trabalho, destruição dos serviços sociais universais, supressão das conquistas econômicas do mundo do trabalho, privatizações, recrudescimento da internacionalização da produção, etc., colocaram o proletariado e as massas populares na defensiva; 

4-Podemos mesmo dizer, baseados em fatos objetivos, que o proletariado mundial e seus aliados sofreram e vem sofrendo, derrotas históricas desde meados dos anos 1980/90 até agora. Nessa esteira, os países dependentes, subdesenvolvidos e de capitalismo ultra -tardio, estão passando por um verdadeiro período de regressão neocolonial globalizada, marcada por destruição de forças produtivas, desindustrialização, reprimarização econômica, desemprego estrutural, avanço ainda maior do pauperismo e marginalização, obscurantismo e decomposição das franjas de seu tecido social; 

5-Por sua vez, o imperialismo estadunidense, chefe de fila de uma coalizão de potências imperialistas de segunda ordem, vê sua hegemonia ameaçada por potências emergentes, no entanto não imperialistas como a China e, até certo ponto a Rússia. Tal fato induz ao recrudescimento da agressividade por parte dos bandidos imperialistas contra os povos oprimidos do mundo, radicalizando a pilhagem através de guerras por procuração como na Líbia, Síria, Ucrânia, ou mesmo em Israel, que devido a seu caráter de cabeça de ponte e enclave dos Estados Unidos na Ásia Ocidental, tem promovido um brutal e covarde genocidio e mesmo extermínio do povo palestino; 

6-O caráter expansionista e incontrolável do capital, onde impera a alienação, o estranhamento e a reificação de todas as relações humanas, parece ter fugido ao controle e hoje, como o feitiço que domina o feiticeiro, coloca a humanidade diante de um gravíssimo dilema: socialismo ou extinção; 

7-O Brasil não pode passar incólume disso. Como país de capitalismo atrasado e dependente, de industrialização hiper -tardia, cuja burguesia e demais setores das classes dirigentes sempre estiveram submetidas ontologicamente a dominação imperialista, vive claramente uma regressão de 100 anos em relação a sua estruturação sócio-econômica e cultural. As consequências de tal fato gravíssimo pode-se ver nas massas de desempregados crônicos, no crescimento sem precedentes da criminalidade, da juventude sem perspectivas, aumento da fome, do desamparado social, agigantamento das favelas, moradores de rua e outras manifestações claras da barbárie social que toma conta do país e cuja resolução de tais danos malignos, escaparam das possibilidades de nossas classes dominantes, completamente alheias aos tormentos de nossa gente; 

A falência da esquerda institucional e pequeno burguesa:

8-Diante do tamanho da gravidade da situação em que nos encontramos, é correto nos perguntar, por onde anda as expressões políticas dos interesses dos explorados, ou seja, as organizações e partidos da esquerda? 

9-O avanço avassalador do neoliberalismo como regime de reprodução do capital para responder a queda das taxas de lucros da burguesia, super-produção e aumento do raio de acumulação, também trouxe em seu bojo o acirramento sem precedentes do poderio de manipulação, mistificação, fetichismo e embotamento ideológicos. Ou seja, estamos em pleno período agressivo do capitalismo manipulatório, inerente a sua fase de reprodução neoliberal, onde a própria indústria cultural em sua totalidade passa por uma grande fase de incremento e acentuação, levando ao paroxismo o poder da ideologia e da alienação em massa; 

10-O movimento comunista mundial sofreu grande baque e revés em tal período histórico, se enfraquecendo, estando distante da classe e perdendo o norte programático histórico de ir além do capital. Nestas condições, a crise de direção do proletariado toma proporções assustadoras, colocando objetivamente um grande desafio histórico para a atual e as novas gerações de revolucionários marxistas-leninistas; 

11-A batalha para se inserir no interior da classe, ajuda-la a superar suas barreiras que a impedem de ver com clareza os males que a atormentam e submetem humilhante, é tarefa dos revolucionários comunistas. Somente o marxismo revolucionário pode apontar até às últimas consequências o caminho da luta dos explorados e oprimidos para sua emancipação da sociedade de classes. E isso exige uma autêntica vanguarda de revolucionários profissionais, verdadeiro "Estado maior" da classe; 

12-Na atual conjuntura histórica em que vivemos, a esquerda institucional está a cada dia mais atrelada aos interesses de manutenção da ordem capitalista. O Partido dos Trabalhadores, que desde o seu surgimento se propôs Social Democrata fora do tempo e dos espaço. Ou seja, reformista num país de capitalismo dependente, cuja história de suas classes dirigentes foi sempre conciliar pelo alto para impedir autênticas reformas estruturais, minimamente civilizatórias, recorrendo de forma ontológica aos golpes de Estado, tal partido ao não colocar como seu norte a superação histórica do capital em nosso país, só poderia metamorfosear-se em tais condições, num partido conservador da ordem, é isso o que se tornou o PT; 

13-Também outros partidos como o PSOL, ao adotarem uma postura política meramente "reformista" e "civilizadora" do capital, tem se transformado cada vez mais em meros elementos do radicalismo pequeno burguês, entusiasta da avalanche pós -moderna e identitária que tem tomado conta de praticamente toda a esquerda brasileira, cada vez menos guiada por critérios de classe, ou seja, uma esquerda cada vez menos marxista e incapaz de enfrentar o rolo compressor do capital contra as massas trabalhadoras; 

14-Diante de tais dilemas gravíssimos, é preciso identificar aonde estamos. Pensamos que da forma em que se encontra, a esquerda brasileira e o próprio movimento comunista internacional, cada vez mais fragmentados, estéreis, sem um norte programático e revolucionário claro, carente de um firme critério classista e cada vez mais aburguesado, não pode se colocar como algo que se pareça a uma autêntica vanguarda da classe. O proletariado no Brasil e no mundo, nunca esteve tão órfão de um Partido revolucionário e de vanguarda como no atual período histórico. Disso mesmo, entre outras coisas, pode depender a sorte da revolução brasileira. As condições objetivas para uma revolução radical e para a própria viabilidade da construção socialista nunca estiveram tão maduras como agora. Nossa grande tragédia é de ordem subjetiva, ou seja, orgânica; 

15-É diante de tal constatação de nossa situação histórica, que lançamos esse chamamento aos demais agrupamentos e camaradas que reivindicam o socialismo e se propõem a combater pela revolução social contra a barbárie capitalista reinante. Superar nossas debilidades, nossas divisões e fragmentações sectárias que somente beneficia o inimigo; se inserir e enraizar no interior da classe, nas suas lutas e batalhas contra a burguesia e seus agentes; ganhar sua simpatia e confiança, formar novos quadros e dirigentes revolucionários proletários, devem ser nosso norte no atual período, nos preparando para as batalhas de morte contra a burguesia e seu regime de exploração, opressão e alienação do gênero humano; 

16-Nessas condições, batalhar honestamente sem sectarismos e com sinceridade, pela formação de uma Frente de Esquerda Revolucionária, que se coloque como um possível embrião de um autêntico partido que tenha direito a dirigir a classe no caminho da superação do capitalismo em nosso país, é das tarefas mais importantes e dignas de nossa época. Ter direito a dirigir a classe significa aqui, se colocar nas primeiras trincheiras das batalhas contra toda exploração e opressão. É lutar ombro a ombro com os homens e mulheres de nossa classe em seu dia a dia. É ganhar sua confiança não como burocratas, mas sim como autênticos lutadores da classe; 

17-Apesar de sua doença de morte, o capitalismo senil e putrefato não cairá de velho, precisa ser enterrado por seus coveiros, que para isso, necessitam mais do que nunca do seu partido revolucionário, como expressão maior da consciência em vias de emancipação humana do proletariado na sua histórica e urgente tarefa da superação de sua condição humilhante em que se encontra de "classe em si", para transmutar-se revolucionariamente em "classe para si". Está em nossas mãos tal tarefa histórica.

Adiante camaradas!
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT
Roberto Bergoci, 02/11/2023.

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DOCUMENTO PALESTINA

AVANÇA A CRISE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E NO MUNDO 

*A crise do colonialismo imperialista

O aprofundamento da limpeza étnica, traduzida em genocídio, cometida pelo Estado sionista de Israel se radicaliza. Desde o dia 08 de outubro as forças militares sionistas tem atacado indiscriminadamente a Faixa de Gaza tendo como alvo principais hospitais e a infraestrutura da região. Bombardeios intensos  atingiram covardemente comboios de palestinos que se deslocavam de suas regiões sob ordens dos próprios militares israelenses. Num dos ataques mais criminosos e repugnantes, as forças militares do sionismo atingiram um hospital batista, matando mais de 500 pessoas,  grande quantidade de mulheres, crianças e idosos.

 Até o momento, segundo dados da ONU, quase 10 mil palestinos já foram brutalmente assassinados pelas bombas de Israel, destes, mais da metade estão entre mulheres e crianças. Tal fato, se somarmos as mulheres grávidas que não terão condições de terem um parto seguro e minimamente viável, além do bloqueio que o governo fascista israelense impôs em relação a ítens básicos de caráter humanitário como comida, água, medicamentos e insumos hospitalares; combustível, internet, etc., significa uma forma de ampliação do genocídio sistemático cometido por Israel, que impossibilita de forma deliberada as condições de reprodução do povo palestino, expressão macabra de mais um novo episódio da limpeza étnica que se mistura ao genocídio de um povo. Dessa forma, os sionistas calculam ocupar por completo a Faixa de Gaza e ampliar seu domínio sobre o que resta de território palestino, uma necessidade imperiosa para o caráter da colonização expansionista do sionismo.

*Esmagar o sionismo na Palestina, no oriente médio e no mundo! 

A imprensa mercenária mundial da burguesia são mais do que cúmplices dessa barbárie; na verdade, a grande mídia capitalista é um agente direto da política colonialista e genocida de Israel e dos Estados Unidos. O papel cumprido pelos escribas de aluguel da burguesia, é de promoverem e acentuarem a propaganda de guerra, promover um clima psicológico adequado a ofensiva destrutiva do sionismo com as bençãos do imperialismo ianque e demais países imperialistas europeus. A imprensa burguesa é o elemento por excelência da guerra psicológica e agentes diretos da barbárie.

*Fortalecer a ofensiva internacional dos povos contra Israel e o imperialismo estadunidense

O ataque que o Hamas levou adiante dentro das próprias fortalezas da pátria sionista, foi um dos mais ousados atos cometidos pela resistência palestina desde 1948. Tal iniciativa da resistência palestina provocou uma grave crise, não só no interior do governo fascista de Benjamín Netanyahu, mas também internacionalmente, promovendo um abalo em toda a geopolítica mundial. 

 A questão Palestina, tão desprezada nos últimos anos voltou à tona. O regime do Apartheid israelense passa pela mais grave crise em sua história e Israel encontra-se completamente desmoralizado e desmascarado internacionalmente. Organismos do imperialismo como a ONU, entraram em completa falência e as burguesias europeias, estadunidense e árabes, estão sendo pressionadas por seus povos a romperem relações econômicas e diplomáticas com Israel.

*Fortalecer a resistência Militar e civil contra o terrorismo de Israel!

  Grandes mobilizações tomam conta da Europa, Estados Unidos e  Ásia Ocidental. Na América latina, os povos também começam a sair às ruas contra a barbárie sionista e exigem de seus governos, o total rompimento com Israel. 

  A resistência palestina impôs dessa forma, duro revés não somente a Israel, mas também ao imperialismo, que enfrenta fortes mobilizações no interior da pátria ianque. A conjugação do avanço da crise geral do capitalismo mundial, do genocídio cometido por Israel e sua consequente desmoralização mundial, somado ao crescimento da mobilização popular, pode significar profundos abalos na geopolítica imperialista, que está neste momento, sofrendo humilhante derrota na Ucrânia. Estamos na iminência do recrudescimento geral das lutas dos povos em todo o mundo.

*Viva a resistência militar palestina! 

 Nestas condições, é preciso o fortalecimento de vanguardas revolucionárias que saibam se inserir no movimento de massas e canalizá-los para a via da revolução socialista, que destrua o Estado burguês e implemente as bases de uma economia planificada internacionalmente. 

 A resistência heróica do povo palestino é hoje, a grande expressão e maior epicentro da luta mundial da classe operária e das massas populares contra o imperialismo e o capitalismo em crise estrutural. Uma derrota contundente dos genocidas sionistas será um duro golpe nono imperialismo. Portanto, defender a resistência palestina, armada e civil/popular, é defender a luta mundial contra o imperialismo e o regime capitalista mundial.

 Para tanto, é solidariedade militante ao Hamas e as demais forças da resistência palestina que combatem o Estado sionista. É preciso unificar as forças dos grupos armados árabes, sobretudo o Hezbollah, Hamas, etc., contra as forças militares covardes do sionismo; também, é necessário a combinação de um levante generalizado dos povos árabes, junto de uma forte mobilização dos trabalhadores em todo o mundo, contra o Estado fascista e genocida de Israel.

 No Brasil, crescem os atos de rua em apoio ao povo palestino. Mas é preciso que seja articulado em nosso país, uma forte campanha militante e de massas contra Israel. É necessário a coordenação de um tal movimento em âmbito nacional.

 Exigimos da parte do presidente Lula a completa ruptura econômica e diplomática com Israel e que seu embaixador e consulares sejam expulsos do Brasil.

 *Solidariedade militante ao Hamas e demais grupos da resistência!

