segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O MARXISMO NÃO É MAIS ÚTIL * FREI BETO / SP

O MARXISMO NÃO É MAIS ÚTIL

O papa Bento XVI tem razão: o marxismo não é mais útil. Sim, o marxismo conforme muitos na Igreja Católica o entendem: uma ideologia ateísta, que justificou os crimes de Stalin e as barbaridades da revolução cultural chinesa. Aceitar que o marxismo conforme a ótica de Ratzinger é o mesmo marxismo conforme a ótica de Marx seria como identificar catolicismo com Inquisição. Poder-se-ia dizer hoje: o catolicismo não é mais útil. Porque já não se justifica enviar mulheres tidas como bruxas à fogueira nem torturar suspeitos de heresia. Ora, felizmente o catolicismo não pode ser identificado com a Inquisição, nem com a pedofilia de padres e bispos.

Do mesmo modo, o marxismo não se confunde com os marxistas que o utilizaram para disseminar o medo, o terror, e sufocar a liberdade religiosa. Há que voltar a Marx para saber o que é marxismo; assim como há que retornar aos Evangelhos e a Jesus para saber o que é cristianismo, e a Francisco de Assis para saber o que é catolicismo.
Ao longo da história,
• em nome das mais belas palavras foram cometidos os mais horrendos crimes.
• Em nome da democracia, os EUA se apoderaram de Porto Rico e da base cubana de Guantánamo.
• Em nome do progresso, países da Europa Ocidental colonizaram povos africanos e deixaram ali um rastro de miséria.
• Em nome da liberdade, a rainha Vitória, do Reino Unido, promoveu na China a devastadora Guerra do Ópio.
• Em nome da paz, a Casa Branca cometeu o mais ousado e genocida ato terrorista de toda a história: as bombas atômicas sobre as populações de Hiroshima e Nagasaki.
• Em nome da liberdade, os EUA implantaram, em quase toda a América Latina, ditaduras sanguinárias ao longo de três décadas (1960-1980).

O marxismo é um método de análise da realidade. E, mais do que nunca, útil para se compreender a atual crise do capitalismo. O capitalismo, sim, já não é útil, pois
• promoveu a mais acentuada desigualdade social entre a população do mundo;
• apoderou-se de riquezas naturais de outros povos;
• desenvolveu sua face imperialista e monopolista;
• centrou o equilíbrio do mundo em arsenais nucleares; e
• disseminou a ideologia neoliberal, que reduz o ser humano a mero consumista submisso aos encantos da mercadoria.

Hoje, o capitalismo é hegemônico no mundo. E de 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, 4 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, e 1,2 bilhão padecem fome crônica. O capitalismo fracassou para 2/3 da humanidade que não têm acesso a uma vida digna.
• Onde o cristianismo e o marxismo falam em solidariedade, o capitalismo introduziu a competição;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em cooperação, o capitalismo introduziu a concorrência;
• onde o cristianismo e o marxismo falam em respeito à soberania dos povos, o capitalismo introduziu a globocolonização.

A religião não é um método de análise da realidade. O marxismo não é uma religião. A luz que a fé projeta sobre a realidade é, queira ou não o Vaticano, sempre mediatizada por uma ideologia. A ideologia neoliberal, que identifica capitalismo e democracia, hoje impera na consciência de muitos cristãos e os impede de perceber que o capitalismo é intrinsecamente perverso. A Igreja Católica, muitas vezes, é conivente com o capitalismo porque este a cobre de privilégios e lhe franqueia uma liberdade que é negada, pela pobreza, a milhões de seres humanos.

Ora, já está provado que o capitalismo não assegura um futuro digno para a humanidade. Bento XVI o admitiu ao afirmar que devemos buscar novos modelos. O marxismo, ao analisar as contradições e insuficiências do capitalismo, nos abre uma porta de esperança a uma sociedade que os católicos, na celebração eucarística, caracterizam como o mundo em que todos haverão de “partilhar os bens da Terra e os frutos do trabalho humano”. A isso Marx chamou de socialismo.

