LUIZ CARLOS PRESTES
sexta-feira, 30 de julho de 2021
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Situação brasileira * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
SITUAÇÃO BRASILEIRA
quarta-feira, 28 de julho de 2021
POR AMOR A CUBA * Aleyda Guevara March / Cuba
segunda-feira, 19 de julho de 2021
24 de julho – TODOS ÀS RUAS! * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB
sábado, 17 de julho de 2021
SOCIALISMO: PRIMEIRO PASSO * Luiz Eduardo Mergulhão/ RJ
SOCIALISMO: PRIMEIRO PASSO
Sobre a rica polêmica envolvendo a atualização do socialismo em Cuba e suas contradições , é uma discussão ótima e necessária , mas não tem relação com o ocorrido domingo . É uma discussão envolvendo os revolucionários . Domingo se combateu a contra revolução interna e externa
PARTE 1
Telegraficamente,
para quem se interessa pela discussão do socialismo. Só para dar um ponta pé inicial , haja vista a complexidade da discussão:
1- A ruptura revolucionária e a destruição do Estado burguês são questão centrais na construção do socialismo
2- A construção do estado socialista , uma democracia proletária popular tendo como essência a ditadura do proletariado , representa eixo fundamental nesse processo
3- A organização dos coletivos de trabalhadores nos setores produtivos e nos bairros , bem como uma sociedade civil socialista , fazem parte da necessária e permanente revolução nas relações de produção e controle, gestão / superação do Estado Proletário
4 - As experiências do século XX demonstraram que a contra revolução interna e externa é permanente , só mudando sua forma
5 - Necessário pensarmos os motivos do ponto 3 não ter avançado na maioria dos países socialistas , a ponto do estado socialista ganhar grande autonomia de suas bases. Talvez porque o funcionamento da esfera da política na transição tenha sido pouco pensada em função do acossamento permanente das experiências combinada com uma leitura economista do marxismo
6- Parece que a economia socialista , em que pese seu sucesso em determinadas áreas , se torna incapaz de incorporar inovações em outras áreas importantes
7- Necessário termos clareza que até a sociedade comunista - algo muito mais distante que se pensava - teremos um socialismo com várias formas de propriedade contraditórias entre si , devendo sempre ser hegemonia a lógica socialista de produção .
8 -Para além da necessário desenvolvimento da base material socialista , com crescimento econômico e socialização da produção com elevação do nível de vida - a eficiência das formas de produção socialista - é fundamental a formação do homem novo , permanentemente criado na batalha.
PARTE 2
Telegraficamente,
quais as origens das divergências na interpretação das correntes de esquerda sobre os recentes acontecimentos em Cuba?
1- A revolução russa representou o coroamento de divergências no marxismo russo e na II Internacional sobre a tomada do poder e possibilidade de construção do socialismo nos países menos avançados
2- A corrente contrária à tomada de poder, os mencheviques na Rússia por exemplo, gerou grupos socialistas e sociais democratas que defendiam um caminho progressivo para o socialismo através de reformas e da institucionalidade , tecendo críticas severas ás revoluções e seus governos
3- Dentro do campo que defende a ruptura revolucionária , os anarquistas se destacaram desde início pela crítica a centralização do poder no Estado Socialista e sua condução pelo partido de vanguarda , que traria uma perda de autonomia dos sovietes, defendendo então o Federalismo e , por isso , muito críticos aos Estados Socialista e o partido único
4- Aproximando-se dessa visão , o marxismo autonomista via Rosa Luxemburgo também critica a centralização do governo bolchevique mesmo compreendendo as circunstâncias , ressaltando que as medidas adotadas não poderiam se converter em regras , defendendo assim a autonomia e o pluripartidarismo , pois socialismo não estaria dissociado da liberdade resultante da luta dos trabalhadores , dai o protesto contra a dissolução da AC pelos bolcheviques em 1918