Também defendemos o imediato cessar fogo por parte de Israel, sabendo que não basta para a resolução dos interesses imediatos e históricos do povo palestino, pilhados e assassinados de forma contínua desde a criação artificial do Estado sionista e racista colonial. Dessa forma, defendemos a retomada de um Estado palestino laico e democrático, com total restauração das fronteiras e direito efetivo do povo originário às suas terras no espaço geográfico anterior a 1948. As demandas históricas do povo palestino somente podem vir a luz e tornar-se realidade concreta, com o fim do Estado supremacista, colonial, racista e de Apartheid, que é Israel, sustentado pelo imperialismo estadunidense e europeu, por se tratar de um enclave geopolítico na região estratégica, devido suas fontes energéticas e localização geográfica.

*Abaixo o Estado fascista e genocida de Israel!

A proposta sionista-imperialista dos dois Estados definitivamente ruiu desde o fracassado Acordo de Oslo. O progressivo avanço dos assentamentos judaicos na região da Cisjordânia, o recrudescimento da política racista e supremacista oficial por parte de Israel, são exemplos do caráter expansionista do próprio modo capitalista de ser e estrutura do Estado sionista. Somente a luta dos trabalhadores do mundo e dos povos árabes em particular, podem impor uma derrota histórica e inviabilizar o projeto imperialista que é o sionismo.

 Por uma campanha mundial de solidariedade dos povos em defesa do povo palestino!

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APOIO TORAL A LUTA HERÓICA DO POVO PALESTINO

No último sábado dia 7 de outubro o Hamas lançou a "Operação Tempestade Al aqsa", baseada em ataques simultâneos de guerrilha e sabotagem, no interior da pátria sionista de Israel. Tal iniciativa do grupo palestino é uma resposta corajosa, mesmo que limitada, às atrocidades históricas do Estado sionista contra seu povo.

No mesmo dia da operação de resistência ofensiva palestina, o carniceiro primeiro ministro de Israel Benjamin Netanyahu, confirmou o "Estado de Prontidão para a guerra", incrementando em seguida, uma verdadeira campanha visando destruir, aniquilar o povo palestino. Nessa toada, o ministro da Defesa de Tel Aviv, Yoav Gallant, expressou de forma literal a essência racista e supremacista imperante como ideologia de Estado e da própria sociedade civil israelense, quando declara: "A ordem foi para se estabelecer o bloqueio total para a Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem comida, nem água, nem combustível, tudo fechado..."; e justifica tal propósito de caráter abertamente genocida: "Nós estamos combatendo contra animais humanos e estamos agindo em conformidade com esse contexto". Seria difícil dessa forma, uma prova mais cabal do fato de estar em curso desde 1947/48 (Resolução da partilha da Palestina pela ONU e criação do Estado de Israel), dum processo franco de limpeza étnica da Palestina.

A ofensiva militar do exército sionista contra a Faixa de Gaza que se seguiu ao estado de guerra declarado pelo criminoso Netanyahu, pode ser facilmente caracterizado como crimes contra a humanidade e tentativa de genocídio. Os militares israelenses tem atacado deliberadamente regiões e habitações civis, hospitais; eliminado crianças, idosos, mulheres sem distinção alguma. Tal ação sistemática de limpeza etnica tem combinado bombardeios indiscriminados, inclusive com fósforo branco, proibido por leis internacionais, contra todas as regiões da Faixa de Gaza, com o bloqueio generalizado da entrada de itens humanitários básicos como alimentos, remédios, insumos hospitalares, etc; inclusive os hospitais tem sido atacados e destruídos de forma sistemática pelos criminosos de guerra sionistas. Há vídeos na internet mostrando soldados israelenses tapando poços de águas palestinos, com concreto, deixando patente para o mundo todo ver, o nível de desumanidade e destrutividade do Estado sionista e assassino de Israel, que planeja de forma deliberada esmagar e eliminar por completo o povo palestino.

O Estado israelense impõe desde seu surgimento pelas mãos da ONU, uma verdadeira política colonial de pilhagens contra toda a região da Palestina. Ainda no período do Mandato colonialista britânico, que já vinha criando as condições para a expulsão massiva de palestinos de suas terras, quando praticamente eliminaram as principais direções da resistência palestina, grupos paramilitares sionistas vinham se articulando, inspirados desde então e sobretudo, na chamada "Declaração Balfour", onde os bandidos imperialistas ingleses se comprometeram a "criar um lar" para os judeus, numa jogada geopolítica imperial. Tais grupos paramilitares sionistas fortalecidos indiretamente pelo Mandato britânico, calculavam já uma ofensiva militar contra os vilarejos palestinos visando expulsar sua gente e roubar suas terras, antes mesmo da criação do Estado de Israel. O conhecido chefe sionista histórico, David Ben-Gurion, um dos arquitetos do Estado de Israel, foi provavelmente o maior dos defensores de uma radical limpeza etnica na Palestina. Ben-Gurion desde 1946 traçava um conjunto de planos que posteriormente se tornaram políticas de Estado em Israel, do qual em essência visava o domínio total da Palestina e a completa expulsão ou eliminação de seu povo. Daí podemos ver o caráter irremediavelmente colonialista, racista, supremacista e expansionista de Israel.

No entanto, ao contrário do colonialismo clássico que incorporava de forma submetida o povo dominado, Israel, até mesmo pelo seu projeto econômico; por ser um pré -posto dos interesses da geopolítica dos Estados Unidos na região; e também devido a sua ideologia que dá sustentação e coesão a tal política colonial sui-generis, não pode incorporar de forma a explorar os palestinos, mas antes, elimina-los como etinia. Daí o caráter do projeto abertamente genocida do Estado sionista.

Se nos atentarmos para história das agressões de Israel contra a Palestina e do seu caráter e simbologia, facilmente nos certificaremos do que busca o Estado sionista e qual o seu fim.

A ação do Hamas contra Israel desde dentro de suas fortalezas, tem toda a legitimidade, pois a resistência e ofensiva militar de um povo que luta em armas contra um tipo de opressão extrema, não somente é válido, como obrigatório! A história já nos deu não poucos exemplos desse heroísmo dos povos oprimidos.

A grita "indignada" e farisaica de toda imprensa corrupta da burguesia e seus medíocres escribas de aluguel, que vendidos até a alma e coração ao deus Mamon e servil até a medula diante da máfia sionista internacional, escamoteiam desesperadamente através de um dos maiores processos de fraude jornalística da história, os crimes e barbaridades cometidas cotidianamente pelo criminoso e assassino Estado de Israel.

No entanto, as consequências geopoliticas internacionais para Israel, que vão além de seu isolamento, podem ser das mais perigosas. Uma nova reedição da "Guerra dos seis dias" de 1967, quando países árabes se levantaram contra Israel, ou mesmo um novo Yom Kippur não podem ser completamente descartados; também uma nova versão da "Intifada Palestina" pode entrar num horizonte político da região. E essa nova versão da "Intifada" não se resumiria somente ao levante palestino, mas poderia ter como consequência da maior importância, uma Frente militar de luta entre os sunitas do Hamas (e demais grupos da Frente de resistência palestina) e os xiitas do Hezbollah, numa unidade de ação que faria estremecer Israel e o próprio imperialismo ianque, além de convulsionar e arrastar para a luta anti-sionista e antiimperialista grandes parcelas das massas árabes, fator de importância incalculável e que poderia inclusive dar verdadeiro impulso e ânimo às lutas dos povos que enfrentam a besta imperialista em todo o mundo. Que nos atentemos para isso...

O Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros e a Frente Revolucionária dos Trabalhadores (FRT), defendemos incondicionalmente o direito sagrado do povo palestino viver, enfrentar e lutar por todos os meios possíveis, sobretudo o militar, pra derrotar o monstro sionista! Mais do que isso, nos somamos militantemente como revolucionários marxistas e internacionalistas à luta heróica do povo palestino.

Fazemos um chamado a todas as organizações democráticas, revolucionárias, sindicatos, movimentos populares e intelectuais honestos a fortalecermos um fórum e uma Frente de Lutas em solidariedade ao povo palestino e de combate ao Estado terrorista de Israel, bem como a hostilizar vivamente todo e qualquer tipo de símbolo e patrimônio sionista e/ou relacionado ao Estado de Israel.

A omissão nesta difícil hora equivale a ser conivente e tolerante para com o Apartheid que Israel impõe contra um povo e que se constitui como um dos maiores crimes já cometidos na história dos povos.

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DOCUMENTO Nº 1

UMA ESQUERDA PARA O CAPITAL

PARTE I

como a guerra da OTAN fez revelar uma “esquerda” completamente moldada pela propaganda midiática do imperialismo.

Uma grande histeria midiática tem tomado conta da sociedade brasileira (e do mundo), após o presidente russo Vladimir Putin, autorizar no último dia 24 de fevereiro, uma operação para “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, visando impedir este país de tornar-se um posto avançado da OTAN nas fronteiras russas. Dias antes (21/02), Putin havia reconhecido as Repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk, ambas da região de Donbass de maioria russa, como áreas independentes. É bem provável que estejamos presenciando a maior e mais sórdida campanha de manipulação, lavagem cerebral e mentiras, por parte da grande imprensa e outros veículos de comunicação de massa na história.

 O mais impressionante, é ver setores que se auto-intitulam “progressistas” ou de “esquerda”, até mesmo “marxistas” e “trotskistas”, tomados inteiramente pela propaganda imperialista-midiática, se colocando em seguida, como espécie de “ventrílugos” da campanha de guerra informacional dos EUA/OTAN, fazendo coro com a “putinfobia” tocada pelos tais jornalistas e “especialistas” bonecos da Casa Branca.

 Segundo a imprensa capitalista, seguida pelos papagaios de “esquerda”, que nada mais fazem do que repercutir internacionalmente o que a publicidade do Pentágono ordena, Putin estaria fazendo “demagogia” para justificar uma suposta política de “conquista”, quando afirma que pretende “desnazificar” a Ucrânia. Estes elementos, quase em sua totalidade apoiaram o golpe da Euromaidan de 2014, chamando aquilo de “revolução”, quando era já claro as mãos do imperialismo por detrás; sobretudo porque, na mesma Ucrânia e Geórgia poucos anos antes, ocorreram acontecimentos semelhantes, conhecidos como “as revoluções coloridas”, que derrubaram governos amistosos para com a Rússia e colocaram em seus lugares, fantoches de Washington, essenciais para o avanço de sua geopolítica neocolonial; ou quando nos fins de 2010, vemos explodir as chamadas “primaveras árabes”, também revoluções coloridas em região próxima desse tabuleiro que envolve diretamente a segurança da Rússia e de seu povo.    

 Longe de expressar uma política internacional expansionista e imperialista contra o povo ucraniano, Putin demonstra posição claramente defensiva em relação às posições geopolíticas russa. Desde o fim da União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, a OTAN avançou sobremaneira e de forma avassaladora sobre os antigos Estados do Pacto de Varsóvia, ex-repúblicas soviéticas, cercando a Rússia militarmente com as bases da OTAN.

  Com o golpe de 2014 na Ucrânia, abriu-se um risco real deste país passar a integrar as forças abertamente anti-russas da OTAN, ou/e servir como Estado fantoche, posto avançado do imperialismo há poucos quilômetros de Moscou, significando um risco existencial real para o país de Putin. Neste contexto, foi tentado entre as partes o acordo de Minsk em 2015, assinado por representantes da Rússia, Ucrânia, Republica Popular de Donetsk e Lugansk. Tal acordo visava pôr fim aos conflitos no leste ucraniano, no entanto, as forças ucranianas, por orientação dos EUA/OTAN, sabotaram o tratado e mantiveram uma ofensiva militar permanente e com contornos genocida, contra as Republicas de Donbass. Uma das motivações principais da intervenção russa atual é, portanto, produto da própria postura belicosa e beligerante da Ucrânia, atuando como procurador dos interesses geoestratégicos do imperialismo na região, contra a Rússia, fato esquecido e escondido pela grande imprensa e seus “amigos” de “esquerda”.  

  Uma das questões fundamentais e estratégicas da política exterior dos EUA, independente do partido que ocupe a presidência da república de ocasião, é enfraquecer a Rússia e não permitir qualquer possibilidade deste país, ou de outra potência regional, em manter ou avançar, qualquer tipo de protagonismo geopolítico em sua zona de influência, ou mesmo tocar uma agenda econômica e política nacionalista. Por sua vez, como já teorizaram grandes pensadores geopolíticos do imperialismo, sobretudo  Zbigniew Brzezinski, que traçou como os EUA poderia avançar seu domínio unipolar na Eurásia, era preciso explorar todas as tensões étnicas, nacionais, etc., na região que ele denominou “balcãs euroasiáticos”, que pudessem levar a desestabilização da Rússia. O plano de manter a desestabilização permanente da Ucrânia, ou de qualquer outro país da periferia russa por exemplo, é parte desse jogo. O imperialismo possui interesses em alcançar e manter a supremacia energética no globo e controlar as rotas de transporte de óleo e gás em toda região euroasiática e da Ásia Central, para daí, exercer um domínio total sobre os povos, e/ou minar a influência russa por tabela; além de que, é fato objetivo o interesse dos EUA impedir qualquer bloco ou acordo de folego da Europa ocidental com a Rússia, como vemos por exemplo a questão do gasoduto nordstream, entre Rússia e Alemanha. Acrescente que o avanço da crise estrutural do capital em todo o globo, é um combustível dos mais inflamáveis para o avanço da política de guerras, conquistas e rapinas do imperialismo em todos os cantos da Terra. É neste contexto que se pode entender o golpe de 2014 na Ucrânia e o atual “avanço defensivo” russo.

