domingo, 30 de abril de 2023

REGIMENTO IMORTAL * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

REGIMENTO IMORTAL

No domingo, 7 de maio de 2023, uma ação popular será realizada em Madri - a marcha do REGIMENTO IMORTAL para comemorar o Dia da Vitória na 2ª Guerra Mundial (para russos e ex-países soviéticos é chamada de Grande Guerra Patriótica) e para lembrar a todos aqueles que lutaram na retaguarda e na frente pela libertação do mundo do nazismo em 1941-1945.
Vinte e sete milhões de cidadãos soviéticos deram suas vidas nesta luta. Quase nove milhões de soldados soviéticos participaram da libertação de onze países europeus na Segunda Guerra Mundial. Cerca de um milhão morreram.
Todos eles permanecem na memória do povo russo e dos ex-países soviéticos como um exemplo de heroísmo, sacrifício e vitória sobre os horrores do nazismo.
Eles formam o "Regimento Imortal" ao qual as novas gerações devem amor, memória, respeito e eterna gratidão porque fizeram a vida continuar.
Em Madrid, esta marcha realiza-se desde 2016 e também recorda os espanhóis que se juntaram à luta e deram a vida pela sobrevivência da humanidade.
Este ano, no dia da marcha, pessoas de todas as províncias da Espanha virão a Madri com o desejo de homenagear a memória dos heróis daquela guerra e de todo o povo soviético que lutou contra a peste marrom.
A coluna do REGIMENTO IMORTAL percorrerá as ruas centrais de Madrid, a procissão começará às 12h00 perto da estação de Atocha.
Antes do início da marcha, também acontecerá a Ação da Fita de São Jorge, durante a qual os organizadores distribuirão aos participantes da marcha o símbolo da grande Vitória sobre o nazismo - as fitas de São Jorge.
Os participantes de março levarão retratos de seus parentes que forjaram a vitória sobre o nazismo na Grande Guerra Patriótica.
Também na marcha levarão a bandeira da Vitória que os soldados do Exército Vermelho ergueram e agitaram sobre o Reichstag em maio de 1945, em nome da Vitória sobre o nazismo e do fim de uma terrível guerra mundial.
Durante a marcha serão ouvidas canções dos anos de guerra. Por tradição, a marcha terminará com a execução da música "Dia da Vitória" e a apresentação dos organizadores e participantes da ação.
Pessoas de muitas ex-repúblicas da União Soviética se juntarão à marcha porque seus ancestrais também lutaram contra o nazismo.
A marcha também será acompanhada pelos espanhóis, cujos entes queridos testemunharam aquela terrível guerra e se juntaram à luta contra os horrores do nazismo. Muitos espanhóis lutaram nas fileiras da resistência contra o fascismo durante a Guerra Civil Espanhola. Muitos desses espanhóis depois da guerra civil se juntaram ao Exército Vermelho para lutar contra os nazistas, como Rubén Ibárruri, que caiu na batalha de Stalingrado, Enrique Lister ou María Pardina Ramos.
Assim, a Campanha do Regimento Imortal nos uniu, lembrando-nos o quanto a história de nossos povos está fortemente entrelaçada.
Devido à difícil situação internacional atual e à crescente russofobia nos países ocidentais, este ano a preparação para a marcha do Regimento Imortal em Madri está sendo realizada com o apoio inédito das seleções espanholas, pois para eles também é importante preservar e honrar a memória dos heróis que venceram o nazismo e que se tornaram exemplo de coragem, força e perseverança.
O percurso e todas as novidades da marcha serão publicadas no canal Telegram do 

Regimento Imortal em espanhol

 https://t.me/ri_noticias

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REGIMENTO 94 

O famoso 94.o Regimento da região do Cáucaso do Norte retorna ao combate após a rotação dos contingentes chechenos na Operação Militar Especial.

Este regimento foi nomeado em honra ao Herói da Rússia Akhmat-Khadzhi Kadyrov.  Como os vencedores da Batalha de Mariupol e autores da destruição do comando central do Batalhão Azov, agora eles partem rumo à conquista total da região de Donetsk sob a liderança competente do comandante  Khasmagomed Magomadov. 

A esquerda bolchevique * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

A ESQUERDA BOLCHEVIQUE

1º DE MAIO INTERNACIONALISTA DE CLASSE E DE LUTA * Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

1º DE MAIO INTERNACIONALISTA DE CLASSE E DE LUTA

Companheiros, com uma rápida olhada no cenário mundial, qualquer um de nós constata claramente a desgraça causada pela exploração capitalista. Há guerras em todos os sentidos, desde o modo como as notícias são veiculadas na mídia, passando pelas novas bactérias até às mais avançadas tecnologias de destruição em massa, como os drones.

Desde a invasão do Iraque, da Síria, do Afeganistão, da Líbia com a execução covarde de Muammar al-Kadafi, estamos assistindo a destruição de vidas humanas de forma apocalíptica. Em todas essas demonstrações de força, o seu protagonista tem sido o testa-de-ferro do capital, o IMPERIALISMO, que apesar de tantas derrotas, não se conteve e aventurou o domínio da Europa desde a QUEDA DO MURO DE BERLIM. Para isso, se apoderou de uma republiqueta nazista chamada UCRANIA, onde em 2014, depôs um governo eleito e empossou um boneco intitulado Zelenski. Passou a instalar bases da OTAN, ameaçando a Rússia, como se ela não tivesse o direito de se defender. Bom, o resultado nós já sabemos.

Hoje todos nós estamos vivendo no limite. Defender a vida se tornou um ato revolucionário. É nossa única saída diante da voracidade com que as grandes potencias se lançam sobre nossos países para se apoderarem dos nossos recursos minerais, hídricos e ambientais, além de empresas estratégicas e setores importantes de nossas economias. O golpe de 2016 no Brasil é isso, só para tomar o nosso PRE-SAL. O golpe de 2019 no Bolívia, só pra tomar o lítio dos bolivianos etc. O que vem ocorrendo na África e na América Central se encaixa nessa direção. 

Devido a essa disputa mundial pelos recursos, as grandes potências já racharam o imperialismo e se dividiram. Antes, havia apenas um bloco de países, que se agrupava em torno do FMI - Fundo Monetário Internacional. Mas agora já temos dois, claramente organizados, formando o novo BRICS, encabeçado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No entanto, avaliamos que isso não vai parar por aí. Acreditamos que paralelo ao FMI e ao BRICS surja um terceiro bloco de países, os NÃO ALINHADOS.