5- As correntes trotsquistas, em geral , vinculando o modelo soviético a partir de 1930 como resultante do stalinismo, portanto, para elas , uma deformação do socialismo , passam a tecer críticas duras a todos os governos revolucionários com influência do socialismo soviético , defendendo então revoluções políticas que , derrubando as burocracias autoritárias que expropriavam a classe trabalhadora , regenerariam o socialismo
6-Todas essas correntes vão ser muito críticas ao governo cubano porque este seria ditatorial , com seu modelo assentado no partido único e organizações de massa sem autonomia em relação ao PCC e ao Estado . Por isso , a visão , ainda que crítica ao bloqueio , que gera uma simpatia pelas manifestações de domingo último porque representariam a crise geral do governo socialista , abrindo caminho para avanços democráticos e sociais
7 -Os setores marxistas leninistas em geral , principalmente os que estão á frente dos governos como o PCC, já liberados de uma visão romântica , retilínea e cartilhesca da construção do socialismo antes sempre visto como irreversível , estão cientes das contradições e problemas dessa construção, que por vezes fazer surgir explicitamente conflitos nesse processo . Na verdade , seria uma viagem ao ignorado , conforme apontou Fidel. Percebendo, porém , a luta de classes e a força do imperialismo , se recusam a criar condições para uma fragilidade do governo Fidelista não se iludindo com o “ diálogo nacional” e “corredor humanitário “ propostos pela contra revolução e os EUA. Avaliando que a “ revolução antiburocrática”, além de nunca ter ocorrido em lugar algum, sendo os processos do leste europeu foram conduzidos pelas forças de direita ,percebem que este processo não tem o mínimo cabimento em Cuba também pelas características do socialismo cubano e sua direção política . Advogam então que essas contradições sejam superadas através do socialismo e com a continuidade da direção Fidelista , sem nunca ceder aos liberais e ao imperialismo , dispostos a restaurar o capitalismo em Cuba
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quinta-feira, 15 de julho de 2021
INFORME CDR SOBRE PROTESTOS EM CUBA * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros / PCTB
segunda-feira, 12 de julho de 2021
Todo apoio à Revolução Cubana * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
TODO APOIO À REVOLUÇÃO CUBANA
Desde la Comisión General de la Plataforma de la Clase Obrera Antiimperialista (PCOA), denunciamos ante el mundo las nuevas acciones promovidas por el Gobierno de los Estados Unidos contra el Pueblo de Cuba.
El imperialismo, a través de sus lacayos intentaron de nuevo implementar un guión de desestabilización en Cuba, recibiendo una respuesta contundente del aguerrido pueblo Cubano, quienes tomaron las calles en la defensa de su revolución y en repudio de estas acciones focalizadas.
Sin embargo, las redes sociales y las grandes corporaciones continúa impulsando una campaña de protestas que se orientan a promover nuevas medidas de agresión, boicot, bloqueo y hasta invasión contra un resistente pueblo que aguanta más de 60 años de bloqueo de lesa humanidad.
Sin embargo, el Pueblo trabajador Cubana, demuestra su capacidad y compromiso con el mundo, al llevar adelante una Revolución que ha demostrado actualmente contundentes avances en la lucha contra el COVID-19, dejando en descubierto la ineficiencia del Neoliberalismo y de sus gobiernos.
En este sentido, Invitamos al pueblo trabajador del mundo a repudiar en redes, calles y paredes esta nueva excursión del Imperialismo en América Latina, que iniciaron en el magnicidio del Presidente de Haití, la activación de focos paramilitares en Venezuela y el presente ataque a la revolución Cubana.
La Clase Obrera, sabe que el Imperialismo, es el responsable histórico de las actuales crisis que viven los pueblos del mundo. Por ello, ratificamos nuestra solidaridad y acompañamiento al Pueblo Revolucionario de Cuba y a nuestros hermanos y hermanas de la Central de Trabajadores de Cuba (CTC)
#LaCalleEsDeLosRevolucionarios
¡¡Hasta la Victoria Siempre!!