          O nazifascismo mobilizado pelo imperialismo para eliminar Donbass 

 As duas Republicas independentes russófonas, localizadas no leste da Ucrânia, vem resistindo ao regime nazifascista de Kiev, desde o golpe da praça Euromaidan de 2014, articulado pelos EUA e União Europeia, que deixou mais de 14.000 mil mortos nos anos posteriores, produto de uma tentativa claramente genocida de limpeza étnica, por parte do exército ucraniano (completamente nazificado ) e dos grupos paramilitares nazistas e de mercenários no país, financiados pela CIA e M16. Tais agrupamentos paramilitares terroristas, são entusiastas apoiadores da SS Galitzia, que lutou ao lado dos nazistas alemães em 1943-1945 e do chefe nazista ucraniano e colaborador de Adolf Hitler contra a União Soviética, Stepan Bandera,  como o Setor Direito, milícias do Svoboda, batalhão Azov (este integrado a Guarda Nacional ucraniana), etc.

 São incontáveis, repugnantes e de conhecimento público as atrocidades dessas forças paramilitares da extrema direita contra a população de fala russa, militantes e simpatizantes do comunismo, sindicalistas, etc. Entre outros fatos horripilantes praticados por esses grupos, um dos mais cruéis sem dúvida foi o massacre na Casa dos Sindicatos em Odessa, no mês de maio de 2014, quando os nazistas ucranianos queimaram vivos 42 trabalhadores antifascistas, que tentaram se abrigar no espaço, contra a horda criminosa. Segundo o jornal “Hora do Povo”: “Putin se referiu ao massacre que naquele dia teve o seguinte desenrolar trágico: em maior número, os neonazistas haviam invadido a Praça Kulikovo, incendiando as barracas do acampamento em favor do referendo pela federalização da Ucrânia, promovendo espancamentos e disparando tiros, e os manifestantes antifascistas tiveram de se abrigar no prédio da Casa dos Sindicatos, em frente, enquanto a polícia simplesmente olhava.

Coquetéis molotov arremessados pelos neonazistas acabaram por incendiar o prédio e aqueles em desespero, que pularam das janelas tentando escapar, eram simplesmente linchados a pauladas e chutes.

Um sobrevivente relatou que ‘gente foi queimada viva dentro do prédio’, sem ter como sair. Quem conseguia, era atacado pela turba ‘como um bando de lobos’. ‘Tivemos de passar sobre cadáveres quando descemos as escadas’”.(Hora do Povo, 02/2022).

 Dessa forma, vemos que tem total sentido quando Putin fala em “desnazificar” a Ucrânia. Os elementos nazifascistas e mesmo mercenários wahhabistas islâmicos, foram manobrados pelo imperialismo para, desde a Ucrânia enfraquecer a Rússia. Segundo Moniz Bandeira, “O presidente Putin, em 2014, sabia perfeitamente da participação de unidades islâmicas na Ucrânia e que as forças especiais dos Estados unidos e outros países, nos campos da Tunísia e da Turquia, estavam a treinar 400 a 1.000 tchetchenos...” (“A Desordem Mundial”). Desde 2014, portanto, Donetsk e Lugansk tem sido alvos de vasta campanha militar de aniquilamento por parte das forças ucranianas; a respeito desse fato, impera o mais nebuloso silêncio por parte dos jornalistas mercenários e seus seguidores de “esquerda”. Mas quando a Rússia toma posição claramente em defesa de seu povo, a grita hipócrita se faz ouvir incessantemente. 

 No entanto, tal campanha midiática de demonização russa nada mais é do que produto de campanha psicológica e propagandística do imperialismo, neste sentido, é parte da chamada guerra de “quarta geração” e de “informação”. Como diz o especialista militar Willian Lind: “As operações psicológicas podem se tornar a arma operacional e estratégica dominante assumindo a forma de intervenção midiática/informativa [...] O principal alvo a atacar será o apoio da população do inimigo ao próprio governo e à guerra. As notícias televisionadas se tornarão uma arma operacional mais poderosa do que as divisões armadas.” (citado em: Andrew Korybko, “As Guerras Hibridas”).

      O “imperialismo” russo?

 Um dos mantras que setores da “esquerda” brasileira têm repetido insistentemente e sem a mínima reflexão teórica, é acerca do suposto “imperialismo” russo. O fato de a Rússia ser país de grandes dimensões geográficas, possuir forte tecnologia militar e ter em seu passado o império czarista, tem confundido não poucos acadêmicos e ativistas “progressistas”. Putin por sua vez, é acusado no ocidente de “ditador”, porque em essência, é um elemento do nacionalismo burguês russo, que, diante de determinadas condições objetivas, é empurrado para uma política claramente anti-imperialista.

 No entanto, como pode ser imperialista, um país que depende para tocar sua economia da venda ao exterior de produtos primários? A Rússia tem fundamentalmente, como carro chefe de sua economia, a dependência entorno da exportação de petróleo e gás natural.

 Embora o período nacionalista “estatista” de Putin significou que a Rússia tenha avançado em sua economia significativamente, em relação a fase neoliberal da “terapia do choque” dos Chicago boys da época do bêbado Boris Yeltsin, que fez o país retroceder a quase uma colônia do capital financeiro internacional, não houve em grande medida uma transformação radical quanto a estrutura econômica do país, que continua essencialmente dependente do setor primário exportador.

 Ao longo dos anos 2000, 80% da média das exportações russas foram calcadas no setor primário, especialmente em petróleo e gás; enquanto importou, em média, 50% de sua pauta de produtos manufaturados. 

 Neste sentido, a Rússia é um país de capitalismo atrasado, dependente da tecnologia e das forças produtivas mais avançadas dos países imperialistas: ou seja, depende do capital alienígena e, portanto, também é vítima da transferência de parte da sua riqueza para os grandes centros metropolitanos imperialistas. Para os teóricos clássicos sobre o imperialismo, como Hobson, Hifferding, Lenin, Rosa Luxemburgo, Bukharin, Paul Sweezy, Paul Baran, Harry Magdoff, Ernest Mandel, etc., as principais características do país imperialista é o alto desenvolvimento de forças produtivas que lhe permitem a produção de um excedente, que o obriga a buscar outras formas e raios de alocação, investimento e acumulação, no exterior, assim criando a necessidade dos mercados coloniais, da exportação de capitais, do saque da mais-valia nos países dependentes, etc.; dois outros traços clássicos de uma nação imperialista é o alto nível de concentração e centralização do capital em seu interior, além da fusão em larga escala do capital industrial com o bancário, potencializando o capital financeiro que passa a exercer a dominação em todo o mundo. Acrescentaríamos que outras importantes características do imperialismo na atualidade, é o controle exercido sobre organismos internacionais do capital, tais como Organização Mundial do Comércio, FMI, Banco Mundial, controle da moeda hegemônica ou influente internacionalmente, etc.; também a hegemonia cultural sobre outros povos, o domínio militarista, assim por diante. Nenhuma dessas características a Rússia possui, pelo contrário, longe disso. 

 Pensamos que tal confusão teórica e anticientífica por parte destes setores, é expressão do período histórico que presenciamos. Vivemos um retrocesso programático, teórico e falta de perspectivas classista sem precedentes em nossa esquerda. O fato de que a grande maioria da atual militância saia dos quadros universitários burgueses diz muito, mas não só. A propaganda anticomunista imperialista, a queda da União Soviética e de quase todos os antigos Estados operários; o avanço ideológico do identitarismo em nosso meio; as derrotas operárias históricas das últimas quatro décadas frente ao capital, também tiveram efeitos desastrosos entre a esquerda.

  Não podemos esquecer que, outro fator de suma importância que ao longo do tempo tem limitado significativamente a esquerda brasileira em particular, é o fato de nossos esquerdistas das últimas décadas nunca pensarem a importância da questão nacional na periferia do sistema e consequentemente, deixaram de ser por princípio, anti-imperialista. Hoje vemos como a propaganda burguesa penetrou profundamente entre estes setores, que “voluntariamente” seguem a todos os ditames da guerra psicológica dos EUA/OTAN contra a Rússia. As máscaras estão caindo neste momento e um fenômeno novo se impõe: uma certa “esquerda” entusiasta do nazifascismo contemporâneo.

      É preciso uma Frente dos povos do mundo em defesa da Rússia e contra o imperialismo!

  Diante de situação histórica tão dramática, os povos oprimidos do mundo não podem vacilar: uma suposta vitória do imperialismo sobre a Rússia fortaleceria sobremaneira a máquina de guerra da OTAN, que em seguida passaria uma ofensiva geral contra as nações oprimidas como Irã, Coréia Popular, Venezuela, Cuba, Nicarágua, em suma, veríamos um avanço absolutamente destrutivo do imperialismo para saquear e pilhar os povos, como imperativo do grande capital frente a crise geral do capitalismo.

 Pelo contrário, uma vitória de Putin, mesmo dentro dos limites do nacionalismo burguês, significaria um golpe histórico dos povos oprimidos contra o maior inimigo da humanidade e seu exército genocida neocolonial, que é a OTAN.

 Qualquer posição neutra ou hostil com relação a Rússia neste momento, é colocar-se voluntariamente no mesmo campo dos criminosos imperialistas. 

 A vitória russa é a vitória da humanidade!

 Abaixo o imperialismo! 

PARTE II

É preciso avançar no debate sobre a questão ucraniana. O pano de fundo, essencial mesmo, está passando despercebido, que é o movimento geoestratégico e geopolítico. A Ucrânia tem sido utilizada como um mero peão no jogo de xadrez da Casa Branca e do Pentágono. Seu papel, por estar a poucos quilômetros de Moscou, é tornar-se uma base de operações militares e terroristas contra a Rússia, estando ou não na OTAN. A Ucrânia, como posto militarizado avançado do imperialismo desde 2014, tornou-se um risco existencial para Moscou, que se vê cercada completamente pelas bases da OTAN. Este cerco se fecha com a Ucrânia, obrigando a Rússia a ocupar e desmilitarizar este país, se não quiser terminar como a Iugoslávia.

Os grupos nazistas, completamente atrelados ao aparato de Estado ucraniano, são instrumentos da guerra por procuração, que Washington financia e põe em ação. Em outras realidades utilizaram os terroristas wahabitas, paramilitares, milícias etc. Mas a grande questão é que o imperialismo ianque almeja a dominação do spectro total. E hoje, precisa intensificar o caos em toda a Eurásia visando arrastar a Rússia para uma situação sem saída. Logo chegará a vez do Irã e da China, sabendo que Venezuela e Cuba também estão na mira.

A Rússia neste caso, ocupando militarmente a Ucrânia, estabelece posição puramente defensiva, afinal qual país em tal circunstância gravíssima não agiria da mesma forma? Os laboratórios militares de armamentos químicos criados pelos EUA na Ucrânia, dizem muito sobre o que estava por vir contra o povo russo.

Por outro lado a Rússia tentou de todas as formas negociar essas questões e sempre ouviu desprezo por parte do imperialismo e seus fantoches; veja por exemplo os conhecidos Acordos de Minsk, absolutamente desrespeitados pela Ucrânia, instigada pelas potências imperialistas como se fosse um cão de guarda destas, sob o mais sepulcral silêncio da mídia mercenária mundial.

Na verdade, a Rússia tem sido agredida geoestratégicamente desde o fim da União Soviética, quando de ano a ano vem sofrendo um cerco militar hostil e ameaçador progressivo. Simplesmente agora está reagindo contra as forças mais destrutivas e bestiais que a humanidade já viu. O sistema de dominação imperialista, chefiado pelos Estados Unidos, ameaça de forma real a sobrevivência da humanidade, diante do tamanho das forças destrutivas em jogo. Para levar adiante sua atuação de pilhagens, roubos, golpes sistemáticos e assassinatos, o sistema de dominação imperialista tem contado com o serviço sujo de seus procuradores fantoches em diversos países, através de uma rede nebulosa de corrupção e crimes dos mais horripilantes. As gangues e agrupamentos paramilitares nazistas ucranianos e demais mercenários internacionais assassinos, são os peões e soldados rasos dessa ordem criminosa que domina o mundo, na fase atual de decadência e putrefação capitalista.

A Rússia, acossada e cercada por tal poderio destrutivo, reage; nada há nisso de atitude imperialista ou de conquista; aliás, nem bases materiais para ser uma potência imperialista a Rússia possui. Os setores da suposta "esquerda" pós-moderna amestrada, que repetem pouco reflexivamente as mentiras da imprensa capitalista, ao menos deveriam refletir essas questões básicas da geopolítica e da história mundial desde pelo menos 1991.

Diante de uma conjuntura mundial marcada pelo avanço da contra revolução, da paralisia do movimento operário e revolucionário internacionalmente, soa piada os apelos utópicos "nem, nem" de setores da chamada "esquerda", quando não abertamente contra-revolucionários, como parte do PSOL e seus primos do PSTU.

A vitória russa significa duro golpe no imperialismo e no nazifascismo europeu (e internacional). Por isso deve ser apoiado de forma militante por todos pelos trabalhadores do mundo inteiro e por todos os povos oprimidos pela exploração capitalista, apesar do caráter de classe nacionalista burguês do governo Putin, que hoje, objetivamente, cumpre um papel progressista e antiimperialista. O contrário disso, as tergiversações e mesmo as calúnias infundadas contra a Rússia, é se colocar concretamente no campo imperialista.
***

UMA ESQUERDA PRÓ IMPERIALISMO

E O QUINTA  COLUNISMO DA "NOVA DEMOCRACIA"

Os pseudo-maoístas  do jornal Nova Democracia tem feito  claramente um coro vergonhoso com o imperialismo e toda a imprensa sucursal das relações públicas do Pentágono. Não existe mais diferenças entre maoistas, trotskystas e revisionistas de todas as matizes, seja no Brasil, na América Latina e no mundo,  quanto a luta antiimperialista. 