O arcebispo católico de Munique, Reinhard Marx lançou, em 2011, um livro intitulado O Capital – um legado a favor da humanidade. A capa contém as mesmas cores e fontes gráficas da primeira edição de O Capital, de Karl Marx, publicada em Hamburgo, em 1867. “Marx não está morto e é preciso levá-lo a sério“, disse o prelado por ocasião do lançamento da obra. “Há que se confrontar com a obra de Karl Marx, que nos ajuda a entender as teorias da acumulação capitalista e o mercantilismo. Isso não significa deixar-se atrair pelas aberrações e atrocidades cometidas em seu nome no século 20″.

O autor do novo O Capital, nomeado cardeal por Bento XVI em novembro de 2010, qualifica de “sociais-éticos” os princípios defendidos em seu livro, critica o capitalismo neoliberal, qualifica a especulação de “selvagem” e “pecado”, e advoga que a economia precisa ser redesenhada segundo normas éticas de uma nova ordem econômica e política. “As regras do jogo devem ter qualidade ética. Nesse sentido, a doutrina social da Igreja é crítica frente ao capitalismo“, afirma o arcebispo.

O livro se inicia com uma carta de Reinhard Marx a Karl Marx, a quem chama de “querido homônimo”, falecido em 1883. Roga-lhe reconhecer agora seu equívoco quanto à inexistência de Deus. O que sugere, nas entrelinhas, que o autor do Manifesto Comunista se encontra entre os que, do outro lado da vida, desfrutam da visão beatífica de Deus.

12 comentários:

  1. Bom dia a todos e todas deste canal!!! Agradeço a oportunidade de conhecer lendo este texto um pouco mais de Frei Beto...e de forma subjacente o contexto descrito aqui.... é muito difícil para alguns católicos compreenderem as coisas organizadas por Karl Mark.....mas é cada vez mais evidente e importante que tenhamos pessoas boas que redijam e exponham os seus estudos pra que possamos aos poucos irmos nos achegando ao que fora descrito e grava uma vertente de caminhada principalmente para nós os católicos....em sequência para os nossos irmãos de outras religiões, etc..

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso mesmo, é disso que precisamos hoje em dia, olha o meu exemplo, eu (Guilherme Monteiro Junior, também William Ariel Mounter e Dumugian An-Nammu) sou bem exemplo disso. Precisamos trazer religião-espiritualidade para esquerda e combater o ateísmo militante, o antiteísmo e o neopositivismo dentro da esquerda e fora da esquerda. Foi por isso que eu desisti da minha luta contra o abraãmismo e decidi ficar do jeito que eu fiquei agora, leia o meu comentário abaixo que eu fiz (29 de março de 2022 19:41), e você entenderá bem como que eu sou agora, claro que as vezes eu mudo por causa da minha possível bipolaridade e também do meu Asperger. Mas mesmo assim, eu continuo com o meu trabalho e tento o meu melhor, mesmo sendo um agnóstico anunnaki e um panteísta anunnaki, ainda sou um anunnakista de coração e de alma/espírito/mente/consciência. Precisamos continuar a nossa luta revolucionária e nunca desistir!

      Excluir
  2. Eu gosto de igrejas, templos etc. E defendo a preservação dos mesmos. Sabe. E agora defendo religião/espiritualidade mais como um meio de preservação cultural/nacional do que propriamente algo de salvação etc. Salvação, talvez, se for no quesito individual de cada pessoa onde cada pessoa pode escolher o teu próprio meio de se salvar. Mas o que importa mesmo é a noção de identidade e as visões filosóficas e metafísicas do mesmo, onde as pessoas possam ter as visões filosóficas e metafísicas que quiserem. Tipo, a "ciência" (ciências duras, ciências brandas e até mesmo as ciências espirituais) não refutam religião e espiritualidade, muito pelo contrário, fortalecem as mesmas e os entendimentos das mesmas do mundo. Por isso que eu sou tão favorável assim as ciências espirituais e as noções das ciências espirituais no nosso dia-a-dia. E claro, incentivar as pessoas religiosas e espirituais e desenvolverem o pensamento crítico delas baseados nas religiões e espiritualidades das mesmas, o que é completamente possível e prático, e que é o meu caso, como um anunnakista que defende agnosticismo anunnaki e panteísmo anunnaki, e defende oposição ao ateísmo militante, antiteísmo, ceticismo militante, cientificismo militante e neopositivismo. Religião e espiritualidade não são necessariamente ruins ou superstições, isso se você souber ter as suas bases metafísicas e filosóficas bem feitas e entender que racionalidade, lógica e pensamento são relativos e subjetivos pois variam de acordo com as experiências de cada um, e religião e espiritualidade é muito mais do que apenas "acreditar" e "ser crente", e sim é você experimentar, vivenciar, conviver e se inspirar com o meio em que você está inserido e com a tua própria filosofia e metafísica do ser, do espiritual, do religioso, do metafísica e da existência.