PCOA - Plataforma de la Classe Obrera Antiimperialista
FRT - Frente Revolucionária dos Trabalhadores - Brasil
PCTB - Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros - Brasil
sábado, 10 de julho de 2021
O assassinato do presidente do Haiti e a América Latina * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
O assassinato do presidente do Haiti e a América Latina
No país mais pobre da América e um dos mais pobres do mundo, Moise já tinha o mandato terminado, mas não tinha saído do governo.
Ele contou com o apoio de Trump e posteriormente de Biden.
O problema é a brutal desestabilização do Haiti que já dura vários anos. Nos últimos meses, as mobilizações pela saída de Moise tinham recrudescido.
Fora a história policial, o mais importante é entendermos o contexto político em que esse assassinato aconteceu e a serviço de quem aconteceu.
Enquanto Moise foi assassinado, os imperialismos norte-americano e inglês se vêm obrigados a retirar as tropas do Afeganistão, apesar de que buscam deixar tropas especiais para controlar o tráfico do ópio (componente básico da heroína) como um dos mecanismos para sustentar as operações militares e policiais com verbas ilegais.
A isso se lhe soma a pressão que sofrem no Iraque, na Síria e no Iêmen; O imperialismo precisa se fortalecer para ir à guerra.
O imperialismo sofre recorrentes crises por causa do aprofundamento da crise capitalista mundial que é a maior de toda a história.
A economia mundial se encontra em recessão há um ano e meio e ainda há o problema dos volumes obscenos de capitais fictícios/ especulativos que se transformaram em componentes fundamentais da taxa media mundial de lucros.
Toda crise capitalista tem como objetivo queimar os “excessos”, principalmente o capital fictício, para dessa maneira retomar a produção de mercadorias em ritmo ainda superior ao que foi antes. Esta é uma das leis principais do capital, sua reprodução ampliada.
Todas as leis do capitalismo se encontram tensionadas como nunca antes, e piorando.
O controle da crise por meio da “pandemia” faz parte da política para conter a crise que tem fortes componentes militares. Mas ela funciona mais como uma máscara, uma maquiagem.
A verdadeira saída para crise, por parte das potências capitalistas, passa por uma grande guerra que consiga “corrigir os desarranjos”, queimar forças produtivas e redividir o mercado mundial.
Para ir à guerra o imperialismo norte-americano precisa fortalecer-se onde é mais forte, a América Latina.
Somente com a “pax norte-americana” na região é possível tentar derrotar ou neutralizar as demais potências, principalmente a China aliada da Rússia, e manter e (ainda) aumentar o controle do mercado mundial.
O assassinato de Jovenel Moise acontecesse justamente nesse contexto, dos estados de sítio crescentes na região, na militarização dos estados, da entrega total dos recursos nacionais para as grandes empresas, a troco de nada, do rebaixamento das condições de vida das massas, da aprovação de leis ultra repressivas, do rápido fortalecimento da direita, o enfraquecimento da “esquerda” oficial e o chamado “progressismo” com a sua incorporação ao Grupo de Puebla. Esses são todos componentes da estabilização do quintal traseiro do imperialismo norte-americano em preparação para a guerra.
As tarefas colocadas para os revolucionários
Se bem o imperialismo e a burguesia escalaram a agressividade, os mecanismos de contenção têm se fragilizado.
O principal mecanismo de controle dos trabalhadores é a ditadura do capital nas empresas.
O segundo mecanismo são as burocracias oportunistas e mafiosas dos sindicatos, dos partidos da “esquerda oficial” e dos movimentos sociais. Eles quase não têm militantes na base mais, principalmente no movimento operário.
Isso é uma fraqueza do movimento de trabalhadores? Sim, mas ao mesmo tempo é uma fraqueza ainda pior da burguesia porque os trabalhadores devem ser controlados na ponta das baionetas e com o fascismo e as ditaduras militares.
Há uma avenida aberta para a revolução, o que não significa que a avenida esteja sem buracos e pedras no caminho.