EVOLUÇÃO DO CERCO MILITAR À RÚSSIA

Todas essas  correntes tem posições idênticas, caracterizadas pela profunda capitulação diante do imperialismo ianque. Nos finais dos anos 1930, um grupo trotskista dos EUA chamado SWP, elaborou uma tese na qual a União Soviética seria uma suposta potência "imperialista", para justificar a não defesa deste país diante de uma provável agressão imperialista. Nessa época, Trotsky estava vivo e combateu magistralmente esse grupo num livro chamado "Em Defesa do Marxismo". Entre outras coisas, Trotsky desmontou tal tese, demostrando o caráter de classe do Estado operário soviético, assentado no método de Marx e Engels, exigindo assim, a defesa incondicional da União Soviética diante do imperialismo. Os "trotskistas" vulgares do SWP  afirmavam que a União Soviética era uma espécie de "social-imperialismo", para justificar sua capitulação e traição, em benefício do verdadeiro imperialismo.


  Duas décadas depois, Mao Tse Tung repete em grande medida as posições absurdas do grupo trotskista norte-americano, sem nunca explicitar ancorado no marxismo autêntico tal "teoria". Assim como hoje seus discípulos, nunca explicaram quais seriam as bases desse tal "social-imperialismo".  Em seguida, Mao afasta a China das relações com a União Soviética e põe seu país sob a influência do imperialismo ianque, gerenciado à época por Nixon. Na verdade foi nesse período que começa a abertura da economia chinesa para as multinacionais dos EUA saquearem a Mais-valia dos trabalhadores chineses. Inclusive, existe afirmações de que o governo chinês apoiou veladamente a ditadura fascista de Pinochet no Chile e deu cobertura a grupos guerrilheiros pró Estados Unidos na África nesse período, como prova de lealdade ao novo "parceiro" imperialista, ao passo que atacava a União Soviética rotulando-a de "social-imperialismo". Enquanto isso, o bloco dos Estados operários se enfraquecia internacionalmente, fortalecendo o próprio imperialismo estadunidense a ponto de o próprio Kissinger afirmar isso e elogiar Mao. 


Hoje vemos a história se repetir, com a diferença de que não mais existe o Estado operário soviético, mas sim a Rússia capitalista, país atrasado economicamente e agredido geoestrategicamente pelos maiores inimigos da humanidade. Diante disso, vemos uma verdadeira “santa aliança” revisionista, unindo trotskistas, maoístas etc,para acusar a Rússia de "imperialista", sem nos mostrar minimamente as bases reais, concretas desse "imperialismo";


Inclusive todos fazem claque para  acusar os antiimperialistas de serem "revisionistas", capitulacionistas, direitistas etc,  quando os mesmos lançam na lata do lixo da história todas as contribuições imprescindíveis dos teóricos clássicos que estudaram seriamente o imperialismo, como Hobson, Hilfferding, Rosa Luxemburgo, Bukharin e Lenin. 


 Querer colocar um abismo intransponível entre luta de classes e geopolítica é retroceder firmemente à lógica formal e trair seu próprio mestre Mao, que em 1972 fechou acordo geopolitico com o imperialismo ianque. A geopolítica também é uma das manifestações da luta de classes, que não se resume somente a burguesia e proletariado. Uma das questões fundamentais para um marxista revolucionário, é tomar parte de um país oprimido quando este é atacado pelas forças imperialistas, independente do regime político de tal país. 


Seria um crime político imperdoável não defendermos, por exemplo, o governo Vargas quando pressionado pelo imperialismo. Qual posição teria esses "cavalheiros'', por exemplo, diante da agressão imperialista a Arbenz na Guatemala? a Mossadeq no Irã? A Saddam Hussein no Iraque? A Chaves ou Maduro na Venezuela? A Kadaff na Líbia ou Assad na Síria? O que esses "revolucionarios" nos dizem da Palestina, governada pelo Hamas? Pela lógica destes sabichões, deveríamos tomar parte do agressor imperialista, ou ficar em cima do muro, conjecturando, pois em todos estes países, os governos eram ou são "lacaios" . Aliás no texto, esses senhores caluniam covardemente o governo cubano, agredido a seis décadas pelo imperialismo, e mesmo o da Venezuela, sem ao menos contextualizar o que ocorre a estes países. Quando Kadaff foi trucidado pela OTAN e seus mercenários wahabitas, os maoistas e boa parte dos trotskistas brasileiros aplaudiram tal selvageria reacionária, fazendo coro vergonhoso com Hilary Clinton.


RÚSSIA OCUPA O MAR NEGRO

  O pseu-maoísta Nova Democracia nem ao menos foi honesto em seu texto, quando faz malabarismos dos mais grotescos para tentar convencer alguém de que poderia estar havendo na Ucrânia atual, uma espécie de "guerra de libertação nacional", quando todas as forças de esquerda no país foram colocados na ilegalidade e são perseguidos inclusive fisicamente pelas milícias paramilitares nazistas, veja por exemplo o massacre na Casa dos Sindicatos em Odessa no ano de 2014. Pela lógica seguida por esses "gênios clarividentes", os trabalhadores ucranianos "combateriam" na mesma trincheira dos neonazis e mercenários internacionais, financiados, treinados e armados pela coalizão imperialista. Precisariam explicar como isso ocorreria, se hoje os trabalhadores revolucionarios estão sendo dizimados pelo fascismo ucraniano e seu exército nazificado, as únicas forças que combatem a Rússia no país, como procuradores dos interesses dos EUA/OTAN. Dessa forma, as gangues nazifascistas ucranianas e mercenários internacionais financiados por toda a burguesia mundial, são quase que apresentados como "resistência popular". Um verdadeiro insulto a seus leitores e a militância maoista de base, que não ficam sabendo pelo seu jornal, quais as causas reais, objetivas e o contexto histórico geral do conflito. 


Simplesmente recebe de sua imprensa, a mesma cobertura digna de um panfleto de propaganda imperialista papagaiada pela mídia mundial, porém com um vocabulário "esquerdizante" para enganar incautos e inocentes.


 A grande questão é: se a Rússia é um país imperialista e estabelece neste momento posição agressiva e de conquista contra a Ucrânia, precisa ser mostrado concretamente pelo pseudo-jornal.  Do contrário, se a Rússia é país dependente e sofre um cerco militar desde 1991  pelas forças mais destrutivas do sistema de dominação imperialista mundial, que tem na Ucrânia hoje seu auge no sentido de fechar um cerco militar poderoso e com potencial aniquilatório contra o país de Putin, utilizando também para isso os grupos mais reacionários e perigosos do nazifascismo e de mercenários internacionais,

o que deveriam fazer os revolucionários? 


Concretamente hoje, somente existe duas posições: uma é apoiar até às últimas consequências a Rússia (obviamente mantendo toda independência de classe e sem nenhuma ilusão em Putin e na burguesia russa), que além de país dependente e agredido, cumpre, devido às circunstâncias objetivas e históricas, papel de relevo contra o imperialismo, portanto, claramente progressista;

Por outro lado existem as forças do sistema mundial de dominação do bloco verdadeiramente imperialista, seus mercenários e nazistas, junto a burguesia e imprensa mundial numa frente avassaladora contra o povo russo.


Onde nos situaríamos em tal conjuntura? 


O que poderia ocorrer no mundo, em decorrência de uma derrota fragorosa dos EUA/OTAN? Onde os trabalhadores e povos oprimidos poderiam tirar proveito? Poderia tal conjuntura suposta potencializar--ou criar  as condições para tal--uma nova época de luta antiimperialista no terceiro mundo?

Do contrário, uma vitória do bloco imperialista, não fortaleceria estes para recrudescer ainda mais a pilhagem e ofensiva mundial contra os povos e países dependentes, diante do avanço da crise orgânica do capital?

 Os pseudo-revolucionários ( maoístas, trotskistas, revisionistas), ao se apegarem a um dogmatismo  irracional, defenderam com unhas e dentes as mal-chamadas "primaveras árabes" e outras "revoluções coloridas" pelo mundo. O que ocorreu em tais países vítimas de tais "primaveras populares"? Veja por exemplo a Líbia: este país retrocedeu a tal ponto, que hoje o comércio de escravos tornou-se algo comum em suas fronteiras e o Estado líbio foi completamente destruído, ficando seu povo vítima da mais cruel barbárie. O que nos dizem esses grandes "revolucionários puritanos" e "ortodoxos" sobre o apoio que deram a tal movimento orquestrado pelo imperialismo? Nada, nenhum piu!


  Política se faz concretamente, com os pés e a cabeça bem fincados no chão da realidade objetiva. O ultra-esquerdismo, muito bem combatido por Lênin, continua levando não poucos camaradas às conclusões políticas das mais confusas e reacionárias, como a que vemos agora na questão ucraniana, onde uma parte significativa da esquerda, perdida como cego em tiroteio, vê "resistência popular" onde existe nazifascismo escancarado; vê "social-imperialismo" onde existe país dependente; e chega a uma política concreta de se colocar ao lado do imperialismo e nazifascismo contemporâneo, mesmo que não saibam.


PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS

PCTB

*

MANIFESTO REVOLUÇÃO BRASILEIRA

Queremos nos dirigir aos nossos amigos, simpatizantes e aspirantes ao partido, ao PCTB - Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros.

O objetivo deste texto é contribuir para que cada um de nós possamos entender a necessidade dos instrumentos de transformação política revolucionária e histórica da sociedade brasileira. Todos nós sabemos que até hoje nós não tivemos uma esquerda digna desse nome, uma esquerda comprometida com a classe trabalhadora e com as transformações revolucionárias no sentido de construir uma sociedade igualitária, uma sociedade includente, uma sociedade em que todos possam desfrutar do seu potencial e das suas aspirações. 


Hoje nós propomos a construção de um organismo com dupla face; organismo que ao mesmo tempo é um partido e ao mesmo tempo é uma frente. Por isso ele tem dois nomes, o partido e a frente revolucionária. A frente revolucionária será o nosso espaço de aglutinação de todo elemento que se considere comprometido com o avanço da luta de classes no Brasil, com o avanço da organização do nosso povo e de toda a classe trabalhadora e comprometido no sentido de que esse avanço leve a construção da sociedade dos nossos sonhos, a sociedade comunista. 


 Por isso o Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros está implementando também a construção da Frente Revolucionária dos Trabalhadores com esse objetivo que é buscar a superação das divisões em pequenos grupos como hoje se encontra o que nós conhecemos como esquerda brasileira.  Todos nós sabemos que a esquerda brasileira está atomizada, dividida em centenas de pequenos grupos e isso é o maior atraso que nós constatamos na composição da nossa esquerda. Outro aspecto é a sua orientação política, que em sua grande maioria vem da social-democracia, vem da conciliação de classes, vem do trabalhismo e hoje nós temos um conjunto de partidos, digamos assim, que se orienta pelo reformismo, pela conciliação de classes, impedindo o avanço da luta da classe. Nesse quadro incluimos o  PCdob , o PCB, o PSB ,o PDT ,o PT e o PSOL.  A REDE  nem consideramos porque aquilo  é outra coisa, menos um partido.  


Porém nós verificamos ainda, que paralelo a esse conjunto, tem um grupo de forças políticas que se denomina de esquerda revolucionária mas que está buscando o mesmo caminho da esquerda reformista, que é ir para o parlamento e para dentro das instituições do capitalismo dizendo que está procurando abrir espaço para a luta de classes. Ora veja, o espaço da luta de classes se dá na luta de classe não lá dentro das instituições do capitalismo e, embora os trabalhadores façam parte da sociedade capitalista  eles não são parte dela sem futuro a ser construído, porque o futuro da classe trabalhadora é sim construir a sociedade da classe trabalhadora, a sociedade socialista como caminho para a sociedade comunista e não simplesmente morrer na mão do capital, morrer na mão do patrão.  Quem defende o acomodamento da classe trabalhadora está lá no campo institucional se engordando às custas do povo e dos trabalhadores, comendo as suas custas e dizendo que está lhe defendendo. Ora veja, como é que alguém pode me defender e ao mesmo tempo viver às minhas custas?


Propostas de Organização

Documento pela construção da revolução brasileira, primeiro passo para a revolução latino-americana e mundial.

Apresentamos aos camaradas, as seguintes propostas para avançarmos no projeto da criação de uma organização revolucionária internacionalista, tendo como finalidade ser um embrião e ponto de apoio para a formação de um autêntico partido comunista brasileiro, baseado no método do centralismo democrático; amparado num programa revolucionário dos trabalhadores brasileiros e latino-americanos; rechaçando o oportunismo, o cretinismo eleitoreiro e parlamentar, bem como a conciliação de classes; nossa proposta se ancora no melhor da tradição e do legado do marxismo revolucionário, adaptado à nossa realidade como verdadeira bússola e ciência proletária. Desde já, propomos uma organização que se oriente pelo signo do marxismo leninista e que, neste sentido, declare guerra intransigente, sem quartel à burguesia e seus lacaios, de direita e de “esquerda”. Nosso norte só pode ser a revolução socialista; a destruição violenta do modo de produção capitalista; a ditadura do proletariado e o comunismo.

Abaixo apresentamos algumas propostas de caráter organizacional aos companheiros, ciente de nossas condições e limitações do momento. O documento que segue aos camaradas possui puramente um caráter de esboço, devendo ser criticado e acrescentado coletivamente:

1-Nome da Organização:

A vanguarda revolucionária do proletariado se encontra na atual quadra histórica, afetada gravemente por uma profunda fragmentação, divisões e subdivisões em seu seio: depois de quase 200 anos do Manifesto Comunista e mais 100 da Revolução de Outubro, nos encontramos diante de uma indigência orgânica e fragmentados em pequenas Ligas. Os fenômenos do centrismo e do sectarismo, agrava sobremaneira esse quadro, afetando em cheio as possibilidades dos revolucionários em se enraizarem profundamente na classe e ganhar sua confiança, necessidade das mais importantes para uma vanguarda revolucionária: apartado da classe e do conjunto das massas operárias não pode haver saída.

