quarta-feira, 4 de maio de 2022

09 DE MAIO, A DERROTA DO NAZISMO PELO EXÉRCITO VERMELHO * Trabalhador em Movimento

09 DE MAIO, A DERROTA DO NAZISMO PELO EXÉRCITO VERMELHO
A LIBERTAÇÃO DOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NAZISTAS DE AUSCHWITZ-BIKERNAU PELA URSS
1) O SALVAMENTO DO POVO DAS FÁBRICAS DE EXTERMÍNIO.

Em 27 de janeiro de 1945, as tropas da 1ª Frente Ucraniana (59º e 60º exércitos da 1ª Frente Ucraniana sob o comando do Marechal da União Soviética Ivan Stepanovich Konev em cooperação com as tropas do 38º Exército da 4ª Frente Ucraniana sob o comando do coronel general I. E. Petrov) durante a operação Vístula-Oder (LIVEJOURNAL, 2019), libertaram os prisioneiros dos campos de concentração nazistas de Auschwitz. Havia apenas sete mil e quinhentos prisioneiros naquela época – pessoas que sobreviveram à implacável máquina da morte. 

(GRANOVSKY, 2020)

“Infinitas multidões de pessoas, libertadas pelo Exército Vermelho, estão vindo deste campo de extermínio”, diz o telegrama do membro do conselho militar da 1ª Frente Ucraniana, tenente-general Konstantin Krainyukov. “Entre eles estão húngaros, italianos, franceses, checoslovacos, gregos, yugoslavos, romenos, dinamarqueses e belgas. Todos parecem extremamente exaustos, velhos e meninos grisalhos, mães com bebês e adolescentes, quase todos seminus. Há muitos dos nossos cidadãos soviéticos, residentes das regiões de Leningrado, Kalinin, Vitebsk, Tula, Moscou, de todas as regiões da Ucrânia soviética. Entre eles estão muitos aleijados, com vestígios de tortura, vestígios de atrocidades fascistas.” (PROTOPOPOV, 2020)

As forças soviéticas foram as primeiras a chegar a um campo nazista de grande porte, Majdanek, próximo à cidade de Lublin, na Polônia, em julho de 1944. (…) No verão de 1944, os soviéticos também encontraram e invadiram os campos de extermínio de Belzec, Sobibor e Treblinka, que os alemães haviam demolido em 1943 uma vez que a maioria dos israelitas da Polônia já havia sido assassinada.

Em janeiro de 1945 os soviéticos libertaram Auschwitz, o maior de todos os campos de concentração e de extermínio. (…) Nos meses seguintes, os soviéticos libertaram mais campos nos países Bálticos e na Polônia e, um pouco antes da rendição alemã, eles já haviam conseguido libertar os prisioneiros dos campos de Stutthof, Sachasenhausen e Ravensbrück. (ENCICLOPÉDIA DO HOLOCAUSTO)

27 de Janeiro de 1945 – Libertação do Campo de Concentração de Auschwitz pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) [VIDEO]

Essa data é um fato histórico de tanta importância que os próprios burgueses (no passado, quando estavam menos fascistizados) tiveram que transformar esse dia em algo especial de comemoração e reflexão global.

Em 1996, o governo alemão declarou o dia da libertação de Auschwitz, 27 de janeiro, o dia oficial de memória das vítimas do Holocausto. Em novembro de 2005, as Nações Unidas (ONU) declararam este dia o Dia Mundial em Memória do Holocausto. (GRANOVSKY, 2020)

2) O OCIDENTE CAPITALISTA MENOSPREZA E DISTORCE A VERDADE HISTÓRICA .

As burguesias estão sempre deturpando as verdades sobre qualquer assunto onde possam alterar a história a seu favor, esconder fatos dos quais ela própria se envergonha, e modificar acontecimentos históricos para colocar fatos que encubram seu triste papel, na História, da dominação de classe que ela espalhou pelo mundo.

Uma dessas falsificações, por exemplo, que sempre aparecem nas mídias burguesas, é referente a data do final da Segunda Guerra Mundial, onde é afirmado que o exército da Alemanha Nazista teria se entregado (primeiramente) as forças dos EUA e Inglaterra. E a verdade histórica dos fatos, comprova que a Alemanha Nazista capitulou primeiramente para a URSS, que já havia chegado em Berlim e tomado o Reichstag, (o prédio do parlamento alemão) quando as bandeiras soviéticas são fincadas no alto desse prédio.