A avenida está aberta porque quando um conjunto de revolucionários sérios, com muita clareza política e flexibilidade tática agem, alinhados com o estado de espírito das massas, podem conseguir resultados que seriam impensáveis há 30 anos. Exemplos, as duas greves dos Correios contra Bolsonaro, o levante no Chile ou até ir na porta de uma fábrica. Nos anos de 1980, nas portas das fábricas havia vários grupos políticos distribuindo materiais, e a maioria deles com militantes na base. Hoje praticamente todos desapareceram.
Os revolucionários temos o dever histórico de abandonarmos os “ismos” e o culto às grandes personalidades do passado. Nós temos o dever sim de tomar as experiências do passado para colocarmos em pé políticas que nos permitam organizar a lutas dos trabalhadores e das massas.
Devemos levantar as bandeiras de luta que representam a saída dos trabalhadores para a crise. E em torno delas desenvolver a política para as massas e agrupar os revolucionários.
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Sobre crítica e autocrítica * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
Sobre a Crítica e a Autocrítica1
1. A crítica e a autocrítica fazem parte dos mecanismos mais importantes da construção do partido operário revolucionário. Trata-se da essência dos métodos revolucionários que lhe permitem manter a estreita ligação com o movimento de massas.
2. Os mestres do marxismo nos ensinaram que o partido deve ser construído como o estado maior da classe operária, como parte dela; nunca como uma seita apartada.
3. O sectarismo e o oportunismo fazem parte de uma mesma política que se contrapõe à independência da classe operária. A luta contra o sectarismo tem caraterísticas semelhantes à luta contra o
oportunismo: forte ligação com o movimento de massas; a explicação paciente e cotidiana, segundo as palavras de Lenin caracterizando o governo de Kerensky.
4. A autocrítica implica em reconhecer os próprios erros de maneira resoluta e aberta, perante a classe operária em primeiro lugar, com o objetivo de descobrir as causas desses erros e estabelecer a política e o plano organizativos para supera-los. Sem a autocrítica a organização tende a entrar em crise e a se direcionar à direita, fortalecer a ala oportunista na luta interna. Lenin disse em 1921 que “nada poderá nos afundar, senão os nossos próprios erros”. "Todos os partidos revolucionários que sucumbiram até agora sucumbiram porque tornaram-se arrogantes, não conseguiram ver onde estava a fonte de sua força e temeram discutir as suas debilidades. Mas não vamos sucumbir, porque não temos medo de discutir as nossas debilidades, e aprendemos a superá-las". (Obras Completas, vol. 45, p. 126)
1 Realizamos uma coisa crítica ou alguém, e auto-crítica, quando uma ação é executada sem cumprir os objetivos ou horários definidos, sem logística considerando, etc.; ou simplesmente quando uma actividade não realizado. Portanto, um plano de trabalho coletivo, um planejamento objetiva e estratégica é a primeira condição que deve ser cumprida para a crítica e autocrítica cumprir seu objetivo: corrigir e melhorar a ação revolucionária.
● Toda crítica tem de ser construtiva, para ajudar e não para destruir."
Mas como distinguir a crítica ranzinza de uma crítica revolucionária? Apenas se considerarmos a análise dialética da realidade concreta, isto é, para chegar ao cerne da questão, o centro das causas que levaram à deficiência ou falta de atividade. Claro, sempre em referência aos objetivos políticos e organizacionais, e outros aspectos do plano de trabalho.
Esta ação coletiva é, em essência, como deve ser todo ato libertador. E toda a ação coletiva deve ter uma organização do espaço que represente fielmente os interesses programa revolucionário para atender classe. Ambas as coisas, organização e planejamento estratégico são essenciais. Por isso enfatizamos que a ausência de planos de ação elaborado coletivamente, não pode substituir o exercício crítico revolucionário, desde que haja um espaço organizado: um partido de massas revolucionário ou contra, entre outros. Este corpo coletivo deve ser o principal promotor do exercício crítico e auto-crítica claramente organizado, incluindo através da criação de mecanismos para esse fim.