    Guilherme Monteiro Junior

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. I like churches, temples, etc. And I defend their preservation. He knows. And now I defend religion/spirituality more as a means of cultural/national preservation than something of salvation, etc. Salvation, perhaps, if it is in the individual aspect of each person where each person can choose their own means of salvation. But what really matters is the notion of identity and the philosophical and metaphysical visions of it, where people can have the philosophical and metaphysical visions they want. Like, "science" (hard sciences, soft sciences and even the spiritual sciences) does not refute religion and spirituality, on the contrary, they strengthen them and their understanding of the world. That's why I'm so in favor of the spiritual sciences and the notions of the spiritual sciences in our day-to-day. And of course, encouraging religious and spiritual people and developing their critical thinking based on their religions and spiritualities, which is completely possible and practical, and which is my case, as an Anunnakist who advocates Anunnaki agnosticism and Anunnaki pantheism, and advocates opposition to militant atheism, antitheism, militant skepticism, militant scientism, and neopositivism. Religion and spirituality are not necessarily bad or superstitions, if you know how to have your metaphysical and philosophical bases well done and understand that rationality, logic and thought are relative and subjective as they vary according to each one's experiences, and religion and spirituality is much more than just "believing" and "being a believer", it is about experiencing, living, living and being inspired by the environment in which you are inserted and with your own philosophy and metaphysics of being, of the spiritual, of the religious, metaphysical and existence.

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir
    2. Me gustan las iglesias, los templos, etc. Y defiendo su conservación. Él sabe. Y ahora defiendo la religión/espiritualidad más como un medio de preservación cultural/nacional que como algo de salvación, etc. Salvación, quizás, si es en el aspecto individual de cada persona donde cada persona puede elegir su propio medio de salvación. Pero lo que realmente importa es la noción de identidad y las visiones filosóficas y metafísicas de la misma, donde las personas pueden tener las visiones filosóficas y metafísicas que quieran. Al igual que, la "ciencia" (ciencias duras, ciencias blandas e incluso las ciencias espirituales) no refuta la religión y la espiritualidad, por el contrario, las fortalece y fortalece su comprensión del mundo. Por eso estoy tan a favor de las ciencias espirituales y las nociones de las ciencias espirituales en nuestro día a día. Y por supuesto, alentar a las personas religiosas y espirituales y desarrollar su pensamiento crítico basado en sus religiones y espiritualidades, lo cual es completamente posible y práctico, y como es mi caso, como anunnakista que aboga por el agnosticismo anunnaki y el panteísmo anunnaki, y aboga por la oposición a la militancia. ateísmo, antiteísmo, escepticismo militante, cientificismo militante y neopositivismo. La religión y la espiritualidad no son necesariamente malas o supersticiones, si sabes tener bien hechas tus bases metafísicas y filosóficas y entiendes que la racionalidad, la lógica y el pensamiento son relativos y subjetivos pues varían según las experiencias de cada uno, y la religión y la espiritualidad es mucho más que “creer” y “ser creyente”, se trata de experimentar, vivir, vivir y dejarse inspirar por el medio en el que estás inserto y con tu propia filosofía y metafísica del ser, de lo espiritual, de lo religioso, metafísica y existencia.