Companheiras, companheiros, trabalhadores de todos os setores, o 1º DE MAIO é a data eleita pelo proletariado mundial para denunciar os crimes cometidos em Chicago - EUA, no ano de 1886, contra a vida de de nossos irmãos, que passaram à história como os MÁRTIRES DE CHICAGO. Portanto, foi devido às péssimas condições de vida e trabalho que eles foram obrigados a reagir contra a exploração patronal. 

Por isso, hoje tanto quanto naquela época, nós trabalhadores, não temos outra alternativa a não ser nos unirmos e defender os nossos direitos. Somente assim poderemos dar fim à política de assalto e extorsão imposta pelo capitalismo através da política neoliberal de extinção dos direitos sociais conquistados pela humanidade ao longo dos últimos séculos de lutas sociais.

Prova disso é a mobilização da classe trabalhadora na Europa e na América Latina. A Europa de Margareth Tatcher não existe mais. As privatizações estão sendo revogadas em todos os países. Assistimos nos últimos dias a um dos maiores levantes operários daquele continente, feito pelos aposentados contra as reformas da previdência francesa. E aqui no nosso continente, os aposentados chilenos vem dando trabalho ao chicago-boy Gabriel Bóric. 

NOSSA PAUTA PARA AVANÇARMOS

Portanto, nossa única saída é a luta. Precisamos de uma pauta de reivindicações construída em consenso dentro da classe. E ela precisa ser iniciada pela REVOGAÇÃO DAS REFORMAS NEOLIBERAIS JÁ! Todos os desastres cometidos contra os trabalhadores precisam ser alvo de nossa reação, de forma organizada e mobilizada, comandada por nós, sem direções pelegas nem partidos patronais. Nossos sindicatos devem ser dirigidos e controlados, resultados de nossa união desde o local de trabalho, sem manda-chuvas paus mandados dos patrões.

PONTOS DE PAUTA:

REVOGAÇÃO DAS REFORMAS NEOLIBERAIS JÁ!

1 - Geração de emprego com redução da jornada de trabalho;
2 - Reestatização das empresas privatizadas com a instituição da cogestão;
3 - Salário igual para trabalho igual com paridade nos recursos humanos, instituindo a inclusão dos deficientes, homossexuais, negros, povos originários indígenas e imigrantes;
4 - Fim do trabalho intermitente;
5 - FGTS corrigido pela inflação;
6 - Aposentadoria digna para todos, respeitando a contribuição e revisão do FATOR PREVIDENCIÁRIO;
7 - Fortalecimento da soberania nacional, com Banco Central público em cogestão, instituição de taxa de juros que fortaleça o crescimento econômico;
8 - Política externa independente, fortalecimento da paz entre as nações e combate ao nazismo;
9 - Fortalecimento dos programas de intercambio cientifico com bolsas de estudos entre nações parceiras;
10 - Desmilitarização, fim do alistamento militar obrigatório.

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES/FRT

Vladimir Maiakovski

MANIFESTO DO PROLETRARIADO

Marcelo Mario de Melo/PE


            "... na minha condição           

                de pintor e operário.."

                        (Van  Gogh)


1 - Trabalhadores manuais e intelectuais e artistas das diversas áreas: somos todos proletários. 


2 – Na agricultura, na indústria, no comércio, nos serviços, nas finanças. Autônomo, formalizado, precarizado, subempregado, escravizado, excluído. Na ciência, na tecnologia, na filosofia, na comunicação, na arte. Na lavoura, na oficina, no balcão, no escritório, no consultório, no laboratório, na sala de aula, no guichê, no ateliê. 


3 - Cientista, filósofo, técnico, professor, escritor, jornalista, artista. Na empresa, no estado, na entidade civil. Somos proletários letrados. Proletrários. 


4 - Precisamos ter consciência de classe. Assumir na sociedade uma postura política coerente com a nossa condição de classe. 


5 – Vamos lançar fios aos outros proletrários. Unindo todo o leque do arco-íris. Estimulando a onda solidária. Segurando as mãos na ciranda proletária. Lavrando contra as teias mercantis. Lançando sementes de vida em abundância. Contribuindo para o povo trabalhador viver e conviver melhor. Somando sonhos, seivas, sanhas, na seara comum. 


6 – Ouvindo Josué de Castro: “... a sociologia comprometida com o processo social não deixa de ser científica, por este seu engajamento.” 


7 – Ouvindo Maiakovski: “a arte deve ligar-se estreitamente com a vida, como função intensiva desta. Fundir-se com ela ou perecer.” 


8 – Ouvindo Karl Marx: “os filósofos têm apenas interpretado o mundo de diferentes maneiras; o importante, porém, é transformá-lo.” 


9 - Ouvindo Paulo Freire: “somente com a supressão da situação opressora é possível restaurar o amor que nela estava proibido”. 


10 – Ouvindo Jesus Cristo: “vós sois o sal da terra, e se vós vos tornardes insípidos, com que a terra haverá de ser salgada?”. 


11 – Ouvindo David Capistrano Filho: “o único requisito indispensável é o compromisso. Compromisso com a vida e compromisso com os que sofrem”. 


12 - Ouvindo Castro Alves: “a lei sustenta o popular direito/nós sustentamos o direito em pé”. 


13 - Que as nossas equações, signos, protótipos, softwares, pesquisas, fantasias, pulsações, sombras, luzes, não ocultem e realcem a nossa identidade proletária. 


14 - Proletários de todo o mundo: uni-vos!