Bandeira da URSS sobre o Reichstag. (Флаг СССР над Рейхстагом.)

Em 8 de maio, à noite, nas imediações de Berlim, em Karlhorst, os representantes da Alemanha assinaram a ata de capitulação total e incondicional das Forças Armadas alemães. Presidiu aquela histórica cerimônia o Marechal da União Soviética, G. K. Zhukov. (A Grande Guerra Patriótica da URSS [1941-1945]) (CHUIKOV, 2018)

8 de maio de 1945: O Marechal Zhukov aceitou a rendição incondicional da Alemanha (8 мая 1945 года: маршал Жуков принял безоговорочную капитуляцию Германии)

Esta guerra causou muito impacto sobre a história da Humanidade. Guerra que transcorreu de 1939 a 1945. Foram trágicos seis anos de sofrimento para a Humanidade, causando uma série de grandes transformações econômicas e alterações territoriais, devastação de cidades inteiras com um impressionante saldo de mortes de quase 60 milhões de pessoas.

O início do ataque à URSS já começa com uma bravata totalmente sem fundamento: antes de atacar a União Soviética, a Alemanha já havia posto no bolso várias nações que caíram de joelhos, que mostravam que as burguesias europeias (que estavam apoiando o regime fascista alemão) não estavam dispostas a enfrentar Hitler. Ao contrário, consideravam Hitler como se fosse um dique (uma contenção), contra o comunismo. Ao mesmo tempo, não conseguiam esconder que estavam dispostos a empurrar Hitler contra a União Soviética, na esperança de que, no saldo final, a União Soviética estaria derrotada, e Hitler (com seu exército) tão enfraquecido que não resistiria ao ataque das potências capitalistas. Vejamos: A Alemanha consegue facilmente dominar grande parte da Europa. Sem disparar um tiro, anexou a Áustria e a Tchecoslováquia (através do Pacto de Munique, assinado em conjunto com a Itália fascista, a França e a Inglaterra) em 1938. Bastou 4 semanas para dominar a Polônia, em 1939. A Dinamarca e a Noruega foram ocupadas sem resistência em 1940. A Holanda foi derrotada junto com a Bélgica e a França, em um mês. Em apenas alguns dias, Hitler domina a Yugoslávia e a Grécia, em 1941, e em seguida Hitler consegue a adesão dos seus colegas fascistas da Itália, Romênia, Hungria, Bulgária e Finlândia, (os mesmos nazistas da OTAN, que conhecem a História, ou seja, sabem que 65% dos ucranianos ocidentais estavam na lista para morrer, que atualmente se juntam para derrotar a Rússia, ao mesmo preço em vidas e sofrimento, sem a menor vergonha, sem tapar o nariz.). Para concentrar toda sua força para invadir a União Soviética, Hitler vai adiar as operações “Leão Marinho”. “Felix”, e “Átila”, que preparava para a Inglaterra, Gibraltar e França, respectivamente. Com base nessas vitórias, Hitler e seus generais previam uma rápida campanha contra a União Soviética, argumentando: “A URSS CAIRÁ DE JOELHOS EM DUAS A TRÊS SEMANAS!”

E também afirmaram: ‘’Não é um exagero afirmar que a campanha da Rússia será vencida em duas semanas’’ (VALLAUD, 2012) afirmou o Comandante em Chefe das Forças Armadas da Alemanha, Gal. Brauchitsch. “Três semanas após o início do nosso ataque, este castelo de cartas cairá’’ (VALLAUD, 2012), prometeu o seu Chefe do Estado-Maior, General Alfred Jodl.

Os acontecimentos trágicos, infames, desde o início da Segunda Guerra Mundial, já demonstravam o quanto era violenta, cruel e desumana a burguesia mundial, através de seu braço extremo, que é o FASCISMO, braço esse que as burguesias erguem quando se vêem acuadas pelas classes trabalhadoras. Não podemos esquecer, jamais, que as burguesias sempre usarão o fascismo quando se sentirem ameaçadas pela classe trabalhadora.