Visando colaborar no sentido de darmos os primeiros passos para a superação deste problema, propomos uma organização que aglutine o que pode haver de melhor entre os operários revolucionários, superando posições sectárias que se formam em critérios baseadas nas determinadas “escolas” marxistas: as diversas “escolas”, “trotskystas”, “stalinistas”, “maoístas”, “gramiscianos”, “lukacsianos”, etc., subdivisões que somente contribuem para fragmentar o movimento comunista internacional.

Ao nosso ver, nossa organização deve agrupar todos os revolucionários que aceitam o programa marxista da revolução brasileira e latino-americana; socialista, antiimperialista e que cumpram decisivamente os critérios estabelecidos internamente para um militante. Dessa forma propomos como título de nossa organização: Frente Revolucionária dos trabalhadores;

Composição

Uma organização revolucionária séria, precisa antes de tudo contar com revolucionários profissionais, preparados para a arte da guerra contra a burguesia e seu Estado. Dessa forma, uma organização que se propõe a combater e conspirar contra o Estado burguês necessita antes de tudo, ser um verdadeiro Estado maior de nossa classe, sabendo sempre e sem vacilar, que lutamos contra inimigos poderosos.

Com plena consciência de nossas condições, propomos a formação dos seguintes organismo internos:

a. Comitê de Organização:

Responsável pela elaboração teórica, programática e ideológica da organização;

b. Comitê Estratégico:

Direção prática e direta da organização. Responsável pela elaboração das atividades, pelas questões de segurança e tática;

c. Comitê Editorial:

Dirige a imprensa da organização, como o blog, boletim-jornal, canal do You Tube, etc. Este Comitê deve ser composto por um ou dois camaradas que integram os Comitês de Organização e Estratégico, e deve ser responsável pelas pautas de nossa imprensa;

d. Escola de quadros:

O crescimento teórico e programático de cada militante, é condição necessária para o desenvolvimento de toda a organização. Neste sentido, propomos a criação de um núcleo de formação de quadros, longe de “escolasticismo” ou pedantismo, mas autenticamente comunista e revolucionário;

e. Criação de Grupos de Base:

É composto por camaradas que se aproximarem da organização no dia a dia. Nossos grupos da FRT nos aplicativos devem ser mantidos e podem estar recrutando e\ou aproximando estes contatos. Lembrando que os camaradas dirigentes devem estabelecer respeitosamente e de forma indireta a linha política em tal grupo, respeitando, é lógico, a democracia operária nesse fórum.

Documentos Internos

Propomos a elaboração nos próximos dias, dos documentos de regulamentação da organização, bem como do programa, teses da revolução brasileira, finanças, etc.

Além disso, devemos discutir acerca do título do boletim e da possibilidade de criarmos um canal no You Tube.

No sentido de avançarmos no caminho da construção de um polo revolucionário, segue tal esboço para o debate e as críticas dos demais camaradas.

Saudações revolucionárias!

FRT/PCTB

*
 MANIFESTO FRT/PCTB ELEIÇÕES 2022

TEXTO 1


Sobre a questão Lula, vai algumas reflexões bem rápidas, que logicamente necessitam ser aprofundadas:


1- Qual seria o caráter de classe do suposto governo Lula, saído das urnas em 2022?

 Assim como seus governos passados, uma nova gestão Lula seria inevitavelmente um governo burguês dependente, voltando pequenas concessões às massas, muito distante de reformas. No entanto, precisamos certificarmos de que, diante da gravidade da crise capitalista e do conjunto da República burguesa no Brasil, Lula assumiria extremamente pressionado pelo grande capital e não teria margens para fazer recuar minimamente as políticas de arrocho monetarista somente funcional ao grande capital imperialista e a seus sócios menores nas pátrias dependentes como a nossa;


 2-Nas gestões petistas passadas, os interesses da grande burguesia "brasileira", do agronegócio e do imperialismo foram mantidos intactos. A dívida pública paga religiosamente às custas de servis superávits primários, que transferiram ano após ano, quase metade do nosso orçamento público aos barões das finanças, enquanto migalhas como o Bolsa Família eram acenadas a nossa gente. Nenhuma agenda verdadeiramente reformista foi levada adiante por Lula ou Dilma, muito menos as bases da dependência e do subdesenvolvimento foram rompidas em seus respectivos governos. Ao contrário, o regresso neocolonial, o sistemático processo de aprofundamento do desenvolvimento do subdesenvolvimento seguiram a todo vapor, como determinado pela nova divisão mundial do trabalho imperialista, que faz retroceder os países dependentes da América latina, sobretudo o Brasil;


3-Já há mais de 20 anos que as direções petistas têm desmobilizado, desmoralizado e deseducado politicamente os trabalhadores brasileiros, entregando-os numa bandeja para o inimigo de classe. Na atual conjuntura, o que temos visto, é o mesmo método lulista em ação, despolitizando a massa, confundindo-a ideologicamente e facilitando assim a ofensiva histórica do capital contra o trabalho na nossa quadra histórica. Na verdade, pressionado pela burguesia Lula está indo cada vez mais a direita, inclusive seu provável acordo com Alckmin não é mais que dar garantias de fidelidade aos capitalistas receosos;


4-Estariam Lula e o PT, dispostos a convocarem as massas proletárias para uma agenda de mobilizações em prol de autênticas reformas de base, que ao menos rompesse com o regime neoliberal de acumulação rentista e revertesse todos os ataques anti-operário e anti-nacional de Temer a Bolsonaro contra nosso povo? A práxis de Lula e seu partido respondem pela negativa;


5-O Brasil está cada vez mais preso à divisão mundial do trabalho imperialista como a parte

dependente, submetida e subdesenvolvida. Na atualidade, o que o grande capital imperialista reserva para nosso país, com total consentimento da burguesia brasileira servil, é ser cada vez mais exportador primário, ancorado numa economia rentista parasitária e reflexa, sem nenhum tipo de protagonismo ou projeto nacional próprio. Bolsonaro, o programa econômico golpista "Ponte para o Futuro" e o recrudescimento do regime econômico neoliberal de acumulação, são expressões objetivas do que está estabelecido para o Brasil pelo grande capital imperialista. E essa camisa de força poderosa não pode, de forma alguma, ser rompida por um governo baseado na conciliação de classes como propõe Lula retomar. Precisamos colocar concretamente a questão da revolução socialista como urgência histórica e como única alternativa real para nosso povo;


6-Superar o identitarismo: a crise que assola o mundo burguês e que ameaça a própria humanidade, necessita de uma resposta revolucionária e socialista, portanto classista, proletária e popular. No entanto vemos pipocar por toda a parte o crescimento de uma suposta "esquerda" anti- classista, adaptada a sociedade burguesa até a medula. O identitarismo é fato, inimigo de classe dos trabalhadores e precisa ser urgentemente derrotado por uma autêntica esquerda revolucionária, que precisa ser reconstruída no país. De fato, o PT, PSOL e outros setores pequeno burgueses da esquerda brasileira são sustentáculos do identitarismo manobrado pelo imperialismo em nosso país. Daí a maior urgência em reconstruir uma verdadeira
vanguarda revolucionária em nosso país.
*

20 comentários:

  1. Sobre o artigo, realmente não tenho muito o que falar sobre. O artigo/documento está excelente e falou muito. Porém, só devia lembrar que a Rússia não é socialista/comunista mais e tão pouco se tornará em uma URSS 2.0 ou mesmo em uma RSFSR 2.0 sobre Putin, que Putin é um oligarca que controla o Partido Comunista da Federação Russa, isso não se pode negar. Mas o que o artigo fala sobre o imperialismo da OTAN e a resistência da Rússia, isso sim compensa o fato do Putin ser um oligarca, mas ainda devemos fazer todas as críticas possíveis a Putin e ao seu governo, e ele está se saindo bem até no meio das sanções e da crise imposta pelo ocidente. E sobre o nazifascismo, como eu disse nos meus comentários na FRT, não apenas a Ucrânia é nazifascista, TODO O OCIDENTE é nazifascista, todos os países da OTAN, praticamente toda a Europa, América do Norte, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Brasil, e vários outros países capitalistas e neoliberais por aí. O combate ao imperialismo e ao nazifascismo deve se dar de forma profunda, principalmente pois a cultura popular é um reflexo disso, a cultura popular, hoje em dia, é bem imperialista, nazisfasicsta, racista, especista, xenoespecista, teoespecista, xenófoba, neoliberal, misoteísta, deicidista... Características essenciais de uma sociedade nazifascista. E seria muito bom se tivessemos a volta da RSFSR ou da URSS hoje em dia. E sim, não se pode esquecer dos crimes que o Ocidente fez na Rússia durante os anos 1980 e 1990, aquilo é algo imperdoável, ao invés de colocarem o partido Yabloko no poder, preferiram rivalizar a Rússia e deixar a Rússia do jeito que é hoje, provando que eu realmente o Ocidente é nazifascista, assim como a sua política, cultura popular, academia, "comunidade científica", mídia de massa, força policial, força militar e costumes são inerentemente nazifascistas, isso e por vários outros motivos também. Só mesmo com uma revolução mundial comunista (nesse caso especificamente comunista) para mudar a situação que o mundo está hoje em dia. E sim, as fações de esquerda, como trotskismo, maoísmo, stalinismo, MLM... Só servem mesmo para dividir a esquerda e causar brigas internas, assim como essa questão de socialismo/comunismo nacionalista e socialismo/comunismo internacionalista; ateísmo militante, secularismo e socialismo/comunismo religioso... Entre muitas outras coisas.

    Guilherme Monteiro Junior

    (Continua)

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    1. I don't really have much to say about the article. The article/document is excellent and spoke volumes. However, I should just remember that Russia is not socialist/communist anymore and neither will it become a USSR 2.0 or even a RSFSR 2.0 about Putin, that Putin is an oligarch who controls the Communist Party of the Russian Federation, this cannot be deny. But what the article says about NATO imperialism and Russia's resistance, it does make up for the fact that Putin is an oligarch, but we still have to do as much criticism as possible against Putin and his government, and he is doing well so far. in the midst of sanctions and the crisis imposed by the West. And about Nazi-fascism, as I said in my comments on the FRT, not only is Ukraine Nazi-fascist, ALL THE WEST is Nazi-fascist, every NATO country, pretty much all of Europe, North America, Japan, South Korea, Australia, Brazil, and several other capitalist and neoliberal countries out there. The fight against imperialism and Nazi-fascism must take place in a profound way, mainly because popular culture is a reflection of this, popular culture, nowadays, is very imperialist, Nazis-fasicist, racist, speciesist, xenospeciesist, theospeciesist, xenophobic, neoliberal, misotheist, deicist... Essential characteristics of a Nazi-fascist society. And it would be great if we had the return of the RSFSR or the USSR nowadays. And yes, one cannot forget the crimes that the West committed in Russia during the 1980s and 1990s, that is something unforgivable, instead of putting the Yabloko party in power, they preferred to rival Russia and leave Russia the way it is today. , proving that I indeed the West is Nazi-Fascist, just as its politics, popular culture, academia, "scientific community", mass media, police force, military force and customs are inherently Nazi-fascist, this and for many other reasons as well. Only with a communist world revolution (in this case specifically communist) to change the situation the world is in today. And yes, the left factions, like Trotskyism, Maoism, Stalinism, MLM... They really only serve to divide the left and cause infighting, as well as this question of socialism/nationalist communism and socialism/internationalist communism; militant atheism, secularism and religious socialism/communism... Among many other things.

      Guilherme Monteiro Junior

      (To be continued)

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    2. Realmente no tengo mucho que decir sobre el artículo. El artículo/documento es excelente y habla mucho. Sin embargo, solo debo recordar que Rusia ya no es socialista/comunista y tampoco se convertirá en una URSS 2.0 o incluso en una RSFSR 2.0 sobre Putin, que Putin es un oligarca que controla el Partido Comunista de la Federación Rusa, esto no se puede negar. Pero lo que dice el artículo sobre el imperialismo de la OTAN y la resistencia de Rusia, compensa el hecho de que Putin es un oligarca, pero todavía tenemos que hacer tantas críticas como sea posible contra Putin y su gobierno, y lo está haciendo bien hasta ahora. en medio de las sanciones y la crisis impuesta por Occidente. Y sobre el nazi-fascismo, como dije en mis comentarios sobre el FRT, no solo Ucrania es nazi-fascista, TODO EL OESTE es nazi-fascista, todos los países de la OTAN, casi toda Europa, América del Norte, Japón, Corea del Sur, Australia, Brasil y varios otros países capitalistas y neoliberales por ahí. La lucha contra el imperialismo y el nazi-fascismo debe darse de manera profunda, principalmente porque la cultura popular es un reflejo de esto, la cultura popular, hoy en día, es muy imperialista, nazi-fascista, racista, especista, xenoespecista, teoespecista, xenófoba, neoliberal. , misoteísta, deicista... Características esenciales de una sociedad nazifascista. Y sería genial si tuviéramos el regreso de la RSFSR o la URSS hoy en día. Y sí, no se pueden olvidar los crímenes que Occidente cometió en Rusia durante los años 80 y 90, eso es algo imperdonable, en lugar de poner en el poder al partido Yabloko, prefirieron rivalizar con Rusia y dejar a Rusia como está hoy, demostrando que, de hecho, Occidente es nazi-fascista, al igual que su política, cultura popular, academia, "comunidad científica", medios de comunicación, fuerza policial, fuerza militar y costumbres son inherentemente nazi-fascistas, esto y por muchas otras razones también. Solo con una revolución mundial comunista (en este caso específicamente comunista) para cambiar la situación en la que se encuentra el mundo hoy. Y sí, las facciones de izquierda, como el trotskismo, el maoísmo, el estalinismo, el MLM... Realmente solo sirven para dividir a la izquierda y provocar luchas internas, así como esta cuestión del socialismo/comunismo nacionalista y el socialismo/comunismo internacionalista; ateísmo militante, laicismo y socialismo/comunismo religioso... Entre muchas otras cosas.