ANTONIO GRAMSCI VIVE * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

ANTONIO GRAMSCI VIVE

O grande Gramsci nos aconselhou: 
“Eduquem-se, porque precisaremos de toda a nossa inteligência. Movimentem-se, porque precisaremos de todo o nosso entusiasmo. "
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sábado, 29 de abril de 2023

TOMÁS BORGE: TESTAMENTO GUERRILHEIRO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

TOMÁS BORGE: TESTAMENTO GUERRILHEIRO

TOMÁS BORGE, ENTRE A ARMA E A PENA

Daniel Corcuera

Ordem da Independência Cultural Rubén Darío


A Nicarágua é uma terra de poetas, lagos e vulcões. Rubén Darío deixou sementes poderosas, era como aquelas árvores gigantescas que deixam raízes profundas para sempre. Não é exagero afirmar que a poesia nicaraguense é uma das mais ricas e fecundas do continente. Quando li A Paciente Impaciência do Comandante Tomás Borge, tive a impressão de estar lendo um poeta. Mais tarde descobri que ele realmente havia escrito um livro de poesia: A cerimônia esperada. Era de se esperar que um dia ele encontrasse o poeta, sem muita cerimônia, e que encontrasse uma profunda semelhança com sua inquietante e temerária palavra escrita.


Intrépido guerrilheiro, orador de nobre linhagem, político polêmico, poeta por vocação e exercício que encontrou na prosa sua forma de expressão, mas que se movimenta com grande desenvoltura nas letras quando convocado pelas musas. Antonio Machado queria trocar a pena pela pistola de Líster, comandante dos exércitos do Ebro na guerra civil espanhola. Diz a Líster num belo soneto “…das montanhas ao mar esta minha palavra:/ se a minha pena valesse a tua pistola/ como capitão, morreria feliz”. Tomás Borge, que atirou, que lutou e venceu liderando a guerrilha sandinista na Nicarágua, trocou, por imperativo espiritual e alívio geracional, a pistola pela pena. O poeta reconhece que se sente mais à vontade escrevendo prosa, e que nela sua escrita encontrou, como em tantos outros escritores, sua forma de expressão.


Ao lê-lo encontramos o "poeta inseparável do homem" e o "poeta homem de ação", como diz José Coronel Urtecho. O poeta que transforma ação em poesia e poesia em atos. Só um poeta poderia vingar-se do seu carrasco, derrotando a revolução sandinista, perdoando-lhe a prisão e libertando-o, o que lhe foi negado e que transformou a sua vida numa noite sem fim, encapuzado e algemado durante meses, na prisão. durou cinco anos. Um gesto muito humano de Tomás Borge, essencialmente vallejiano com o seu opressor: “Ame traiçoeiramente o inimigo”, uma atitude que lembra o Che na Sierra Maestra tratando das feridas dos soldados presos para depois libertá-los.


Poeta indissociável do amor, do compromisso político, fiel aos deveres da sua condição humana. Na sua aparente dureza há nele um homem doce e terno que canta à sua amada e ao ambiente quotidiano da casa, aos seus filhos que adora e que são uma constante na sua vida e no seu recente livro Na Sombra de um Grão de Sal , onde sua esposa Marcela preside a casa e várias de suas páginas: "Camila, Juan e Sebastián / eles se parecem com a mãe / ou seja, o arco-íris ..." "Isso é um assalto, / seu amor / ou vida" sua poética do amor, esse jeito vigoroso e veemente de amar. Em êxtase também sabe ser fino e galante: "...teus lábios parecem feitos/na medida de um sonho antigo."


Ao entrar na história, reverencia os heróis, em seus versos apela à sugestão ao traçar o perfil, a força e as qualidades pessoais de cada um dos personagens que canta. Poesia que tem em sua energia muita lava vulcânica, de transparência roubada de seus lagos tranquilos: “…a luz e o galope/ Limpo o suor/ brilha na crina” (Fidel); “...desse recinto/ pequeno demais/ para tamanha façanha” (Allende); “…filho de Bolívar/ como sua linhagem/ de binóculo e gladiador...” (Chávez); “Na minha terra tenho/ um irmão teimoso/ como um rio de lava...” (Daniel Ortega).


De seu pai (Don Tomás) herdou "seu nome, seu gosto pelas mulheres e sua devoção a Sandino... " . De sua mãe (Doña Anita) herdou “as orelhas, o Pai Nosso em latim, e a ânsia – como tudo proibia – pelos pecados carnais. No minuto em que ele morreu, ele me abençoou e, desde então, sou imune a balas e ao medo do inferno."


Não resisti à tentação de transcrever estas estrofes, em que o poeta se pinta de corpo inteiro, um autorretrato que permite ao leitor reconhecer que Tomás Borge sempre teve o dom de invadir o Olimpo.



Tomás Borge: apóstolo da esperança e do perdão

Francisco Javier Bautista Lara
28 de abril de 2023

“Somos humildes, mas com os humildes mantemos a cabeça erguida e os punhos cerrados diante dos outros.

pessoas arrogantes que querem criar condições para conduzirmos este processo revolucionário que é único

e exclusivamente de nicaragüenses”. Tomás Borge (assembléia de trabalhadores da construção civil, 02.03.1980).

Tomás Borge Martínez (Matagalpa, 13 de agosto de 1930 – Managua, 30 de abril de 2012), es de la misma estirpe de Leonel Rugama Rugama (Estelí, 1949 – Managua, 1970), poetas, revolucionarios, santos e inmortales, siempre, uno en su corta vida sin haber cumplido 21 años y el otro superando los 81, permanecieron “viendo al cielo”, hacia el futuro, hacia la eternidad, desde la tierra, con esperanza contra toda desesperanza, sin rendirse, “¡Que se rinda sua mãe!" -gritou a última estrofe do jovem Estelian-, nem mesmo cruzando os braços, "a Deus implorando e com o maço dando", segundo o ditado.

Leonel e Tomás “continuam a olhar para o céu, do céu”, para onde quiseram ir, onde estão, “como os santos”, no cúmulo revolucionário e cristão da opção preferencial pelos pobres, do serviço e da entrega. O jovem, que deixou o seminário para ingressar na guerrilha, foi autor de uma breve e extraordinária poesia comprometida que traçou um rumo. "Como os santos" foi o poema que escreveu em 1969, poucos meses antes de sua imolação:

Agora eu quero falar com você

ou melhor

agora estou falando com você

…/…

cale a boca todo mundo

e continue me ouvindo

nas catacumbas

já à tarde quando há pouco trabalho

eu pinto nas paredes

nas paredes das catacumbas

imagens de santos

dos santos que morreram matando a fome

e pela manhã eu imito os santos

Agora eu quero falar com você sobre os santos”…

Pelo bem dos santos, que são os imprescindíveis, falemos do Tomás. Ele contou, em novembro de 1976: “Quando estávamos na cadeia, um oficial da Guarda Nacional veio com muita alegria nos contar que Carlos Fonseca havia morrido. Respondemos-lhe: Carlos Fonseca é um dos mortos que nunca morre ”.