Demonstrando que os campos de concentração nazistas descobertos pelo Exército Vermelho Soviético e apresentados ao mundo estupefato, no final da Segunda Guerra, não eram apenas “bolsões” de iniquidades, porque os nazistas já davam vazão a seu viés completamente alucinado. Baseados numa teoria (racista e eugenista) sem base científica de qualquer espécie, mas que lhes servia de sustentação e justificativa na sua ânsia de dominar terras alheias, e esvaziá-las dos que a habitavam, para uso do seu próprio povo considerado superior. Em sua teoria tresloucada, o objetivo era eliminar a população eslava, que eles consideravam “infra-humana” (que se situa abaixo do nível atribuído ao ser humano), para utilização das terras pelos colonos alemães. Isto é o que o Imperialismo (como descrito por Lenin, como a fase superior do Capitalismo) faz desde sempre para se apossar das terras e demais riquezas existentes em outras nações.
Soldado Soviético filmando corpos de pessoas assassinadas pelos nazistas em um campo de concentração.(https://xn—-7sbbe6addecj3bpgj0a0fvd.xn--p1ai/media/upload/c/0/c0f4347361727dc4b9d114102f8e12d8.jpg)
Os nazistas aprovaram, em 1941, uma diretiva isentando oficiais alemães de crimes de guerra cometidos dentro da URSS (CARRION), da mesma forma como os nazistas e fascistas daqui do Brasil querem fazer na atualidade, sempre copiando seus mestres, (como atualmente) no governo Bolsonaro, onde pretendiam aprovar para as forças coercitivas das polícias e das Forças Armadas brasileiras uma lei de isenção total que os protegem de serem julgados, presos e punidos pelos crimes cometidos por eles contra a população, principalmente os moradores das comunidades e das periferias, onde essas forças coercitivas são sempre colocadas contra as reivindicações dessa parcela da sociedade. (‘’Excludente de ilicitude’’ –https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/11/21/leia-a-integra-do-projeto-sobre-excludente-de-ilicitude-proposto-por-bolsonaro.ghtml
). Os momentos históricos são muito diferentes, mas as leis burguesas são bastante similares nos seus objetivos.

A determinação era “matar a todos os guerrilheiros e suspeitos de simpatizar com eles e fuzilar sem processo a todos que opusessem a mínima resistência aos alemães.’’ (MINASIAN, 1975)

A intenção dos nazistas era expulsar 80 a 86% dos poloneses, 65% dos ucranianos ocidentais e 75% dos bielorrussos, seguindo orientações de Hitler de que: “devemos exterminar a população; isso faz parte da nossa missão de proteger a população alemã; Temos que desenvolver a técnica de aniquilamento da população (…). Eu tenho direito a suprimir milhões de pessoas de raça inferior, que se multiplicam como vermes.” (MINASIAN, 1975). Era anotado pelo General Halder, chefe do Estado Maior, em seu diário, o seguinte: “O Führer tem a firme intenção de arrasar Leningrado e Moscou e de as tornar inabitáveis para nos poupar a despesa de alimentar a população durante o inverno.’’ (ELLEINSTEIN, 1976)

Ou seja, assim como aqui no Brasil de Bolsonaro, que afirmava que teria que matar 30.000 para poder mudar o Brasil, Hitler não enganava ninguém. Centenas de nazistas e fascistas espalhados pela Europa, acompanhavam os acontecimentos e sabiam do que estava ocorrendo com os planos de loucura coletiva dos nazistas, mas não se opuseram, não denunciaram, e permitiram, pela inércia, que fossem realizados todos os horrores dos campos de concentração, pelo que temos o direito de chamá-los de cúmplices, por omissão. Foram os soviéticos os primeiros a denunciar ao mundo a existência dos campos nazistas e colocar em evidência os seus objetivos e práticas horrendas. Nazistas e fascistas mundiais produziram um ser chamado de Douglas Mac Arthur, general dos Estados Unidos, o qual, na Guerra da Coreia, em 1950-53, não contente com os milhares de bombas incendiárias que arrasaram cidades inteiras e suas populações na Coreia do Norte, pediu ao governo de seu país, insistentemente, 30 bombas atômicas para jogar sobre aquela população indefesa, copiando ao seu mestre, como “SOLUÇÃO FINAL” para o problema norte-coreano. Esse mesmo general fascista dos EUA permitia que os prisioneiros tivessem suas cabeças cortadas, sendo fotografadas e distribuídas. Esse mesmo general fascista dos EUA, Douglas MacArthur, queimou casas com mulheres e crianças dentro, cujos corpos calcinados foram exibidos em fotos para o mundo.

Estes acontecimentos históricos, os quais devemos estudar com atenção redobrada, nos ajudam a descobrir o que a ideologia nazista e fascista produziu, no passado, no mundo, e nos ameaça, no presente, no mundo e em nosso país, ainda capaz de germinar loucuras nas mentes alucinadas pelo poder e pelos lucros do capital.

