Programa PCTB
PREÂMBULO AO PROGRAMA
Fazendo um recorte do complexo período histórico que vivemos, apontamos resumidamente, os tópicos a seguir:
1- As contradições econômicas impulsionam as ações políticas das classes e setores de classe na busca pelo controle dos processos históricos e sociais;
2 - Vivemos um período de grandes avanços tecnológicos que criam bases efetivas para a socialização da produção e avanço civilizatório do ponto de vista econômico e social;
3- A financeirização do capital, combinada pelas próprias contradições do capitalismo, empurram as forças das burguesias para um dilema: A - Rever alguns aspectos relacionados à distribuição da produção e lucros, através de um novo pacto social onde as classes dominantes fariam concessões chegando até a mudar alguns aspectos do setor produtivo, ainda que mantendo a lógica do capital. B - impulsionar um processo de destruição das conquistas sociais do mundo do trabalho , chegando até a investir mesmo contra as formas de democracia burguesa, já que estariam abrindo espaços para o mundo do trabalho. Vem daí a insanidade de considerar qualquer medida popular ou articulação de movimentos sociais por direitos sociais e civis como a quebra da ordem, das tradições e da família. Puro discurso para proteção dos privilégios.
4 - nesse contexto o decadente imperialismo estadunidense tenta manter sua hegemonia e, no caso do nosso continente, seu controle passa por debilitar os governos populares e aumentar a dependência dos países da região, quebrando os projetos nacionais de desenvolvimento;
5 - por outro , o imperialismo sabe o desgaste da sustentação de ditaduras militares-civis como dos anos 60/70, ao mesmo tempo que vê a China ampliando sua presença internacional;
6 - O Bozo representa no Brasil a direita mais tosca e reacionária, mas que pode fazer toda a classe ampliar seu poder de acumulação às custas das privatizações e perda de direitos. Renunciando à qualquer projeto nacional desenvolvimentista, representa a condenação do país a dependência estrutural e barbárie social;
7 - Parte da burguesia que não é, na forma, bolsonarista pelo prejuízo que vem trazendo com suas declarações estapafúrdias e crescente isolamento, não sabe o que fazer, por isso não investe na derrubada do governo;
8 - Tivesse essa burguesia uma vertente de construção de um projeto nacional e soberano já teria apostado na candidatura Lula, um liberal-social vindo do mundo do trabalho pronto a fazer pactuações e controlar a classe trabalhadora;
9 - É nessa toada que vemos a disputa Bozo X Lula. Não são iguais como a doce terceira via liberal quer apresentá-los para tentar viabilizar sua falida “oligarquia”. O primeiro representa um projeto altamente reacionário, autoritário e excludente do ponto de vista econômico, social e político, sustentado pelas frações mais vulgares do fascismo tupiniquim tosco. O segundo um projeto que ensaia uma afirmação da questão nacional desenvolvimentista, com pactuação entre as classes - por vezes muito mais favorável ao capital - que defende os processos democráticos representando a inclusão social e avanço civilizatório.
10 - O mundo não é produto dos nossos desejos e, diante da correlação de forças desfavorável desde 2016, não vemos como Lula poderá implementar algum PACTO SOCIAL, tendo em vista a teia de acordos que vem fechando com a burguesia. No entanto, nossa tarefa é sermos claros diante de nossa classe - OS TRABALHADORES - vamos votar em Lula, sem pestanejar, mas vamos nos organizar e lutar por nossos direitos, até conquistarmos a sociedade socialista.
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