      Guilherme Monteiro Júnior

      Excluir
    3. J'aime les églises, les temples, etc. Et je défends leur préservation. Il sait. Et maintenant je défends la religion/spiritualité plus comme un moyen de préservation culturelle/nationale que quelque chose de salut, etc. Le salut, peut-être, si c'est dans l'aspect individuel de chaque personne où chacun peut choisir ses propres moyens de salut. Mais ce qui compte vraiment, c'est la notion d'identité et les visions philosophiques et métaphysiques de celle-ci, où les gens peuvent avoir les visions philosophiques et métaphysiques qu'ils veulent. Comme, la "science" (sciences dures, sciences molles et même les sciences spirituelles) ne réfute pas la religion et la spiritualité, au contraire, elles les renforcent ainsi que leur compréhension du monde. C'est pourquoi je suis si favorable aux sciences spirituelles et aux notions des sciences spirituelles dans notre quotidien. Et bien sûr, encourager les personnes religieuses et spirituelles et développer leur esprit critique en fonction de leurs religions et spiritualités, ce qui est tout à fait possible et pratique, et qui est mon cas, en tant qu'anunnakiste qui prône l'agnosticisme anunnaki et le panthéisme anunnaki, et prône l'opposition aux militants athéisme, antithéisme, scepticisme militant, scientisme militant et néopositivisme. La religion et la spiritualité ne sont pas forcément mauvaises ou superstitions, si vous savez bien faire vos bases métaphysiques et philosophiques et comprenez que la rationalité, la logique et la pensée sont relatives et subjectives car elles varient selon les expériences de chacun, et la religion et la spiritualité sont beaucoup plus que "croire" et "être croyant", il s'agit d'expérimenter, de vivre, de vivre et d'être inspiré par l'environnement dans lequel vous êtes inséré et avec votre propre philosophie et métaphysique de l'être, du spirituel, du religieux, métaphysique et existence.

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir
    4. Ich mag Kirchen, Tempel usw. Und ich verteidige ihre Erhaltung. Er weiß. Und jetzt verteidige ich Religion/Spiritualität mehr als Mittel der kulturellen/nationalen Bewahrung als etwas der Erlösung usw. Erlösung vielleicht, wenn es im individuellen Aspekt jeder Person liegt, wo jede Person ihre eigenen Mittel zur Erlösung wählen kann. Aber was wirklich zählt, ist der Begriff der Identität und die philosophischen und metaphysischen Visionen davon, wo Menschen die philosophischen und metaphysischen Visionen haben können, die sie wollen. Ebenso widerlegen "Wissenschaften" (harte Wissenschaften, weiche Wissenschaften und sogar die Geisteswissenschaften) Religion und Spiritualität nicht, im Gegenteil, sie stärken sie und ihr Verständnis der Welt. Deshalb bin ich so für die Geisteswissenschaften und die Begriffe der Geisteswissenschaften in unserem Alltag. Und natürlich religiöse und spirituelle Menschen zu ermutigen und ihr kritisches Denken auf der Grundlage ihrer Religionen und Spiritualitäten zu entwickeln, was durchaus möglich und praktisch ist, und das ist mein Fall als Anunnakist, der Anunnaki-Agnostizismus und Anunnaki-Pantheismus befürwortet und Widerstand gegen Militante befürwortet Atheismus, Antitheismus, militanter Skeptizismus, militanter Szientismus und Neopositivismus. Religion und Spiritualität sind nicht unbedingt schlecht oder Aberglaube, wenn Sie wissen, wie Sie Ihre metaphysischen und philosophischen Grundlagen gut machen und verstehen, dass Rationalität, Logik und Denken relativ und subjektiv sind, da sie je nach den Erfahrungen eines jeden variieren, und Religion und Spiritualität viel mehr als nur "glauben" und "gläubig sein", es geht um das Erleben, Leben, Leben und sich inspirieren lassen von der Umgebung, in die man sich einfügt und mit der eigenen Philosophie und Metaphysik des Seins, des Spirituellen, des Religiösen, Metaphysisch und Existenz.