3) OS DOCUMENTOS HISTÓRICOS OFICIAIS PROVAM E FUNDAMENTAM A VERDADE

A publicação de documentos sobre a libertação dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz e dos territórios ocupados da Polônia pelo Exército Vermelho é uma continuação das atividades do departamento militar destinadas a preservar e proteger a verdade histórica, combater falsificações da história e tentativas de revisar os resultados da Segunda Guerra Mundial. (Departamento de Informação e Comunicação do Ministério da Defesa da Federação Russa)

Os russos são os maiores interessados em divulgar ao público os documentos, gravações de vídeo, depoimentos, etc., que ainda se encontram ocultos do conhecimento do Ocidente. A Rússia é a maior detentora de provas coletadas sobre a Segunda Guerra Mundial e o Nazismo.

No próximo link, pode-se ver cópias digitalizadas de fragmentos de 15 documentos oficiais publicados pelo Ministério da Defesa da Rússia sobre a libertação de prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz pelo Exército Vermelho. (https://function.mil.ru/news_page/country/more.htm?id=12006359%40egNews
) O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia abriu os processos criminais dos nazistas e seus cúmplices, que foram mantidos sob o título “Segredo” por sessenta e cinco anos. Esses documentos contém provas irrefutáveis dos crimes de genocídio cometido pelos nazistas contra diversos povos dos países da Europa, por motivações torpes. Todos esses documentos são carregados de depoimentos de nazistas presos que foram julgados e condenados pelos seus crimes, assim como depoimentos de prisioneiros judeus, os quais o Exército Vermelho conseguiu salvar do extermínio. Como exemplo, citamos abaixo, os fragmentos de alguns desses depoimentos:

Aqui estão as confissões de representantes típicos da “raça superior” nazista.

Elisabeth Gazelow, nascida em 1921, natural da vila de Krapin, Kreise Bitterfeld na província da Saxônia, da classe operária, de origem alemã, 8ª série do ensino, casada. Em maio de 1943, ela entrou para o serviço nos destacamentos de guarda da SS; serviu como guarda nos campos de concentração de Ravensbrück, Majdanek e Auschwitz. Em 2 de julho de 1948, o Tribunal Militar da guarnição do setor soviético de Berlim a condenou à prisão perpétua com trabalhos forçados.

Do depoimento da ré Elizabeth Gazelov: ‘’Em abril de 1944, em conexão com a ofensiva das tropas soviéticas, parte da equipe do campo de Majdanek partiu para outro campo, nas profundezas da Alemanha. Fui enviada como guarda para o campo de extermínio – Auschwitz, na Silésia. Este campo continha de 40-45 mil prisioneiros de várias nacionalidades: russos, ucranianos, poloneses, tchecos, franceses. Era um campo de extermínio. Um crematório e uma câmara de gás foram construídos ali. Observei quando, em julho de 1944, 2 colunas de judeus romenos (da Romênia) com mais de mil pessoas foram trazidas para o campo de Auschwitz. Eram prisioneiros de várias idades: idosos, jovens e crianças. Todos eles foram envenenados na câmara de gás e os cadáveres foram queimados no crematório. Diz-se que as crianças foram colocadas na câmara de gás na presença de seus pais…’’ (EGOROV; MAKAROV, 2010)

Steiborn Willy, nascido em 1911, natural da aldeia de Bukovina, distrito de Starowartowski, polonês, cidadão alemão desde 1942, 6º ano do ensino fundamental, solteiro. De novembro de 1941 a janeiro de 1945 serviu como guarda no campo de concentração de Auschwitz, SS Rottenführer. Preso em 23 de março de 1945, mantido na prisão de Lefortovo. Por decreto da Reunião Especial do Ministério da Segurança do Estado da URSS de 29 de novembro de 1947, “por intimidação e cumplicidade na eliminação de cidadãos soviéticos”, ele foi preso em um campo de trabalho por um período de 25 anos.

Do protocolo de interrogatório do SS Rottenführer Willy Steiborn: ‘’Em 1941, após a ocupação da Polônia, me ofereci para servir no exército alemão, servindo nas tropas SS no campo de Auschwitz como um rottenführer. Mantive esse cargo até a liquidação do campo devido à aproximação das tropas do Exército Vermelho, ou seja, até janeiro de 1945.