Carlos Fonseca Amador (Manágua, 1936 – Zinica, 1976), soube resgatar a história e fazer dela um instrumento de mudança, foi o arquiteto de palavras e ações, como aquele que, do cárcere, após intermináveis ​​dias de tortura, proclamou sua imortalidade, e que, apesar da escuridão e do silêncio do confinamento, nunca permitiu que a esperança se esgotasse ou a paciência se esgotasse. Jazem no altar dos heróis do país, são imunes ao esquecimento.

Tomás, atormentado, embora superando a impaciência, soube construir a esperança, que é esperar com confiança, que é empenho e fé. Em 1959, diante do que parecia impossível e distante, após vinte e cinco anos de ditadura somocista, apesar do ato heróico em que Rigoberto López Pérez -poeta e revolucionário- se imolou em 1956, desde 1934 quando Sandino foi traiçoeiramente assassinado que tentou frustrar as esperanças de soberania, independência e dignidade, Silvio Mayorga disse-lhe que "era preciso ter paciência, ... projeto", foi o que disse em entrevista ao Impacto em 4 de abril de 1960, segundo Tomás Borge em La paciente impatiencia, obra testemunhal e histórica, merecedora do Prêmio Las Américas em 1989, com narrativa intensa, poética, fluida e franca. Ele fez da sua vida um testemunho porque foi pioneiro, artesão e testemunha.

Tomás, quem foi? Foi livreiro, leitor, trabalhador, estudante, vendedor, jornalista, escritor, observador, orador e poeta, guerrilheiro sandinista, comandante da revolução, ministro do Interior, deputado, diplomata e imutável revolucionário sandinista, leal e comprometido, em todos os momentos e em todas as circunstâncias. . Foi criança, jovem e homem, frágil e forte, sensível e sensível, romântico e inquieto, filho da pobreza e testemunha do tempo, caminhante da vida, foi filho e pai, marido e amante, amigo, companheiro e chefe, um homem comum. , que, como disse Darío referindo-se a si mesmo em Elucidaciones ( El canto errante, 1907): “Como homem, vivi na vida cotidiana; Como poeta, nunca desisti, porque sempre girei para a eternidade”. De Tomás, quem pode recusar-se a reconhecer que “como homem viveu no quotidiano e como revolucionário sandinista nunca desistiu, porque sempre tendeu para a eternidade”?

A traição nunca apareceu em sua porta. Os ares de desespero nunca penetraram em sua janela. Foi persistente, solidário e generoso, eternamente apaixonado pela vida, pelo amor, pela beleza, pela natureza, entusiasta construtor de revoluções, promotor de mudanças, carismático apóstolo da esperança e do perdão.

A agitação de suas falas a partir do som amplificado de sua voz, apesar de sua baixa estatura, tornou-se gigantesca e expandiu-se com a força da palavra coerente, porque ele esteve e está ligado à história. Essa palavra foi impecável e criativa, revestiu-se da energia da convicção e da sublime harmonia do amor, foi contagiante, seus versos ficaram gravados na consciência coletiva, são canções inspiradoras e argumentos para a ação, disse: "A a aurora já não é uma tentação”, “a vitória é nossa… porque é a vitória do povo, e o povo é imortal”, “a minha vingança pessoal será o direito dos teus filhos à escola e às flores”… “No no começo éramos dez, só dez, incluindo o Carlos. Depois éramos centenas, e lá estavam o Ricardo e a Doris. Então éramos milhares e lá estavam Julio Buitrago e Daniel. Agora somos centenas de milhares e aqui estamos todos. Agora somos uma grande família”.

A primeira vez que soube de sua existência foi em 4 de fevereiro de 1976, quando o assassinato de Mildred Abaunza pela Guarda Nacional na Colônia Centroamérica foi capturado no Caminho do Oriente. Os moradores do emblemático bairro ouviram os tiros e dizem que ele gritou seu nome, alguns acrescentam que ele disse aos seus captores: "Eu valho mais vivo do que morto!" O evento foi discutido no início da mídia e foi sussurrado entre os moradores. Então percebi quem era e percebi, desde então, e ao longo da história, nas possibilidades que tive de encontrá-lo, -apesar de nossa temporalidade e das imperfeições humanas com as quais temos que lidar-, um exemplo indiscutível de persistência em sua mensagem e prática revolucionária, sensível, solidária e mobilizadora, A paciente impaciência , a sua intuição era evidente para dar a cada questão o seu tempo, apesar da impaciência que muitas vezes nos apanha e talvez nos desespere, perante o que parece perdido e impossível, conseguir impor, desde a serenidade da luta com convicção, a paciência activa com o certeza que garante a vitória das grandes causas sociais, porque "um mundo melhor é possível", sabendo que: "Tudo tem o seu tempo, há um tempo para tudo o que se faz debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1).

A primeira vez que o encontrei, e apreciei a história que carregava no rosto com carinho, de um certo olhar opaco de longo alcance com que observava as conversas e o interlocutor, foi em 1980, não tinha vinte anos velho., e ele estava se aproximando dos cinquenta, ele me parecia, um homem velho então, embora agora, depois de mais de quarenta anos, eu perceba que ele ainda era jovem. Desde aquela primeira reunião, pude encontrar-me muitas vezes, embora não fosse o meu chefe directo, era o Ministro do Interior de quem dependia a Polícia Nacional, da qual fazia parte, e reconheço que marcou durante naqueles anos, além da origem essencial desta nova instituição que ele chamou de "a sentinela da alegria do nosso povo", o curso da minha vida. Foi, juntamente com outros como René Vivas, Walter Ferrety, Doris Tijerino, David Blanco,