Os espaço da critica e autocrítica são os organismos do partido.
5. A crítica representa o complemento dialético da autocrítica, e vice versa. São instrumentos fundamentais para a formação dos quadros e fortalecer o partido revolucionário como uma organização de combate, em luta permanente contra o sectarismo, o dogmatismo, o anarquismo e as várias formas de apresentação do burocratismo.
6. O partido revolucionário não é um bloco monolítico. A luta de classes o permeia, configurando as três alas (revolucionária, centrista e oportunista). O confronto entre essas três alas faz avançar a política revolucionária, desde que essa ala estabeleça uma luta encarniçada contra todas as manifestações da ideologia e política burguesas e pequeno burguesa no seu interior. Caso houver a capitulação da ala revolucionária ou se ela entrar em acordos escusos, o caminho natural será a implosão do partido como organização revolucionária. E isso foi o que aconteceu com praticamente toda a esquerda mundial nas últimas décadas, particularmente após a queda do Muro de Berlim em 1989.
7. Lenin disse em “Um passo em frente, um passo atrás” (1904): “Ainda uma palavra a respeito dos adversários da socialdemocracia. Eles seguem com caretas de alegria maligna as nossas discussões; evidentemente procurarão utilizar para os seus fins algumas passagens isoladas desta brochura dedicada aos defeitos e lacunas do nosso partido. Os sociais-democratas russos estão já suficientemente temperados nas batalhas para não se deixarem perturbar por essas alfinetadas, e para prosseguir, apesar delas, o seu trabalho de autocrítica, continuando a revelar
implacavelmente as suas próprias lacunas, que serão corrigidas, necessária e seguramente, pelo crescimento do movimento operário.”
8. A visão de Lenin sobre a necessidade da crítica e da autocrítica se materializava em mecanismos organizativos concretos, pelo estrito controle dos dirigentes pelos militantes de base: “Carta a uma camarada sobre nossas tarefas de organização”, de 1902: “Toda a arte de uma organização conspirativa consiste em saber utilizar tudo e todos, em ‘dar trabalho a todos e a cada um’, conservando o mesmo tempo a direção de todo o movimento, e isto entenda-se, não pela força do poder, mas pela força da autoridade, por energia, maior experiência, amplidão de cultura, habilidade. Esta observação está relacionada com uma contestação possível e comum: a de que uma centralização rigorosa possa destruir um trabalho com excessiva facilidade, se casualmente no centro se encontre uma pessoa incapaz, possuidora de imenso poder. É claro que isso é possível, mas o remédio contra isso não pode ser o princípio eleitoral e a descentralização, absolutamente inadmissíveis e inclusive nocivas ao trabalho revolucionário sob a autocracia. O remédio contra isso não se encontra em nenhum estatuto. Somente podem nos fornecer parâmetros ‘críticas fraternas’ começando com resoluções de todos os grupos e sub grupos, seguidas de conclamações ao OC e CC e terminando, ‘na pior das hipóteses’, com a destituição da direção completamente incapaz. O comitê deve esforçar-se para realizar a mais completa divisão de trabalho possível, lembrando-se que para os
vários aspectos do trabalho revolucionário são necessárias diferentes capacidades. Algumas vezes, pessoas completamente incapazes como organizadoras podem ser excelentes agitadoras, ou outras incapazes para uma severíssima disciplina conspirativa, ser excelentes propagandistas, etc. Quanto aos propagandistas, ainda gostaria de dizer algumas palavras contra a tendência usual de abarrotar essa profissão com pessoas pouco capazes rebaixando com isso, o nível da propaganda. Às vezes, entre nós, qualquer estudante indiscriminadamente é considerado propagandista, e todos os jovens exigem que se lhes ‘dê um círculo’, etc. Temos que lutar contra essa prática, pois são muitos os males que daí advém. As pessoas realmente firmes quanto aos princípios, e capazes de ser propagandistas são muito poucas (e para chegar a sê-lo é preciso estudar muito e acumular experiência), e a estas pessoas é necessário especializá-las, ocupar-se delas e cuidá-las com zelo. É preciso organizar várias aulas por semana para esse tipo de pessoas, saber enviá-las oportunamente a outra cidade e, no geral, organizar visitas das mais hábeis propagandistas pelas diversas cidades. Quanto à massa de jovens principiantes é mais conveniente empregá-los nas tarefas práticas, que estão no momento em segundo plano se comparadas com a circulação dos estudantes pelos círculos, otimisticamente chamados ‘de propaganda’. É claro que, para as atividades práticas sérias, também é necessário uma sólida preparação, contudo aqui, é mais fácil encontrar trabalho para os principiantes.”