      Guilherme Monteiro Júnior

      (Continuará)

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    3. Мне особо нечего сказать о статье. Статья/документ превосходны и красноречивы. Однако я должен просто помнить, что Россия больше не социалистическая/коммунистическая и не станет СССР 2.0 или даже РСФСР 2.0 о Путине, что Путин - олигарх, который контролирует Коммунистическую партию Российской Федерации, этого нельзя отрицать. Но то, что в статье говорится об империализме НАТО и сопротивлении России, компенсирует тот факт, что Путин — олигарх, но нам все равно нужно как можно больше критиковать Путина и его правительство, и пока у него все хорошо. в разгар санкций и кризиса, навязанного Западом. А что касается нацистского фашизма, как я сказал в своих комментариях на FRT, не только Украина является нацистско-фашистской, ВЕСЬ ЗАПАД является нацистско-фашистским, каждая страна НАТО, почти вся Европа, Северная Америка, Япония, Южная Корея, Австралия, Бразилия и несколько других капиталистических и неолиберальных стран. Борьба с империализмом и нацистским фашизмом должна вестись основательно, главным образом потому, что массовая культура является отражением этого, массовая культура в наши дни очень империалистическая, нацистско-фашистская, расистская, спесишистская, ксеновидовая, теоспецифическая, ксенофобская, неолиберальная. , мизотеист, деицист... Существенные характеристики нацистско-фашистского общества. И было бы здорово, если бы у нас было возвращение РСФСР или СССР в наши дни. И да, нельзя забывать те преступления, которые Запад совершил в России в 1980-е и 1990-е годы, это нечто непростительное, вместо того, чтобы поставить партию «Яблоко» у власти, они предпочли конкурировать с Россией и оставить Россию такой, какая она есть сегодня. что я действительно Запад является нацистско-фашистским, так же как его политика, массовая культура, академические круги, «научное сообщество», средства массовой информации, полиция, военная сила и обычаи по своей сути являются нацистско-фашистскими, по этой и по многим другим причинам. Только коммунистическая мировая революция (в данном случае именно коммунистическая) изменит ситуацию, в которой находится мир сегодня. И да, левые фракции, такие как троцкизм, маоизм, сталинизм, МЛМ... Они на самом деле служат только для того, чтобы разделить левых и вызвать распри, а также этот вопрос о социализме/националистическом коммунизме и социализме/интернационалистическом коммунизме; воинствующий атеизм, секуляризм и религиозный социализм/коммунизм... Среди прочего.

      Гильерме Монтейру Джуниор

      (Продолжение следует)

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    4. Мені нема чого сказати про статтю. Стаття/документ чудова і багато говорить. Але я маю лише пам’ятати, що Росія більше не соціалістична/комуністична і не стане СРСР 2.0 чи навіть РРФСР 2.0 щодо Путіна, що Путін – олігарх, який контролює Комуністичну партію Російської Федерації, цього не можна заперечувати. Але те, що стаття говорить про імперіалізм НАТО та опір Росії, це компенсує той факт, що Путін є олігархом, але ми все одно маємо якомога більше критикувати Путіна та його уряд, і поки що у нього все добре. у розпал санкцій і кризи, запровадженої Заходом. А щодо наци-фашизму, як я сказав у своїх коментарях на FRT, не тільки Україна є нацистами, УВЕСЬ ЗАХІД є наци-фашистами, кожна країна НАТО, майже вся Європа, Північна Америка, Японія, Південна Корея, Австралія, Бразилія та кілька інших капіталістичних і неоліберальних країн. Боротьба з імперіалізмом і наци-фашизмом має відбуватися глибоко, головним чином тому, що популярна культура є відображенням цього, популярна культура сьогодні дуже імперіалістична, нацист-фашистська, расистська, специстська, ксенофобська, неоліберальна. , мізотеїст, деїцист... Істотні характеристики нацист-фашистського суспільства. І було б чудово, якби у нас сьогодні було повернення РРФСР чи СРСР. І так, не можна забувати про злочини, які Захід скоїв у Росії протягом 1980-1990-х років, це щось непрощенне, замість того, щоб поставити партію «Яблоко» до влади, вони вважали за краще конкурувати з Росією і залишити Росію такою, якою вона є сьогодні. що я справді Захід є нацист-фашистським, так само, як його політика, популярна культура, академія, «наукове співтовариство», засоби масової інформації, поліція, військова сила та звичаї є за своєю суттю нацистськими, з цієї та з багатьох інших причин. Лише завдяки комуністичній світовій революції (у даному випадку конкретно комуністичній) змінити ситуацію, в якій перебуває сьогодні світ. І так, ліві фракції, такі як троцькізм, маоїзм, сталінізм, МЛМ... Вони насправді служать лише для розколу лівих і викликають міжусобиці, а також це питання соціалізму/націоналістичного комунізму та соціалізму/інтернаціоналістичного комунізму; войовничий атеїзм, секуляризм і релігійний соціалізм/комунізм... Серед багатьох інших речей.

      Гільєрме Монтейру молодший

      (Далі буде)

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    5. Je n'ai pas grand chose à dire sur l'article. L'article/le document est excellent et en dit long. Cependant, je dois juste rappeler que la Russie n'est plus socialiste/communiste et ne deviendra pas non plus une URSS 2.0 ni même une RSFSR 2.0 à propos de Poutine, que Poutine est un oligarque qui contrôle le Parti communiste de la Fédération de Russie, cela ne peut être nié. Mais ce que dit l'article sur l'impérialisme de l'OTAN et la résistance de la Russie, cela compense le fait que Poutine est un oligarque, mais nous devons encore faire autant de critiques que possible contre Poutine et son gouvernement, et il s'en sort bien jusqu'à présent. au milieu des sanctions et de la crise imposées par l'Occident. Et à propos du nazi-fascisme, comme je l'ai dit dans mes commentaires sur le FRT, non seulement l'Ukraine est nazi-fasciste, TOUT L'OUEST est nazi-fasciste, tous les pays de l'OTAN, à peu près toute l'Europe, l'Amérique du Nord, le Japon, la Corée du Sud, L'Australie, le Brésil et plusieurs autres pays capitalistes et néolibéraux. La lutte contre l'impérialisme et le nazi-fascisme doit avoir lieu de manière profonde, principalement parce que la culture populaire en est le reflet, la culture populaire, de nos jours, est très impérialiste, nazi-fasciste, raciste, spéciste, xénospéciste, théospéciste, xénophobe, néolibérale , misothéiste, déiciste... Caractéristiques essentielles d'une société nazie-fasciste. Et ce serait formidable si nous avions le retour de la RSFSR ou de l'URSS de nos jours. Et oui, on ne peut pas oublier les crimes que les Occidentaux ont commis en Russie durant les années 1980 et 1990, c'est quelque chose d'impardonnable, au lieu de mettre le parti Iabloko au pouvoir, ils ont préféré rivaliser avec la Russie et laisser la Russie telle qu'elle est aujourd'hui. que l'Occident est en effet nazi-fasciste, tout comme sa politique, sa culture populaire, son université, sa "communauté scientifique", ses médias, sa police, sa force militaire et ses coutumes sont intrinsèquement nazi-fascistes, ceci et pour de nombreuses autres raisons également. Seulement avec une révolution mondiale communiste (dans ce cas spécifiquement communiste) pour changer la situation dans laquelle se trouve le monde aujourd'hui. Et oui, les factions de gauche, comme le trotskysme, le maoïsme, le stalinisme, le MLM... Elles ne servent vraiment qu'à diviser la gauche et à provoquer des luttes intestines, ainsi que cette question du socialisme/communisme nationaliste et du socialisme/communisme internationaliste ; l'athéisme militant, la laïcité et le socialisme/communisme religieux... Parmi beaucoup d'autres choses.

      Guilherme Monteiro Junior

      (À suivre)

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    6. Zu dem Artikel muss ich eigentlich nicht viel sagen. Der Artikel/das Dokument ist ausgezeichnet und sprach Bände. Ich sollte jedoch nur daran denken, dass Russland nicht mehr sozialistisch/kommunistisch ist und auch keine UdSSR 2.0 oder sogar eine RSFSR 2.0 über Putin werden wird, dass Putin ein Oligarch ist, der die Kommunistische Partei der Russischen Föderation kontrolliert, das kann nicht geleugnet werden. Aber was der Artikel über den NATO-Imperialismus und den Widerstand Russlands sagt, macht die Tatsache wett, dass Putin ein Oligarch ist, aber wir müssen immer noch so viel Kritik wie möglich an Putin und seiner Regierung üben, und er macht das bisher gut. inmitten von Sanktionen und der vom Westen auferlegten Krise. Und zum Nazi-Faschismus, wie ich in meinen Kommentaren zur FRT sagte, ist nicht nur die Ukraine Nazi-faschistisch, der GANZE WESTEN ist Nazi-faschistisch, jedes NATO-Land, so ziemlich ganz Europa, Nordamerika, Japan, Südkorea, Australien, Brasilien und mehrere andere kapitalistische und neoliberale Länder da draußen. Der Kampf gegen Imperialismus und Nazifaschismus muss auf tiefgreifende Weise erfolgen, vor allem, weil die Populärkultur dies widerspiegelt, die Populärkultur ist heutzutage sehr imperialistisch, nazistisch-faschistisch, rassistisch, speziesistisch, fremdenspeziesistisch, theospeziesistisch, fremdenfeindlich, neoliberal , Misotheist, Deizist ... Wesentliche Merkmale einer nazistisch-faschistischen Gesellschaft. Und es wäre großartig, wenn wir heute die Rückkehr der RSFSR oder der UdSSR hätten. Und ja, man darf die Verbrechen nicht vergessen, die der Westen in Russland in den 1980er und 1990er Jahren begangen hat, das ist etwas Unverzeihliches, anstatt die Jabloko-Partei an die Macht zu bringen, haben sie es vorgezogen, mit Russland zu konkurrieren und Russland so zu lassen, wie es heute ist dass der Westen in der Tat Nazi-Faschist ist, genauso wie seine Politik, Populärkultur, Akademiker, „Wissenschaftsgemeinschaft“, Massenmedien, Polizei, Militär und Zoll von Natur aus Nazi-Faschistisch sind, aus diesem und aus vielen anderen Gründen. Nur mit einer kommunistischen Weltrevolution (in diesem Fall speziell kommunistisch), um die Situation zu ändern, in der sich die Welt heute befindet. Und ja, die linken Fraktionen wie Trotzkismus, Maoismus, Stalinismus, MLM ... Sie dienen wirklich nur dazu, die Linke zu spalten und Machtkämpfe zu verursachen, ebenso wie diese Frage des Sozialismus/nationalistischen Kommunismus und des Sozialismus/internationalistischen Kommunismus; militanter Atheismus, Säkularismus und religiöser Sozialismus/Kommunismus... Neben vielen anderen Dingen.

      Guilherme Monteiro Junior

      (Fortgesetzt werden)

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    7. Ik heb niet veel te zeggen over het artikel. Het artikel/document is uitstekend en sprak boekdelen. Ik moet echter onthouden dat Rusland niet meer socialistisch/communistisch is en dat het ook geen USSR 2.0 of zelfs een RSFSR 2.0 over Poetin zal worden, dat Poetin een oligarch is die de Communistische Partij van de Russische Federatie controleert, dit valt niet te ontkennen. Maar wat het artikel zegt over het NAVO-imperialisme en het Russische verzet, dat maakt het feit goed dat Poetin een oligarch is, maar we moeten nog steeds zoveel mogelijk kritiek leveren op Poetin en zijn regering, en hij doet het tot nu toe goed. te midden van sancties en de door het Westen opgelegde crisis. En over nazi-fascisme, zoals ik al zei in mijn opmerkingen over de FRT, is niet alleen Oekraïne nazi-fascistisch, het HELE WESTEN is nazi-fascistisch, elk NAVO-land, vrijwel heel Europa, Noord-Amerika, Japan, Zuid-Korea, Australië, Brazilië en verschillende andere kapitalistische en neoliberale landen die er zijn. De strijd tegen het imperialisme en het nazi-fascisme moet op een diepgaande manier plaatsvinden, vooral omdat de populaire cultuur hiervan een weerspiegeling is, de populaire cultuur is tegenwoordig erg imperialistisch, nazi-fascistisch, racistisch, speciesistisch, xenospeciesistisch, theospeciesistisch, xenofoob, neoliberaal , misotheïst, deïcist... Essentiële kenmerken van een nazi-fascistische samenleving. En het zou geweldig zijn als we tegenwoordig de terugkeer van de RSFSR of de USSR zouden hebben. En ja, men mag de misdaden niet vergeten die het Westen in de jaren tachtig en negentig in Rusland heeft begaan, dat is iets onvergeeflijks, in plaats van de Yabloko-partij aan de macht te brengen, gaven ze er de voorkeur aan Rusland te evenaren en Rusland te laten zoals het nu is. dat ik inderdaad het Westen nazi-fascistisch is, net zoals de politiek, de populaire cultuur, de academische wereld, de "wetenschappelijke gemeenschap", de massamedia, de politie, het leger en de gebruiken inherent nazi-fascistisch zijn, dit en ook om vele andere redenen. Alleen met een communistische wereldrevolutie (in dit geval specifiek communistisch) om de situatie waarin de wereld zich nu bevindt te veranderen. En ja, de linkse facties, zoals trotskisme, maoïsme, stalinisme, MLM... Ze dienen eigenlijk alleen om links te verdelen en onderlinge strijd te veroorzaken, evenals deze kwestie van socialisme/nationalistisch communisme en socialisme/internationalistisch communisme; militant atheïsme, secularisme en religieus socialisme/communisme... Onder andere.