A última vez que conversamos sobre história e literatura, principalmente sobre "seu velho livro amado": Paciência Impaciente , foi em fevereiro de 2011, em Granada, treze meses antes de sua partida definitiva. Na ocasião, na entrada da Casa de los Tres Mundos, para o VII Festival Internacional de Poesia de Granada (fevereiro de 2011), Ernesto Cardenal (Granada, 1925 – Manágua, 2020), cinco anos mais velho que Tomás, certamente teve seu último e efêmero encontro com o comandante, que havia entrado sozinho, procurando alguns poetas peruanos, usava um Cópias da última edição de "Paciência Impaciente". De frente para ele, estendeu a mão e disse: “Olá Ernesto”, o poeta sentado não desviou o olhar, nem retribuiu o cumprimento sem dizer uma palavra. Tomás, depois de alguns segundos, continuou andando e comentou comigo: “Ernesto mimado, um dia conversamos”. Esse dia nunca chegou ou talvez, "pelo que não sabemos e mal suspeitamos", já aconteceu de alguma forma inexplicável. Por ocasião do 60º aniversário de Cardenal, em 1985, quando as circunstâncias dos anos noventa e os infelizes desacordos não os distanciaram, ele escreveu:

Em Tomás, a lealdade era uma "consciência de mármore e mel", sólida e impecável, doce e incorruptível, imutável... como ele disse uma vez. Foi o forjado na consciência social, na luta popular, na clandestinidade, o cárcere de 1956-59 e os últimos dois anos e meio (fevereiro de 1976 - agosto de 1978), vencido pelo prolongado confinamento a que o preso foi submetido Comandante Daniel Ortega (novembro de 1967 – dezembro de 1974), Presidente.

Era filho da adversidade e sem dúvida proclamava a nobreza da fidelidade sustentada na convicção patriótica e anti-imperialista. Conseguiu caminhar devagar e com leveza, entre a simplicidade e as complicações, na dignidade do perdão que concedeu ao seu próprio passado e ao dos outros, sem se deixar contagiar pelo poder ou pela grandeza que, como sabemos, embora às vezes nos esqueçamos, é passageiro, e no final atrapalha...

Por isso falamos dos santos, por isso nos referimos a Tomás Borge entre eles, no aniversário dos santos da pátria... É um dos imortais, que são poetas e revolucionários, sandinistas e com o cristão essência do amor, capaz de servir e perdoar e incapaz de perder a esperança, que se contagia pela simplicidade quotidiana e pelo heroísmo, que não se deixa contaminar pela bajulação, que não se vende nem desiste, que não trai nem muda de lado. Eles, como escreveu o dramaturgo e escritor alemão Bertolt Brecht: “aqueles que lutam a vida toda: esses são os essenciais”.

FONTE

A PAZ NA COLÔMBIA SEGUNDO FIDEL CASTRO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB

A PAZ NA COLÔMBIA SEGUNDO FIDEL CASTRO

LIVRO ORIGINAL EM PDF

A paz na Colômbia é o resultado de um trabalho diligente de seu autor Fidel Castro Ruz, que contou com mais de 400 horas à sua elaboração. Partindo de uma cuidadosa seleção de informações, documentos, entrevistas e vivências pessoais – boa parte revelada publicamente pela primeira vez neste livro – o autor explica as ideias básicas desse processo para melhor compreensão da complicada situação política na Colômbia.

LIÇÃO DE HISTÓRIA E DE ÉTICA

Por Arleen Rodríguez Derivet

“A paz na Colômbia” de Fidel Castro Ruz. O título e o autor bastariam para tornar este livro o mais demandado e lido dos dias que decorrem em todo o mundo. Basta olhar a excelente  apresentação desta obra da Editora Política para julgar que suas páginas entesouram o juízo pessoal do estadista de estatura extra que o assina, sobre um capítulo complicado e escuro de nossa época e de nossa região.

O que não pode revelar-nos a vista da capa é o que realmente resulta este livro: nada mais e nada menos que uma essencial porção de meio século da história contemporânea, narrada por um de seus protagonistas fundamentais, com todos os encantos de uma novela, sem faltar nenhuma letra sobre os fatos da vida real.

Aqui é contado, com o rigor de detalhados apontamentos em relatórios e documentos, inéditos até hoje, tudo aquilo que alguma vez quisemos saber sobre as interioridades das negociações entre os diferentes governos da Colômbia  e da direção da Revolução Cubana –com ou sem relações diplomáticas- para facilitar diálogos de paz, resgatar reféns e até evitar chacinas, como a que pôde provocar o plano do governo de Julio César Turbay Ayala para assaltar a embaixada dominicana, ocupada nos primeiros meses de 1980 por um comando do M 19.

Os 16 capítulos do livro –incluindo a introdução e o Epílogo - contêm revelações transcendentes e documentam, pela primeira vez, acontecimentos que andavam dispersos em notícias de imprensa ou permaneciam desconhecidos para muitos, em livros de pouca divulgação.

Autor: 

Editorial: Editora Política, Havana

 Salve a Nicarágua

Joaquin Villalobos

24 de abril de 2023 06:15


Há duas formas de enfrentar a crise: uma é destruir o país com sanções econômicas fazendo o mesmo que os opositores cubanos e venezuelanos e a outra é ousar quebrar esquemas que estabelecem novos paradigmas


Em abril de 2018, uma revolta popular na Nicarágua surpreendeu o governo, a oposição e a comunidade internacional. Ortega foi forçado a convocar um diálogo que ele próprio liderou. Os adversários divididos, sem estratégia, sem rumo e dominados por um triunfalismo extremo acabaram por se levantar da mesa acreditando que Ortega estava acabado. Eles caíram no velho erro “tudo ou nada sempre leva a nada”. A oposição foi derrotada por meio de repressão brutal e o governo foi isolado internacionalmente. A Nicarágua agora pretende ficar muitos anos sem solução em um contexto global tão difícil, que pode acabar tornando os adversários irrelevantes.


Sem oposição, as condenações internacionais são inúteis. Ninguém invadirá a Nicarágua para derrubar Ortega, nem haverá outra revolta popular, essa oportunidade foi perdida e não pode ser repetida à vontade. Não haverá novos "contras" e um golpe é impossível e indesejável porque pode se transformar em guerra civil. Em suma, não há força para provocar mudanças. A comunidade internacional aplicou sanções individuais que ajudaram Ortega a decapitar a oposição. Ele respondeu a cada sanção condecorando a pessoa sancionada e prendendo os líderes da oposição. O Papa Francisco, que tentava ser uma ponte, cometeu o erro absurdo de comparar Ortega a Hitler; a reação foi que a Nicarágua rompeu relações com o Vaticano.