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir
    5. Mi piacciono le chiese, i templi, ecc. E io difendo la loro conservazione. Lui sa. E ora difendo la religione/spiritualità più come mezzo di conservazione culturale/nazionale che come qualcosa di salvezza, ecc. Salvezza, forse, se è nell'aspetto individuale di ogni persona che ciascuno può scegliere i propri mezzi di salvezza. Ma ciò che conta davvero è la nozione di identità e le sue visioni filosofiche e metafisiche, dove le persone possono avere le visioni filosofiche e metafisiche che vogliono. Allo stesso modo, la "scienza" (scienze dure, scienze morbide e persino scienze spirituali) non confuta la religione e la spiritualità, al contrario, le rafforza e la loro comprensione del mondo. Ecco perché sono così favorevole alle scienze spirituali e alle nozioni di scienze spirituali nel nostro quotidiano. E, naturalmente, incoraggiare le persone religiose e spirituali e sviluppare il loro pensiero critico basato sulle loro religioni e spiritualità, il che è completamente possibile e pratico, ed è il mio caso, come anunnakista che sostiene l'agnosticismo Anunnaki e il panteismo Anunnaki, e sostiene l'opposizione al militante ateismo, antiteismo, scetticismo militante, scientismo militante e neopositivismo. Religione e spiritualità non sono necessariamente cattive o superstizioni, se sai fare bene le tue basi metafisiche e filosofiche e capisci che razionalità, logica e pensiero sono relativi e soggettivi in ​​quanto variano a seconda delle esperienze di ciascuno, e religione e spiritualità sono molto più che "credere" ed "essere credenti", si tratta di sperimentare, vivere, vivere ed essere ispirato dall'ambiente in cui si è inseriti e con la propria filosofia e metafisica dell'essere, dello spirituale, del religioso, metafisica ed esistenza.

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir
    6. Ik hou van kerken, tempels, enz. En ik verdedig hun behoud. Hij weet. En nu verdedig ik religie/spiritualiteit meer als een middel tot cultureel/nationaal behoud dan als iets van redding, enz. Verlossing misschien, als het in het individuele aspect van elke persoon is waar elke persoon zijn eigen middel tot redding kan kiezen. Maar wat er echt toe doet, is het idee van identiteit en de filosofische en metafysische visies ervan, waar mensen de filosofische en metafysische visies kunnen hebben die ze willen. Zoals "wetenschap" (harde wetenschappen, zachte wetenschappen en zelfs de spirituele wetenschappen) religie en spiritualiteit niet weerlegt, integendeel, ze versterken hen en hun begrip van de wereld. Daarom ben ik zo voorstander van de geesteswetenschappen en de noties van de geesteswetenschappen in ons dagelijks leven. En natuurlijk, religieuze en spirituele mensen aanmoedigen en hun kritisch denken ontwikkelen op basis van hun religies en spiritualiteit, wat volledig mogelijk en praktisch is, en dat is mijn geval, als een Anunnaki die pleit voor Anunnaki-agnosticisme en Anunnaki-pantheïsme, en pleit voor oppositie tegen militante atheïsme, antitheïsme, militant scepticisme, militant scepticisme en neopositivisme. Religie en spiritualiteit zijn niet per se slecht of bijgeloof, als je weet hoe je je metafysische en filosofische basis goed moet hebben en begrijpt dat rationaliteit, logica en denken relatief en subjectief zijn, aangezien ze variëren afhankelijk van ieders ervaringen, en religie en spiritualiteit is veel meer dan alleen "geloven" en "gelovig zijn", het gaat om ervaren, leven, leven en geïnspireerd worden door de omgeving waarin je bent opgenomen en met je eigen filosofie en metafysica van zijn, van het spirituele, van het religieuze, metafysisch en bestaan.

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir
    7. Мне нравятся церкви, храмы и т. И я защищаю их сохранение. Он знает. И теперь я защищаю религию/духовность больше как средство культурного/национального сохранения, чем что-то спасительное и т.д. Спасение, возможно, если оно в индивидуальном аспекте каждого человека, где каждый человек может выбрать свои собственные средства спасения. Но что действительно важно, так это понятие идентичности и ее философское и метафизическое видение, когда люди могут иметь те философские и метафизические видения, которые они хотят. Мол, «науки» (точные науки, мягкие науки и даже духовные науки) не опровергают религию и духовность, наоборот, укрепляют их и их понимание мира. Вот почему я так поддерживаю духовные науки и понятия духовных наук в нашей повседневной жизни. И, конечно же, поощрение религиозных и духовных людей и развитие их критического мышления на основе их религий и духовностей, что вполне возможно и практично, и это мой случай, как аннунака, который защищает аннунакий агностицизм и аннунакий пантеизм, и выступает против воинствующего атеизм, антитеизм, воинствующий скептицизм, воинствующий сциентизм и неопозитивизм. Религия и духовность не обязательно являются чем-то плохим или суеверным, если вы знаете, как правильно обосновать свои метафизические и философские основы, и понимаете, что рациональность, логика и мышление относительны и субъективны, поскольку они варьируются в зависимости от опыта каждого, а религия и духовность гораздо важнее. больше, чем просто «верить» и «быть верующим», речь идет о переживании, жизни, жизни и вдохновении окружающей средой, в которую вы включены, и вашей собственной философией и метафизикой бытия, духовного, религиозного, метафизическое и существование.