Quando cheguei ao serviço na guarda da SS, o Obersturmführer Prosman me apresentou os deveres de um homem da SS e as instruções: “Você deve saber que está protegendo os inimigos da Alemanha e não deve fazer cerimônia com eles. Você tem o direito de bater, matar um prisioneiro e se comportar de tal maneira que os prisioneiros tenham medo do seu olhar. Bata mais nos prisioneiros, zombe deles, mate-os.”

Não posso dizer com certeza, mas havia até 80 mil prisioneiros no campo, muitos eram trazidos todos os dias e muitos morriam pela fome, excesso de trabalho e execuções.

Vários transportes com prisioneiros chegavam diariamente ao campo de Birkenau, a grande maioria dos quais eram levados imediatamente para as câmaras de gás para a eliminação, e apenas um pequeno número de pessoas era selecionado para trabalhar no campo. A destruição de pessoas também foi realizada matando-as com injeções. Alguns dos prisioneiros foram fuzilados no bloco número 11, alguns foram enforcados. Em geral, no campo de Auschwitz, tudo foi projetado para que os prisioneiros morressem nele. Portanto, nenhum dos prisioneiros no trabalho poderia suportar mais de 1-3 meses.

No inverno, um transporte de até 2.000 prisioneiros chegou ao campo. O Sturmbannführer Amaer obrigou todos a tirar os sapatos e trabalhar descalços por várias horas seguidas no frio (sobre o gelo). Muitos deles adoeceram e foram exterminados.

Na primavera de 1944, houve um caso em que um grande grupo de poloneses, russos e pessoas presas de outras nacionalidades foram preparados para serem exterminados. Eles começaram a ser levados para o território do crematório, os prisioneiros começaram a resistir, então os homens da SS colocaram uma matilha de cães em cima dos prisioneiros e os caçaram com cães. Muitas vezes, para seu prazer, os homens da SS matavam prisioneiros solteiros, mulheres e homens, com os cães, os homens da SS ficavam de pé e admiravam como os cães mordiam suas vítimas.’’ (EGOROV; MAKAROV, 2010)

Na atualidade o revisionismo histórico e o retorno do nazismo (neonazismo) na Europa, tem feito com que fascistas em todo o mundo reapareçam, assim como surgem argumentações falsificadas, e a tentativa premeditada de reescrever a História com narrativas torpes, colocando os nazistas por exemplo, como as vítimas, e os soviéticos como os criminosos. Esse tipo de narrativa falsificada da História é visto recorrentemente sendo divulgado nas redes sociais, onde muitos fascistas aproveitam para disseminar ódio e mentiras sobre a Pátria Soviética, e sobre o papel do Exército Vermelho na História. As pessoas, na sua grande maioria, que não estudaram muito bem a História (e não a estudam) e desconhecem os fatos, se tornam vítimas passivas das falsificações, e passam a acreditar que os soviéticos, os socialistas e os comunistas eram os bandidos, os ditadores.

Um dos objetivos deste trabalho é o de relembrar a verdadeira História, de divulgar a verdade histórica, fazer aquilo que hoje em dia não é feito, nem pelos governos (que são anticomunistas), nem pelas escolas que estão subordinadas aos programas capitalistas de ”ensino” (um pseudo-ensino), onde a educação, além de ser sabotada, não é uma prioridade das políticas governamentais.

FRENTE ATIVISTAS DE ESQUERDA BRASIL
13 de janeiro a 26 de janeiro de 2021.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRION, Raul K. M. A grande guerra da pátria soviética. Raul Carrion Historiador. Disponível em: <http://www.raulcarrion.com.br/II_guerra_URSS.asp
>. Acesso em 25 de janeiro de 2022.

CHUIKOV, V.I.; RIABOV, V.S. A Grande Guerra Patriótica da URSS [1941-1945]. In: União Reconstrução Comunista (URC). Edições Nova Cultura, 2a edição, 2018.

EGOROV, Ivan; MAKAROV, Vladimir. Auschwitz. Materiais secretos – FSB divulgou documentos sobre campo de extermínio libertado há 65 anos. RG.RU. 28/01/2010. Disponível em: <https://rg.ru/2010/01/28/osvencim.html
>. Acesso em 27 de janeiro de 2022.

ELLEINSTEIN, Jean. História da URSS – Vol III (1939-1946). Portugal: Publicações Europa-América, 1976, p. 62.

ENCICLOPÉDIA DO HOLOCAUSTO. A liberação dos campos nazistas. Disponível em: <https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/liberation-of-nazi-camps
>. Acesso em 13 de janeiro de 2021.