Há quem proponha a imposição de sanções econômicas, inclusive a expulsão da Nicarágua do ALC com os Estados Unidos. Isso seria como afundar um navio com todos os passageiros para matar o capitão. As sanções econômicas empobrecem os países, mas não derrubam as ditaduras, ao contrário, as prendem mais ao poder. Essa é a experiência de Zimbábue, Irã, Síria, Coréia do Norte, Bielo-Rússia, Venezuela e Cuba. As sanções contra a Venezuela contribuíram para destruir a economia e multiplicar a emigração de ricos, classes médias e pobres. Isso enfraqueceu severamente a oposição e consolidou Maduro no poder. A Nicarágua é um dos países mais pobres e vulneráveis ​​da América Latina. Destruir sua economia poderia torná-lo um estado falido. Os nicaraguenses sofreram em meio século uma insurreição, uma guerra contrarrevolucionária, grandes desastres naturais e duas ditaduras dinásticas da banana, a dos Somozas e a de Ortega-Murillo, seria uma ingratidão fazê-los sofrer mais.


Não há fundamentos estratégicos ou evidências sólidas baseadas em outras experiências para mostrar que a destruição da economia nicaraguense traria a democracia e tiraria Ortega do poder. Os cubanos da Flórida passaram 62 anos com uma estratégia irracional contra o castrismo que contribuiu para prolongar a vida da ditadura que eles tanto odeiam. Eles foram tão delirantes que, quando a União Soviética estava em colapso, eles bombardearam hotéis em Havana para sabotar o turismo. Na política, a paciência é uma virtude e a impaciência é uma estupidez.


Cuba tem mais de mil presos políticos e a Venezuela mais de 250 sem esperança de libertação. No entanto, Ortega liberou 222 sem pedir nada em troca. Obviamente não poderia libertá-los sem uma ação que o justificasse contra as bases radicais que o apóiam, por isso lhes tirou a nacionalidade. A comunidade internacional prestou mais atenção à forma do que ao importante gesto político. É comum que exilados políticos de ditaduras fiquem sem passaporte, um opositor saudita foi esquartejado em uma embaixada de seu país por tentativa de trâmite consular.


Existem três regras essenciais na resolução de conflitos: só há solução se os adversários tiverem uma saída honrosa, pontes nunca devem ser quebradas e você deve aprender a raciocinar se colocando no lugar do outro. As Nações Unidas condenaram Ortega por crimes contra a humanidade, esta declaração não ajuda em nada e traduzida para a realidade política atual poderia ser lida assim: "As Nações Unidas condenam Ortega a continuar governando a Nicarágua até que ele morra." A Nicarágua ainda é um país de ditadores senhores da guerra bananeiros e é assim que suas ações, reações e retórica devem ser entendidas. No entanto, sua economia capitalista continua funcionando muito bem, não há socialismo do século 20 ou 21 lá e continua sendo um país com baixa criminalidade.


Há dois caminhos, um é destruir o país com sanções econômicas fazendo o mesmo que os opositores cubanos e venezuelanos e o outro é ousar quebrar esquemas que estabelecem novos paradigmas. As ditaduras alimentam-se da polarização e da pobreza. Talvez não fosse mais lógico, então, exigir que não fossem aplicadas sanções econômicas para evitar mais pobreza e sofrimento para o povo da Nicarágua. Se as sanções individuais não ajudaram; o melhor seria pedir que acabem por facilitar um diálogo entre os nicaraguenses que ajude a reconciliar o país. A Nicarágua precisa criar condições para uma solução futura baseada na não saída de ninguém e na possibilidade de retorno de todos, independentemente de quem governe. A democracia, por ora, deve ser uma meta resultante do avanço da maturidade política, não um dogma resultante da impotência. A principal tarefa é salvar a Nicarágua e evitar que ela acabe como o Haiti, porque só havendo um país fará sentido fazer política.


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Conselheiro e covarde vendido ao Império: Joaquín Villalobos

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Em maio de 1975, um suposto guerrilheiro do Exército Revolucionário do Povo (ERP), uma das cinco organizações que compunham a Frente de Libertação Nacional Farabundo Martí em El Salvador, supostamente com todo o seu comitê, decidiu fuzilar o poeta e escritor revolucionário Roque Dalton, décadas depois. Este assessor de governos de direita declara abertamente a um jornalista que este foi: "o maior erro que ele já cometeu" aceitar sua participação aberta e decisiva naquele assassinato.


Dito personagem, agora analista político, especialista em assuntos internacionais, cientista político, assessor de governadores, como quando foi enviado à Venezuela para assessorar um dos estados mais ricos deste país, vivendo seus últimos anos em Londres, foi o guerrilheiro mais diligente e o mais premiado para a CIA por todo o seu trabalho dividindo e causando conflito e fracasso na luta de libertação em El Salvador.


O caso do Poeta Dalton teve sua sombra de silêncio, todos se calam quando se trata de reconhecer quem o causou e onde foram parar seus restos mortais, o que é o mais nebuloso porque não perceberam onde deixaram os restos humanos do escritor e salvadorenho crente firme na luta de libertação do pequeno Tom Thumb da América.


Em janeiro de 2012, a Promotoria de El Salvador exonerou os responsáveis ​​pelo assassinato de Roque Dalton, um de seus filhos Juan José Dalton acusou a Promotoria de não investigar totalmente o assassinato de seu pai, em um ano e 7 meses não conseguiram aprofundar as investigações, protegendo os envolvidos, inclusive o assessor internacional, que estudou com bolsa em Oxford graças à divisão de trabalho.



Este caso significou tanto silêncio que não fez parte dos casos da Comissão da Verdade, suspeita-se que tudo foi amarrado para não condenar os envolvidos neste assassinato implacável, mas um dos principais executores intelectuais que hoje escreve no jornal El PAIS da Espanha tenta nos dar aulas de etiqueta, comportamento democrático, respeito à vida, convivência harmoniosa, aulas de especialistas em resolução de conflitos internacionais, assessorando Uribe Vélez na Colômbia, sendo o principal matadouro daquele país, assessorando até os governos corruptos do México e sempre destilando veneno contra Cuba, Venezuela e agora Nicarágua.