      Guilherme Monteiro Junior

      (Wordt vervolgd)

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    8. Non ho molto da dire sull'articolo. L'articolo/documento è eccellente e la dice lunga. Tuttavia, dovrei solo ricordare che la Russia non è più socialista/comunista e non diventerà nemmeno un'URSS 2.0 o addirittura una RSFSR 2.0 su Putin, che Putin è un oligarca che controlla il Partito Comunista della Federazione Russa, questo non si può negare. Ma ciò che l'articolo dice sull'imperialismo della NATO e la resistenza della Russia, compensa il fatto che Putin sia un oligarca, ma dobbiamo ancora fare quante più critiche possibili contro Putin e il suo governo, e finora sta andando bene. in mezzo alle sanzioni e alla crisi imposta dall'Occidente. E riguardo al nazifascismo, come ho detto nei miei commenti sull'FRT, non solo l'Ucraina è nazifascista, ALL THE WEST è nazifascista, ogni paese NATO, praticamente tutta Europa, Nord America, Giappone, Corea del Sud, Australia, Brasile e molti altri paesi capitalisti e neoliberisti là fuori. La lotta contro l'imperialismo e il nazifascismo deve svolgersi in modo profondo, soprattutto perché la cultura popolare ne è un riflesso, la cultura popolare, oggigiorno, è molto imperialista, nazifascista, razzista, specista, xenospecista, teospecista, xenofoba, neoliberista , misoteista, deicista... Caratteristiche essenziali di una società nazifascista. E sarebbe fantastico se al giorno d'oggi avessimo il ritorno della RSFSR o dell'URSS. E sì, non si possono dimenticare i crimini che l'Occidente ha commesso in Russia negli anni '80 e '90, è qualcosa di imperdonabile, invece di mettere al potere il partito Yabloko, hanno preferito rivaleggiare con la Russia e lasciare la Russia com'è oggi. , dimostrando che in effetti l'Occidente è nazifascista, così come la sua politica, la sua cultura popolare, il mondo accademico, la "comunità scientifica", i mass media, le forze di polizia, le forze armate ei costumi sono intrinsecamente nazifascisti, questo e anche per molti altri motivi. Solo con una rivoluzione mondiale comunista (in questo caso specificamente comunista) per cambiare la situazione in cui si trova il mondo oggi. E sì, le fazioni di sinistra, come il trotskismo, il maoismo, lo stalinismo, il MLM... In realtà servono solo a dividere la sinistra ea causare lotte intestine, così come questa questione di socialismo/comunismo nazionalista e socialismo/comunismo internazionalista; ateismo militante, secolarismo e socialismo/comunismo religioso... Tra le tante altre cose.

      Guilherme Monteiro Junior

      (Continua)

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    9. 关于这篇文章,我真的没什么好说的。这篇文章/文件非常好,而且量很大。但是,我应该记住,俄罗斯不再是社会主义/共产主义,也不会成为苏联 2.0 甚至是关于普京的 RSFSR 2.0,普京是控制俄罗斯联邦共产党的寡头,这是不可否认的。但文章所说的北约帝国主义和俄罗斯的反抗,确实弥补了普京是寡头的事实,但我们还是要尽可能多地批评普京和他的政府,他目前做得很好。在西方施加的制裁和危机中。关于纳粹法西斯主义,正如我在 FRT 的评论中所说,不仅乌克兰是纳粹法西斯主义,整个西方都是纳粹法西斯主义,每个北约国家,几乎整个欧洲、北美、日本、韩国,澳大利亚、巴西和其他几个资本主义和新自由主义国家。与帝国主义和纳粹法西斯的斗争必须以深刻的方式进行,主要是因为大众文化是这一点的反映,现在的大众文化非常帝国主义,纳粹法西斯主义,种族主义者,物种主义,异种主义,神种主义,排外主义,新自由主义、邪神论者、自然神论者……纳粹法西斯社会的基本特征。如果我们现在有俄罗斯联邦或苏联的回归,那就太好了。是的,人们不能忘记西方在 1980 年代和 1990 年代在俄罗斯犯下的罪行,这是不可原谅的,他们没有让雅布洛科党掌权,而是宁愿与俄罗斯抗衡,让俄罗斯以今天的方式离开。,证明我确实西方是纳粹法西斯主义者,正如它的政治、流行文化、学术界、“科学界”、大众媒体、警察部队、军队和习俗本质上是纳粹法西斯主义者一样,这也是出于许多其他原因。只有通过共产主义世界革命(在这种情况下特别是共产主义)来改变当今世界的局势。是的,左派,像托洛茨基主义、毛主义、斯大林主义、传销……他们真的只是为了分裂左派和引起内讧,以及社会主义/民族主义共产主义和社会主义/国际主义共产主义的问题;好战的无神论、世俗主义和宗教社会主义/共产主义……除此之外。

      Guilherme Monteiro Junior

      (待续)

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  2. Realmente precisamos de uma reorganização geral na esquerda, eu que já fui stalinista ferrenho (aquilo do Stalin Capixaba tá aí pra provar isso), e depois trotskista ferrenho mostram bem isso, eu me afastei dos stalinistas e dos trotskistas ao ver do que eles realmente se tratavam, principalmente dos social-direitistas (gente de esquerda que é claramente de direita e age como gente de direita, bem comum nas redes sociais no geral) e dos "esquerdistas apolíticos" (gente de esquerda que é apolítico e centrista e que quer apenas atacar tudo e todos sem tomar posição nem nada, bem comum na Internet e em redes sociais como Instagram e como o VK). Eu sou sim um revolucionário e tenho consciência de classe, mesmo sofrendo de transtorno bipolar, de ansiedade e de autismo, eu tenho consciência do meu papel na sociedade e de mudar a sociedade, mesmo que eu seja uma das poucas pessoas no mundo que ainda pensam como eu, e é isso que me motiva, os meus comentários no blog da FRT não foram em vão, já os arquivei todos no Wayback Machine caso algo aconteça com o blog da FRT, e vou continuar sim, até o final e até onde der para eu ir. Precisamos de mais revolucionários e pessoas capazes de entender do que esse documento se trata e entender o que eu penso/escrevo. A Ucrânia é nazifascista sim, assim como todo o Ocidente e Norte Global, e temos o dever revolucionário de combater o nazifascismo neoliberal globalizado e tornar o mundo em uma República Socialista/Comunista Mundial, e devemos lutar por isso agora e nos próximos anos que nos esperam. E devemos sim discutir e criticar o nazifascismo, o capitalismo, o neoliberalismo, a cultura popular, a academia, a "comunidade científica", a ciência, a mídia de massa, as forças policiais, as força militares, o ateísmo militante, o neopositivismo entre outros. Pois é disso que a esquerda precisa, precisamos parar de querer ser revolucionários de Politigram ou revolucionários de teclado e partirmos para luta, pois temos um mundo inteiro para criticar e mudar, e devemos fazer isso o mais rápido possível antes que seja tarde para todos nós. A luta camaradas, e vamos caminhar para a revolução comunista mundial!

    Guilherme Monteiro Junior

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    1. We really need a general reorganization on the left, I was once a stalinist Stalinist (the Stalin Capixaba stuff is there to prove it), and then a staunch Trotskyist show this well, I moved away from the Stalinists and Trotskyists when I saw what they really were dealt mainly with the social-rights (people on the left who are clearly on the right and act like people on the right, very common on social media in general) and the "apolitical leftists" (people on the left who are apolitical and centrist and who just want to attack everything and everyone without taking a position or anything, very common on the Internet and on social networks like Instagram and VK). I am indeed a revolutionary and I am class conscious, even though I suffer from bipolar disorder, anxiety and autism, I am aware of my role in society and of changing society, even though I am one of the few people in the world who still think like me, and that's what motivates me, my comments on the FRT blog weren't in vain, I've already archived them all in the Wayback Machine in case something happens to the FRT blog, and I'll continue yes, until the end and as long as I can for me to go. We need more revolutionaries and people capable of understanding what this document is about and understanding what I think/write. Ukraine is nazi-fascist yes, just like the entire West and Global North, and we have a revolutionary duty to fight globalized neoliberal nazifascism and turn the world into a Socialist/Communist World Republic, and we must fight for this now and in the years to come. wait. And we must discuss and criticize Nazi-fascism, capitalism, neoliberalism, popular culture, academia, the "scientific community", science, the mass media, police forces, military forces, militant atheism, neopositivism among others. Because that's what the left needs, we need to stop wanting to be Politigram revolutionaries or keyboard revolutionaries and start fighting, because we have a whole world to criticize and change, and we must do it as soon as possible before it's too late for all of us . Fight comrades, and let's walk towards the world communist revolution!

      Guilherme Monteiro Junior

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    2. Realmente necesitamos una reorganización general en la izquierda, una vez fui un estalinista acérrimo (esa cosa de Stalin Capixaba está ahí para probarlo), y luego un trotskista acérrimo muestra esto bien, me alejé de los estalinistas y trotskistas cuando vi lo que realmente se trataron principalmente de los social-derechos (personas de izquierda que son claramente de derecha y actúan como personas de derecha, muy común en las redes sociales en general) y los "izquierdistas apolíticos" (personas de izquierda que son apolíticas). y centristas y que solo quieren atacar a todo y a todos sin tomar posición ni nada, muy común en Internet y en redes sociales como Instagram y VK). De hecho, soy un revolucionario y tengo conciencia de clase, aunque sufro de trastorno bipolar, ansiedad y autismo, soy consciente de mi papel en la sociedad y de cambiar la sociedad, aunque soy una de las pocas personas en el mundo que todavía piensa como yo, y eso es lo que me motiva, mis comentarios en el blog de FRT no fueron en vano, ya los he archivado todos en la Wayback Machine por si le pasa algo al blog de FRT, y sigo si, hasta el final y el tiempo que pueda para mí para ir. Necesitamos más revolucionarios y gente capaz de entender de qué trata este documento y entender lo que pienso/escribo. Ucrania es nazi-fascista, sí, al igual que todo Occidente y el Norte Global, y tenemos el deber revolucionario de luchar contra el nazifascismo neoliberal globalizado y convertir al mundo en una República Mundial Socialista/Comunista, y debemos luchar por esto ahora y en los años. venir. esperar. E devemos sim discutir e criticar o nazifascismo, o capitalismo, o neoliberalismo, a cultura popular, a academia, a "comunidade científica", a ciência, a mídia de massa, as forças policiais, as força militares, o ateísmo militante, o neopositivismo entre otros. Porque eso es lo que necesita la izquierda, tenemos que dejar de querer ser revolucionarios del Politigram o revolucionarios del teclado y empezar a luchar, porque tenemos todo un mundo que criticar y cambiar, y debemos hacerlo cuanto antes antes de que sea demasiado tarde para todos. nosotros ¡Lucha, camaradas, y caminemos hacia la revolución comunista mundial!

      Guilherme Monteiro Júnior

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    3. Нам очень нужна всеобщая реорганизация левых, я когда-то был убежденным сталинистом (эта штучка Сталина Капиксаба тому доказательство), а потом стойкий троцкист показывает это ну, я отошел от сталинистов и троцкистов, когда увидел, что они на самом деле имели дело в основном с социально-правыми (люди слева, которые явно правы и ведут себя как люди справа, очень распространены в социальных сетях в целом) и «аполитичными левыми» (люди слева, которые аполитичны). и центристские и которые просто хотят атаковать все и всех, не занимая ни одной позиции и ничего, очень распространены в Интернете и в социальных сетях, таких как Instagram и VK). Я действительно революционер, и я сознателен, хотя я страдаю биполярным расстройством, тревогой и аутизмом, я осознаю свою роль в обществе и меняющемся обществе, хотя я один из немногих людей в мире, которые все еще думай как я, и это то, что меня мотивирует, мои комментарии в блоге FRT не прошли даром, я уже заархивировал их все в Wayback Machine на случай, если что-то случится с блогом FRT, и я продолжу да, пока конец и пока я могу для меня идти. Нам нужно больше революционеров и людей, способных понять, о чем этот документ, и понять, что я думаю/пишу. Украина нацистская да, как и весь Запад и глобальный Север, и у нас есть революционный долг бороться с глобализированным неолиберальным нацфашизмом и превратить мир в Социалистическую/Коммунистическую Мировую Республику, и мы должны бороться за это сейчас и в годы прийти, ждать. И мы должны обсуждать и критиковать нацистский фашизм, капитализм, неолиберализм, массовую культуру, академические круги, «научное сообщество», науку, средства массовой информации, полицию, вооруженные силы, воинствующий атеизм, неопозитивизм и другие. Потому что это то, что нужно левым, нам нужно перестать хотеть быть революционерами Politigram или клавишными революционерами и начать бороться, потому что у нас есть целый мир, который нужно критиковать и менять, и мы должны сделать это как можно скорее, пока не стало слишком поздно для всех. мы . Боритесь, товарищи, и вперед к мировой коммунистической революции!