GRANOVSKY, Gennady. 75º aniversário da libertação de Auschwitz: a verdade permanece conosco, TOPWAR, 27/01/2020. Disponível em: <https://topwar.ru/167151-75-let-osvobozhdenija-osvencima-pravda-ostanetsja-s-nami.html
>. Acesso em 13 de janeiro de 2021.

LIVEJOURNAL. 27 de janeiro de 1945 – a libertação do campo de concentração de Auschwitz. livejournal, 27/01/2019. Disponível em: <https://ruhm80.livejournal.com/283199.html
>. Acesso em 20 de janeiro de 2021.

MINASIAN, M. e outros. La Gran Guerra Patria de La Union Sovietica, 1941-1945. Moscou: Progreso, 1975, p. 27.

PROTOPOPOV, Nikolai. O inferno é feito pelo homem. O que os soldados do Exército Vermelho viram quando libertaram o campo de Auschwitz. RIA Novosti. Disponível em: <https://ria.ru/20200127/1563818354.html
>. Acesso em 26 de janeiro de 2022.

VALLAUD, Pierre. O Cerco de Leningrado. São Paulo: Editora Contexto, 2012, p. 88.
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2 comentários:

  1. Excelente artigo camaradas! Falaram tudo que tinham que falar. Apesar que eu realmente queria um artigo desse mesmo tipo falando sobre Zelensky, sobre a OTAN e sobre toda a propaganda que a mídia está fazendo contra a Rússia e contra Putin. Por favor, se puderem falar sobre isso, irei agradecer muito. Principalmente falando que Zelensky, a OTAN, a mídia de massa e o capitalismo-neoliberalismo são nazistas e que o que a Rússia está passando agora foi o que a URSS passou durante os primeiros meses e anos da invasão alemã na URSS. E também fala mesmo de como a mídia de massa, os "think tanks" e as "universidades" são tudo nazistas e fascistas que defendem os nazistas do Zelensky, da OTAN, dos EUA, do Bolsonaro, do capitalismo e do neoliberalismo. E eu realmente concordo com o final "Um dos objetivos deste trabalho é o de relembrar a verdadeira História, de divulgar a verdade histórica, fazer aquilo que hoje em dia não é feito, nem pelos governos (que são anticomunistas), nem pelas escolas que estão subordinadas aos programas capitalistas de ”ensino” (um pseudo-ensino), onde a educação, além de ser sabotada, não é uma prioridade das políticas governamentais." é exatamente isso que o capitalismo, neoliberalismo, neopositivismo, ateísmo militante, antiteísmo, "ceticismo", "livre pensamento", "pensamento crítico" e "desmascaramento (debunkismo)" fazem. Falaram tudo, mas só acho que deviam ter acrescentado ou fazerem um artigo falando sobre o que eu falei no começo, assim como um artigo falando sobre a Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo (Victims of Communism Memorial Foundation) e toda a propaganda anticomunista e nazista da mesma, sobre a cultura popular e a ficção científica a serviço do capitalismo e do neoliberalismo, e sobre os outros temas que eu já sugeri para falarem sobre.

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    1. Excellent article comrades! They said everything they had to say. Although I really wanted an article of the same kind talking about Zelensky, about NATO and about all the propaganda that the media is doing against Russia and against Putin. Please, if you can talk about it, I will be very grateful. Mainly saying that Zelensky, NATO, the mass media and capitalism-neoliberalism are Nazis and that what Russia is going through now was what the USSR went through during the first months and years of the German invasion of the USSR. And it also really talks about how the mass media, the "think tanks" and the "universities" are all Nazis and fascists who defend the Nazis of Zelensky, NATO, the USA, Bolsonaro, capitalism and neoliberalism. And I really agree with the ending "One of the objectives of this work is to remember the true History, to spread the historical truth, to do what is not done nowadays, neither by the governments (which are anti-communist), nor by the schools that are subordinated to capitalist programs of "teaching" (a pseudo-teaching), where education, in addition to being sabotaged, is not a priority of government policies." this is exactly what capitalism, neoliberalism, neopositivism, militant atheism, antitheism, "skepticism", "free thinking", "critical thinking" and "unmasking (debunkism)" do. They said everything, but I just think they should have added or made an article talking about what I said at the beginning, as well as an article talking about the Victims of Communism Memorial Foundation and all the anti-communist and Nazi propaganda the same, about popular culture and science fiction in the service of capitalism and neoliberalism, and about the other topics that I have already suggested for you to talk about.

      Guilherme Monteiro Junior

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