Ele é tão falacioso que começa a falar do nosso país, como se o conhecesse, acreditou seriamente ser, um conselheiro internacional, como dizemos, agarrou a vara e fala de uma revolta popular em 2018, que derrotamos a oposição com repressão brutal, aponta veladamente que estamos sozinhos, isolados, chora porque ninguém vai invadir a nicarágua, semelhante ao 222 do avião que gritava que os sandinistas vinham atrás de nós, gosta de dois caminhos a todo momento , ele diz que temos dois caminhos, um traidor, um covarde, um vendido, um arrastado com certeza tem dois caminhos, o que esse vizinho não sabe é que os sandinistas nicaragüenses não vendem nem se rendem.


Que coincidência que é a ordem dada a todos os vendidos ao império para desinformar, deturpar, mentir, manipular, Fake new na internet e escritos, comentários, crônicas, resumo, Twitter, Instagram e outros para as revoluções da Nicarágua, Cuba e Venezuela, esse senhor que hoje vive confortavelmente em Londres, que já se disse guerrilheiro, é Joaquín Villalobos, hoje com mais de 70 anos, tem contribuído com entusiasmo para os objetivos da Agência Central de Inteligência americana ( CIA) na América Latina há quase 50 anos. Ao império desde pequeno, a verdade não se salva mais, a Nicarágua se salva com os filhos de Sandino, dignos e firmes.


Enrique Beteta Acevedo

26 de abril – 16h48

Nicarágua Abençoada e Livre

Militante Sandinista


sexta-feira, 28 de abril de 2023

Manifesto pela unificação dos povos do mundo * Partido Comunista da Federação Russa - Rússia

Manifesto pela unificação dos povos do mundo 
Proteja a humanidade do fascismo! 


O documento foi adotado no Fórum Internacional Antifascista em Minsk em 22 de abril de 2023.
KPRF.ru
​​​​2023-04-22 17:10 (atualização: 2023-04-22 17:41)


Minsk, República da Bielorrússia,

Museu da História da Grande Guerra Patriótica,

22 de abril de 2023

Nós, participantes do Fórum Internacional Antifascista dos países da Ásia, América e Europa, nos reunimos em Minsk para dizer nosso firme “Não!” guerra e reação, neofascismo e opressão.

Nós nos conhecemos em solo bielorrusso, cada centímetro do qual é abundantemente regado com o sangue de milhões de vítimas do hitlerismo. Foi aqui em junho de 1941 que começou a guerra santa de todo o povo soviético contra a peste marrom. Entre as vítimas mortas e torturadas da agressão nazista estava um em cada três habitantes da RSS da Bielorrússia.

O nazismo foi um produto direto da crise do capitalismo. Nasceu da sede do grande capital de manter o poder sobre os trabalhadores a qualquer custo. Para seus próprios propósitos egoístas, os imperialistas seguiram o caminho de apoiar as forças mais obscuras. Levaram Hitler, Mussolini, Franco e seus cúmplices ideológicos ao poder. De párias políticos, os nazistas se tornaram árbitros dos destinos de muitos milhões de pessoas.

Os povos do mundo não têm o direito de esquecer a experiência da luta contra o fascismo. Em 1936, com o apoio da Alemanha nazista e da Itália fascista, uma guerra civil estourou na Espanha. O poder popular recebeu o apoio da URSS e de muitas forças progressistas. Mas então o fascismo era mais forte. Isso abriu caminho para a guerra mais terrível da história da humanidade. Os últimos passos decisivos foram dados em direção aos fornos e câmaras de gás de Buchenwald e Mauthausen, Dachau e Sobibor, Majdanek e Auschwitz.

As trágicas lições do passado devem ser bem conhecidas e sempre lembradas! O mundo pagou um preço alto por se livrar do nazismo. Os heróis desta luta se cobriram de glória imorredoura - soldados e oficiais do Exército Vermelho, soldados dos países da coalizão Anti-Hitler, combatentes do Exército Popular de Libertação da China, representantes da Resistência Francesa e Italiana, membros da Subterrâneo antifascista alemão, guerrilheiros iugoslavos e coreanos, patriotas poloneses e tchecoslovacos.

A bandeira vermelha sobre o Reichstag em maio de 1945 não é apenas um fato especial do passado. O significado e o significado da Grande Vitória sobre o fascismo estão voltados para o futuro. Soam alarme, apelando aos corações das novas gerações.

Como nos anos trinta do século passado, a fumaça negra das conflagrações militares está se espalhando por nosso planeta. Está escurecendo cada vez mais o horizonte. Unidade e coragem em sua luta de princípios são necessárias de pessoas de boa vontade.

A situação é extremamente preocupante. O neocolonialismo é uma reminiscência de si mesmo na África e na América. Os imperialistas estão esquentando a situação na Ásia. Sob o estrondo dos canhões na Europa e em outras partes do mundo, sangue é derramado. A tristeza e o sofrimento das pessoas estão se multiplicando. Os gemidos dos feridos e os gemidos dos moribundos são ouvidos novamente. Chorando lágrimas de mães. Diante de nossos olhos, o mundo parece estar prestes a cair em um abismo escancarado, de onde os contornos sinistros da suástica da aranha são cada vez mais claramente visíveis.

A destruição traiçoeira da URSS, o país que derrotou o fascismo, despertou predadores mundiais. O capital global sentiu total impunidade. Ele impõe sua ditadura das formas mais vis. A ameaça mortal de vingança fascista está crescendo novamente a cada dia. A besta do nazismo lambeu suas velhas feridas e está ganhando força rapidamente. Ele ficou mais ousado e rastejou para fora de sua toca de lobo em busca de novas vítimas.

O mal global voltou sob um disfarce neoliberal. Criou um sistema global de roubo de países e povos inteiros. Manchou-se com a agressão contra a Iugoslávia, Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria. Tentativas foram feitas para derrubar os governos legítimos da Venezuela, Nicarágua e Bielorrússia. A pressão de sanções é implantada contra os povos da Rússia e China, Cuba e Coréia do Norte. Ameaças militares e chantagens políticas são usadas.

Na véspera da Segunda Guerra Mundial, os stormtroopers de Hitler eram conduzidos pelo capital financeiro. No século 21, ele também controla os recém-criados nazistas. O fascismo, derrotado há 78 anos, não desapareceu da face da terra, porque seus serviços são muito necessários para a oligarquia mundial. É por isso que a garupa nazista está marchando em Vilnius e Tallinn. Queima de livros em Kyiv. Monumentos demolidos para soldados-libertadores soviéticos em Varsóvia. Deputados europeus em ternos caros iniciam resoluções vis, tentando igualar o nazismo de Hitler e o socialismo soviético. Os espíritos malignos fascistas partiram para uma vingança histórica.