      Гильерме Монтейру Джуниор

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    4. Нам дуже потрібна загальна реорганізація ліворуч, я колись був затятим сталіністом (той Сталін Капіксаба є доказом), а потім затятий троцькіст це добре показує, я відійшов від сталінців і троцькістів, коли побачив, що вони справді стосувалися в основному соціал-правих (людей ліворуч, які явно праворуч і діють як люди справа, дуже поширені в соціальних мережах загалом) і «аполітичних лівих» (людей ліворуч, які є аполітичними і центристи, які просто хочуть атакувати все і кожного, не займаючи позиції чи чогось, дуже поширені в Інтернеті та соціальних мережах, таких як Instagram та VK). Я справді революціонер і я свідомий класу, хоча я страждаю від біполярного розладу, тривоги та аутизму, я усвідомлюю свою роль у суспільстві та зміни суспільства, хоча я один із небагатьох людей у ​​світі, які все ще думайте як я, і це те, що мене мотивує, мої коментарі в блозі FRT не були марними, я вже заархівував їх усі в Wayback Machine на випадок, якщо з блогом FRT щось трапиться, і я буду продовжувати так, поки кінець і поки я можу йти. Нам потрібно більше революціонерів і людей, здатних зрозуміти, про що цей документ, і зрозуміти, що я думаю/пишу. Україна є наци-фашистською так, як і весь Захід і Глобальна Північ, і ми маємо революційний обов’язок боротися з глобалізованим неоліберальним нацифашизмом і перетворити світ на Соціалістичну/Комуністичну Світову Республіку, і ми повинні боротися за це зараз і через роки прийти. чекати. І ми повинні обговорювати і критикувати наци-фашизм, капіталізм, неолібералізм, масову культуру, наукові кола, «наукову спільноту», науку, ЗМІ, поліцію, військові сили, войовничий атеїзм, неопозитивізм серед інших. Тому що це те, що потрібно лівим, ми повинні перестати хотіти бути революціонерами Politigram або революціонерами з клавіатури і почати боротися, тому що у нас є цілий світ, який можна критикувати і змінювати, і ми повинні зробити це якомога швидше, поки не стало занадто пізно для всіх. нас . Боріться, товариші, і йдемо до світової комуністичної революції!

      Гільєрме Монтейру молодший

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    5. Nous avons vraiment besoin d'une réorganisation générale à gauche, j'étais autrefois un stalinien convaincu (ce truc de Staline Capixaba est là pour le prouver), et puis un trotskyste convaincu le montre bien, je me suis éloigné des staliniens et des trotskystes quand j'ai vu ce qu'ils ont vraiment été traités principalement avec les droits sociaux (les gens de gauche qui sont clairement à droite et agissent comme des gens de droite, très fréquents sur les réseaux sociaux en général) et les "gauchistes apolitiques" (les gens de gauche qui sont apolitiques et centristes et qui veulent juste attaquer tout et tout le monde sans prendre position ou quoi que ce soit, très courant sur Internet et sur les réseaux sociaux comme Instagram et VK). Je suis en effet un révolutionnaire et j'ai une conscience de classe, même si je souffre de trouble bipolaire, d'anxiété et d'autisme, je suis conscient de mon rôle dans la société et de l'évolution de la société, même si je suis l'une des rares personnes au monde à encore pense comme moi, et c'est ce qui me motive, mes commentaires sur le blog FRT n'ont pas été vains, je les ai déjà tous archivés dans la Wayback Machine au cas où il arriverait quelque chose au blog FRT, et je continuerai oui, jusqu'à la fin et aussi longtemps que je peux pour que j'y aille. Nous avons besoin de plus de révolutionnaires et de personnes capables de comprendre de quoi parle ce document et de comprendre ce que je pense/écris. L'Ukraine est nazi-fasciste oui, tout comme l'Occident et le Nord global, et nous avons le devoir révolutionnaire de combattre le nazifascisme néolibéral mondialisé et de transformer le monde en une République mondiale socialiste/communiste, et nous devons nous battre pour cela maintenant et dans les années venir. attendre. Et nous devons discuter et critiquer le nazi-fascisme, le capitalisme, le néolibéralisme, la culture populaire, le milieu universitaire, la "communauté scientifique", la science, les médias, les forces de police, les forces militaires, l'athéisme militant, le néopositivisme entre autres. Parce que c'est ce dont la gauche a besoin, nous devons arrêter de vouloir être des révolutionnaires de Politigram ou des révolutionnaires du clavier et commencer à nous battre, car nous avons tout un monde à critiquer et à changer, et nous devons le faire le plus tôt possible avant qu'il ne soit trop tard pour tous nous. Combattez camarades, et marchons vers la révolution communiste mondiale !

      Guilherme Monteiro Junior

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    6. Wir brauchen wirklich eine allgemeine Reorganisation auf der Linken, ich war einst ein überzeugter Stalinist (dieses Stalin-Capixaba-Ding ist da, um es zu beweisen), und dann ein überzeugter Trotzkist wirklich hauptsächlich mit den Sozialrechten (Menschen auf der Linken, die eindeutig rechts sind und sich wie Menschen auf der rechten Seite verhalten, allgemein in sozialen Medien sehr verbreitet) und den "apolitischen Linken" (Menschen auf der Linken, die unpolitisch sind und Zentrist und die einfach alles und jeden angreifen wollen, ohne Stellung zu beziehen oder so, sehr verbreitet im Internet und in sozialen Netzwerken wie Instagram und VK). Ich bin in der Tat ein Revolutionär und klassenbewusst, obwohl ich an einer bipolaren Störung, Angstzuständen und Autismus leide, bin ich mir meiner Rolle in der Gesellschaft und der Veränderung der Gesellschaft bewusst, obwohl ich einer der wenigen Menschen auf der Welt bin, die dies noch tun Denke wie ich, und das motiviert mich, meine Kommentare im FRT-Blog waren nicht umsonst, ich habe sie bereits alle in der Wayback Machine archiviert, falls dem FRT-Blog etwas passiert, und ich mache ja weiter, bis das Ende und solange ich kann für mich zu gehen. Wir brauchen mehr Revolutionäre und Menschen, die verstehen können, worum es in diesem Dokument geht, und verstehen, was ich denke/schreibe. Die Ukraine ist nazifaschistisch, ja, genau wie der gesamte Westen und der globale Norden, und wir haben die revolutionäre Pflicht, den globalisierten neoliberalen Nazifaschismus zu bekämpfen und die Welt in eine sozialistische/kommunistische Weltrepublik zu verwandeln, und dafür müssen wir jetzt und in Zukunft kämpfen kommen, warten. Und wir müssen Nazifaschismus, Kapitalismus, Neoliberalismus, Populärkultur, Akademiker, die „Wissenschaftsgemeinschaft“, Wissenschaft, die Massenmedien, Polizeikräfte, Streitkräfte, militanten Atheismus, Neopositivismus und andere diskutieren und kritisieren. Denn das ist es, was die Linke braucht, wir müssen aufhören, Politigramm-Revolutionäre oder Tastatur-Revolutionäre sein zu wollen, und anfangen zu kämpfen, denn wir haben eine ganze Welt zu kritisieren und zu verändern, und wir müssen es so schnell wie möglich tun, bevor es für alle zu spät ist uns . Kämpfet, Genossen, und lasst uns der kommunistischen Weltrevolution entgegengehen!

      Guilherme Monteiro Junior

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    7. We hebben echt een algemene reorganisatie aan de linkerkant nodig, ik was ooit een fervent stalinist (dat ding van Stalin Capixaba is er om het te bewijzen), en toen een fervent trotskist dit goed liet zien, ging ik weg van de stalinisten en trotskisten toen ik zag wat ze echt voornamelijk werden behandeld met de sociale rechten (mensen aan de linkerkant die duidelijk rechts zijn en zich gedragen als mensen aan de rechterkant, heel gebruikelijk op sociale media in het algemeen) en de "apolitieke linksen" (mensen aan de linkerkant die apolitiek zijn en centristisch en die gewoon alles en iedereen willen aanvallen zonder een standpunt of iets in te nemen, heel gebruikelijk op internet en op sociale netwerken zoals Instagram en VK). Ik ben inderdaad een revolutionair en ik ben klassenbewust, ook al lijd ik aan een bipolaire stoornis, angst en autisme, ik ben me bewust van mijn rol in de samenleving en van de veranderende samenleving, ook al ben ik een van de weinige mensen in de wereld die nog denk zoals ik, en dat is wat mij motiveert, mijn opmerkingen op de FRT-blog waren niet tevergeefs, ik heb ze allemaal al gearchiveerd in de Wayback Machine voor het geval er iets met de FRT-blog gebeurt, en ik zal doorgaan ja, totdat het einde en zo lang als ik kan voor mij om te gaan. We hebben meer revolutionairen en mensen nodig die kunnen begrijpen waar dit document over gaat en begrijpen wat ik denk/schrijf. Oekraïne is nazi-fascistisch ja, net als het hele Westen en het Noorden, en we hebben de revolutionaire plicht om het geglobaliseerde neoliberale nazifascisme te bestrijden en van de wereld een socialistische/communistische wereldrepubliek te maken, en we moeten hier nu en in de jaren voor vechten wachten. En we moeten onder andere nazi-fascisme, kapitalisme, neoliberalisme, populaire cultuur, de academische wereld, de 'wetenschappelijke gemeenschap', de wetenschap, de massamedia, politiediensten, strijdkrachten, militant atheïsme, neopositivisme bespreken en bekritiseren. Omdat dat is wat links nodig heeft, moeten we stoppen met het willen zijn van politigram-revolutionairen of toetsenbordrevolutionairen en beginnen te vechten, want we hebben een hele wereld om te bekritiseren en te veranderen, en we moeten het zo snel mogelijk doen voordat het voor iedereen te laat is. ons. Vecht tegen kameraden, en laten we lopen naar de communistische wereldrevolutie!

      Guilherme Monteiro Junior

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    8. Abbiamo davvero bisogno di una riorganizzazione generale a sinistra, una volta ero uno stalinista convinto (quella cosa di Stalin Capixaba è lì per dimostrarlo), e poi un convinto trotskista lo dimostra bene, mi sono allontanato dagli stalinisti e dai trotskisti quando ho visto cosa hanno in realtà sono stati trattati principalmente i diritti sociali (persone di sinistra che sono chiaramente di destra e si comportano come persone di destra, molto comuni sui social media in generale) e gli "apolitici di sinistra" (persone di sinistra che sono apolitiche e centristi e che vogliono solo attaccare tutto e tutti senza prendere posizione o altro, molto comune su Internet e sui social network come Instagram e VK). Sono davvero un rivoluzionario e sono consapevole di classe, anche se soffro di disturbo bipolare, ansia e autismo, sono consapevole del mio ruolo nella società e del cambiamento della società, anche se sono una delle poche persone al mondo che ancora la penso come me, ed è questo che mi motiva, i miei commenti sul blog FRT non sono stati vani, li ho già archiviati tutti nella Wayback Machine nel caso succedesse qualcosa al blog FRT, e continuerò sì, fino a quando alla fine e finché posso andare. Abbiamo bisogno di più rivoluzionari e persone capaci di capire di cosa tratta questo documento e capire cosa penso/scrivo. L'Ucraina è nazifascista sì, proprio come l'intero Occidente e il Nord del mondo, e abbiamo il dovere rivoluzionario di combattere il nazifascismo neoliberista globalizzato e trasformare il mondo in una Repubblica Mondiale Socialista/Comunista, e dobbiamo lottare per questo ora e negli anni a venire aspetta. E dobbiamo discutere e criticare il nazifascismo, il capitalismo, il neoliberismo, la cultura popolare, il mondo accademico, la "comunità scientifica", la scienza, i mass media, le forze di polizia, le forze armate, l'ateismo militante, il neopositivismo tra gli altri. Perché è quello di cui la sinistra ha bisogno, dobbiamo smettere di voler essere rivoluzionari del Politigramma o dei tastieristi e iniziare a combattere, perché abbiamo un mondo intero da criticare e cambiare, e dobbiamo farlo il prima possibile prima che sia troppo tardi per tutti noi. Combatti i compagni e camminiamo verso la rivoluzione comunista mondiale!

      Guilherme Monteiro Junior

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    9. 我们真的需要对左翼进行全面重组,我曾经是一个坚定的斯大林主义者(斯大林 Capixaba 的事情就是为了证明这一点),然后一个坚定的托洛茨基主义者表现得很好,当我看到斯大林主义者和托洛茨基主义者时,我离开了他们确实主要涉及社会权利(左翼的人明显在右翼并且表现得像右翼的人,一般在社交媒体上很常见)和“非政治左派”(左翼的人不关心政治)和中间派,只想在不采取立场或任何事情的情况下攻击所有人和所有人,这在互联网和 Instagram 和 VK 等社交网络上很常见)。我确实是一个革命者,我有阶级意识,尽管我患有双相情感障碍、焦虑症和自闭症,但我意识到我在社会和改变社会中的角色,尽管我是世界上少数仍然坚持像我一样思考,这就是激励我的动力,我在 FRT 博客上的评论并没有白费,我已经将它们全部存档在 Wayback Machine 中,以防 FRT 博客出现问题,我会继续,是的,直到结束了,只要我可以让我去。我们需要更多的革命者和能够理解这份文件的内容并理解我所想/所写内容的人。乌克兰是纳粹法西斯,是的,就像整个西方和全球北方一样,我们有革命责任与全球化的新自由主义纳粹法西斯作斗争,将世界变成社会主义/共产主义世界共和国,我们现在和未来都必须为此而战来。等一下。我们必须讨论和批评纳粹法西斯主义、资本主义、新自由主义、大众文化、学术界、“科学界”、科学、大众媒体、警察部队、军队、激进的无神论、新实证主义等等。因为这就是左派所需要的,我们需要停止成为政治革命者或键盘革命者并开始战斗,因为我们有整个世界要批评和改变,我们必须尽快这样做,以免为时已晚我们。战友们,让我们走向世界共产主义革命!

      Guilherme Monteiro Junior

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