      Гильерме Монтейру Джуниор

      Excluir
    8. أنا أحب الكنائس والمعابد وما إلى ذلك. وأنا أدافع عن الحفاظ عليها. هو يعرف. والآن أنا أدافع عن الدين / الروحانية كوسيلة للحفاظ على الثقافة / القومية أكثر من كونها شيئًا للخلاص ، إلخ. ربما يكون الخلاص في الجانب الفردي لكل شخص حيث يمكن لكل شخص أن يختار وسائل الخلاص الخاصة به. لكن ما يهم حقًا هو مفهوم الهوية والرؤى الفلسفية والميتافيزيقية لها ، حيث يمكن للناس الحصول على الرؤى الفلسفية والميتافيزيقية التي يريدونها. مثل ، "العلم" (العلوم الصلبة ، العلوم الناعمة وحتى العلوم الروحية) لا يدحض الدين والروحانية ، بل على العكس يقويهما ويقويهما فهم العالم. لهذا السبب أؤيد العلوم الروحية ومفاهيم العلوم الروحية في حياتنا اليومية. وبالطبع ، تشجيع الأشخاص الدينيين والروحيين وتطوير تفكيرهم النقدي بناءً على دياناتهم وروحانياتهم ، وهو أمر ممكن وعملي تمامًا ، وهذا هو حالتي ، بصفتي Anunnakist الذي يدافع عن اللاأدرية الأنوناكي ووحدة الوجود الأنوناكي ، ويدافع عن معارضة المناضلة. الإلحاد ، ومعاداة الإله ، والتشكيك العسكري ، والعلموية المتشددة ، والنزعة الوضعية الجديدة. الدين والروحانية ليسا بالضرورة سيئين أو خرافات ، إذا كنت تعرف كيف تُنجز قواعدك الميتافيزيقية والفلسفية جيدًا وتفهم أن العقلانية والمنطق والفكر هي أمور نسبية وذاتية لأنها تختلف وفقًا لتجارب كل شخص ، والدين والروحانية كثير أكثر من مجرد "الإيمان" و "أن تكون مؤمنًا" ، يتعلق الأمر بالتجربة والعيش والعيش والاستلهام من البيئة التي تدخل فيها ومع فلسفتك وميتافيزيقيا الكينونة والروحانية والدينية ، الميتافيزيقي والوجود.

      جيلهيرم مونتيرو جونيور

      Excluir
    9. 我喜欢教堂、寺庙等。我捍卫他们的保护。他知道。现在我捍卫宗教/灵性更多的是作为一种文化/民族保护的手段,而不是拯救之类的东西。如果是在每个人的个人方面,每个人都可以选择自己的救恩方式,那么也许是救恩。但真正重要的是身份的概念以及它的哲学和形而上学愿景,人们可以拥有他们想要的哲学和形而上学愿景。就像,“科学”(硬科学、软科学甚至精神科学)并不反驳宗教和灵性,相反,它们加强了他们和他们对世界的理解。这就是为什么我在我们的日常生活中如此支持灵性科学和灵性科学的概念。当然,鼓励宗教和精神上的人,并根据他们的宗教和灵性发展他们的批判性思维,这是完全可能和实际的,这就是我的情况,作为一个提倡 Anunnaki 不可知论和 Anunnaki 泛神论的 Anunnakist,并主张反对激进分子无神论、反神论、激进的怀疑论、激进的科学主义和新实证主义。宗教和灵性不一定是坏事或迷信,如果您知道如何做好形而上学和哲学基础,并了解理性,逻辑和思想是相对的和主观的,因为它们根据每个人的经历而有所不同,而宗教和灵性则很多不仅仅是“相信”和“成为一个信徒”,它是关于体验、生活、生活和受到你所处环境的启发,以及你自己的哲学和形而上学的存在、精神、宗教,形而上学和存在。

      Guilherme Monteiro Junior

      Excluir