O apoio direto dos Estados Unidos e seus aliados da OTAN elevou a ideologia do nazismo ao posto de ideologia de estado na Ucrânia. Por muitos anos, os ghouls de Bandera têm jogado uma bola sangrenta em Kiev, zombando das massas. Eles transformaram a Ucrânia em um campo de concentração para dissidentes, fecharam os meios de comunicação questionáveis, baniram as atividades da oposição e desencadearam represálias contra os comunistas. Todos aqueles que preservaram os ideais de fraternidade dos povos e lealdade à Grande Vitória sobre o fascismo foram submetidos à repressão. Os nazistas queimaram pessoas vivas em Odessa, explodiram e mataram na esquina. De ano para ano, militantes de Azov com um gancho de lobo nas divisas aterrorizavam Donbass. Seus corajosos habitantes se levantaram em uma luta de libertação contra o militarismo e o neonazismo.

Os governos ocidentais estão bombeando armas para a Ucrânia de Bandera. Zelensky já está declarando o desejo de possuir um arsenal nuclear. Mas a OTAN não o atingiu nas mãos. Pelo contrário, expressa a sua disponibilidade para transformar o exército ucraniano de acordo com os seus próprios padrões. E os próprios loucos de Londres estão prontos para transferir projéteis com urânio empobrecido para as mãos do regime neonazista.

Os países da OTAN não estão apenas replicando armas mortais. Eles encheram o mundo inteiro com suas bases militares. Quatrocentos biolaboratórios americanos em diferentes países estão experimentando os vírus e bactérias mais perigosos. As consequências dessas ações podem atrapalhar o desenvolvimento pacífico de estados inteiros. Além disso, eles ameaçam toda a humanidade como espécie biológica.

Os comunistas sempre apontaram: "Fascismo é guerra". O curso dos eventos novamente confirma isso. Só pode haver uma resposta dos povos: o monstro fascista deve ser destruído. Os bacilos da peste marrom são muito perigosos. Eles devem ser neutralizados com confiança e rapidez. O preço do descuido será extremamente alto. Os horrores condenados em Nuremberg não devem ser repetidos. Não temos o direito de permitir que a reação mundial cometa novas atrocidades sangrentas.

As ações e pensamentos do Ocidente imperialista estão saturados com o veneno do ódio malicioso por tudo que é progressista, soberano e livre. Biden e Scholz, von der Leyen e Borrell, Duda e Morawiecki, todos eles são apenas funcionários de apoio no sistema de ditadura global. O sucesso de suas carreiras é diretamente determinado por sua disposição de servir aos interesses da oligarquia financeira global.

Os globalistas encobrem suas ações com pesquisas pseudo-intelectuais. Eles extraem as ideias mais reacionárias das teorias de Nietzsche, Chamberlain e Gobineau sobre o "super-homem" e a "superioridade racial". Eles estão preparando uma mistura explosiva de neomalthusianismo e pós-humanismo. Apresente bobagens misantrópicas sobre "a prioridade do progresso tecnológico sobre o desenvolvimento social". Eles dão ao humanismo o elogio dos vícios e perversões. As velhas ideias que inspiraram Hitler e seus cúmplices são embrulhadas em embalagens pseudocientíficas de “bioengenharia” por Klaus Schwab e outros como ele.

Toda essa falsa "inovação" é hostil aos povos. É promovido por aqueles que são atingidos por preconceitos étnicos e raciais, que desejam se vingar dos povos pela vitória sobre o fascismo e o colonialismo. Esses círculos estão obcecados com a ideia de controle total sobre a humanidade. Ao anunciar a abolição da grande cultura russa, eles pretendem destruir a cultura humanística de todo o mundo, para nos derrubar a todos em tempos de selvageria sem precedentes e um campo de concentração eletrônico.

O neoliberalismo é o inimigo cruel de qualquer desenvolvimento independente e normas democráticas. Os sistemas políticos do Ocidente degeneraram em autocracias absolutas. As elites burguesas perderam contato com os valores da liberdade e do humanismo. Seu comportamento está cada vez mais abrindo as portas para o neofascismo.

Contorcendo-se em agonia, o capitalismo se agarra à vida a qualquer custo. E a reencarnação do fascismo não o assusta em nada. A reação mundial apenas encoraja os herdeiros de Hitler e Mussolini, Franco e Salazar, Antonescu e Mannerheim, Pilsudski e Quisling. Ela destrói freneticamente a memória da Segunda Guerra Mundial e falsifica os fatos da história.

Os planos da "nova ordem mundial" transformam-se em agressões e conflitos, neofascismo e neocolonialismo, ameaça de uma nova guerra mundial. O mundo inteiro está se tornando um campo de batalha hoje. E devemos vencer esta batalha - em nome de tudo de melhor que foi criado pela cultura mundial, em nome de um futuro digno para a humanidade!

A chave para o sucesso é a unidade e a coesão das forças amantes da paz do planeta. A resistência vitoriosa da reação mundial só pode ser universal. Estamos profundamente convencidos de que nossa solidariedade internacional é capaz de proteger a humanidade da ameaça fascista e de cair no abismo da guerra mundial. Declaramos isso firmemente aqui na Bielo-Rússia. Em sua terra sagrada, o elo inextricável entre o passado, presente e futuro é percebido de maneira especialmente aguda.

Caros amigos! Durante os anos ardentes da Segunda Guerra Mundial, uma grande aliança militar de oponentes da barbárie fascista foi formada - uma aliança de comunistas e patriotas, combatentes tiranos e democratas. Foi criado apesar das diferenças sociais e ideológicas, da diferença de pontos de vista políticos e religiosos. Essa era a chamada da época. A nova era de testes exige insistentemente a unidade de ação de todas as pessoas de boa vontade.

Unamo-nos na luta contra o neonazismo, a reação e o militarismo!
Viva a frente única das forças progressistas!
Viva a solidariedade do povo trabalhador e dos povos na luta contra o fascismo!
Não vamos explodir o mundo!
¡No pasarán! Eles não vão passar!

FONTE
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