sexta-feira, 9 de julho de 2021
Por que Frente e Partido * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
POR QUE FRENTE E PARTIDO
Queremos nos dirigir aos nossos amigos, simpatizantes e aspirantes ao partido; ao PCTB - Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros. O objetivo deste texto é contribuir para que cada um de nós possamos entender a necessidade dos instrumentos de transformação política revolucionária e histórica da sociedade brasileira. Todos nós sabemos que até hoje nós não tivemos uma esquerda digna desse nome, uma esquerda comprometida com a classe trabalhadora e com as transformações revolucionárias no sentido de construir uma sociedade igualitária, uma sociedade includente, uma sociedade em que todos possam desfrutar do seu potencial e das suas aspirações.
Hoje nós propomos a construção de um organismo com dupla face; organismo que ao mesmo tempo é um partido e ao mesmo tempo é uma frente. Por isso ele tem dois nomes, o partido e a frente revolucionária. A frente revolucionária será o nosso espaço de aglutinação de todo elemento que se considere comprometido com o avanço da luta de classes no Brasil, com o avanço da organização do nosso povo e de toda a classe trabalhadora e comprometido no sentido de que esse avanço leve a construção da sociedade dos nossos sonhos, a sociedade comunista.
Por isso o Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros está implementando também a construção da Frente Revolucionária dos Trabalhadores com esse objetivo que é buscar a superação das divisões em pequenos grupos como hoje se encontra o que nós conhecemos como esquerda brasileira. Todos nós sabemos que a esquerda brasileira está atomizada, dividida em centenas de pequenos grupos e isso é o maior atraso que nós constatamos na composição da nossa esquerda. Outro aspecto é a sua orientação política, que em sua grande maioria vem da social-democracia, vem da conciliação de classes, vem do trabalhismo e hoje nós temos um conjunto de partidos, digamos assim, que se orienta pelo reformismo, pela conciliação de classes, impedindo do avanço da luta da classe. Nesse quadro incluimos o PCdob , o PCB, o PSB ,o PDT ,o PT e o PSOL. A rede nem consideramos porque aquilo é outra coisa, menos um partido.
Porém nós verificamos ainda, que paralelo a esse conjunto, tem um grupo de forças políticas que se denomina de esquerda revolucionária mas que está buscando o mesmo caminho da esquerda reformista, que é ir para o parlamento e para dentro das instituições do capitalismo dizendo que está procurando abrir espaço para a luta de classes. Ora veja, o espaço da luta de classes se dá na luta de classe não lá dentro das instituições do capitalismo e, embora os trabalhadores façam parte da sociedade capitalista eles não são parte dela sem futuro a ser construído, porque o futuro da classe trabalhadora é sim construir a sociedade da classe trabalhadora, a sociedade socialista como caminho para a sociedade comunista e não simplesmente morrer na mão do capital, morrer na mão do patrão. Quem defende o acomodamento da classe trabalhadora está lá no campo institucional se engordando às custas do povo e dos trabalhadores, comendo as suas custas e dizendo que está lhe defendendo. Ora veja, como é que alguém pode me defender e ao mesmo tempo viver às minhas custas?
Portanto, esperamos contar com todos na construção dessa ferramenta indispensável na aglutinação dos melhores filhos da classe operária, dispostos a erguer a sociedade que nos dignifique.