sábado, 26 de agosto de 2023

MARXISTAS E "MARXISTAS" * Uriel Centeno - Nicarágua

MARXISTAS E "MARXISTAS"
ESQUERDA X PROGRESSISMO

(Primeira parte)

Uma das questões que mais gera debates e “debates” é o papel do marxismo e de dois marxistas na Revolução Popular Sandinista, RPS. Da mesma forma, no âmbito de dois esforços educativos, procuramos dar continuidade ao projeto da Escola de Pintura “Francisco Moreno”, vamos iniciar uma série de artigos sobre ideias que devem ser consideradas sobre esta matéria.

A primeira coisa a notar é que o marxismo é, acima de tudo, uma ciência. Uma ciência que nos permite analisar a realidade; No entanto, concentremo-nos no terreno social. Também podemos nos concentrar em afirmar que o marxismo é uma ciência de análise e de transformação social.

Para transformar uma sociedade é preciso primeiro analisá-la, estudá-la e compreendê-la (compreendê-la aqui significa compreender suas características essenciais).

Então, o que é uma ciência? Quais são as características da ciência? Qualquer conjunto de conhecimento humano, para ser denominado “ciência”, deve atender a um conjunto de requisitos, características ou condições. Talvez alguém nomeie essas características, já que são estudadas nas escolas primárias e secundárias.

A primeira característica da ciência é o seu objeto de estudo. Toda ciência tem um objeto de estudo, nenhuma ciência estuda tudo, toda ciência sempre foca em um aspecto da realidade. Isto é o que nos diz que ele não está me ensinando; Por exemplo, a biologia estuda as características gerais e comuns de todos os seres vivos. Da mesma forma, existem ciências que estudam coisas diferentes, como geologia, astronomia, economia, etc. Ou o marxismo, assim como a sociologia, estudam as leis gerais que determinam os processos sociais.

A segunda característica da ciência é o seu método. O chamado método científico, que consiste no fato de que para aceitar novos conceitos é necessário seguir inevitavelmente uma série de passos:

1. Abordagem do tema a investigar, através da formulação de uma questão (problema de investigação). Por exemplo, qual é a causa da pobreza?

2. Declaração de uma possível solução para a questão de pesquisa (hipótese). Aqui está um exemplo de hipótese: por causa da pobreza tenho um baixo nível educacional.

3. Experimentação. Realizamos uma série de estudos ou experiências para obter os dados necessários à análise da pobreza e verificar se as nossas hipóteses são verdadeiras ou falsas. Podemos realizar inquéritos, censos, coletar dados históricos, entrevistas, grupos focais, etc.

4. Analise. Da mesma forma, temos mais dados necessários, analisamos, processamos, comparamos, contrastamos com outros estudos, etc.

5. Conclusão. Como resultado da análise de todos os dados que obtemos, verificamos se a hipótese que levantamos é verdadeira ou falsa. Se a nossa hipótese for verdadeira, então será incorporada como um novo conhecimento científico.

Em alguns livros essas etapas aparecem como: observação, formulação de hipóteses, experimentação e emissão de conclusões; ele ou ela mesma

Estas cinco etapas do método científico são necessárias e essenciais para a obtenção de novos conhecimentos científicos.

A terceira característica de uma ciência é o conjunto de equipamentos experimentais que lhe pertencem e são utilizados nessa ciência. Em biologia, são usados ​​​​microscópios, reagentes; Na astronomia usamos telescópio, espectrômetro, radiotelescópio... Ferramentas estatísticas e outros instrumentos não são usados ​​no estudo da sociedade; Entretanto, a principal ferramenta é a capacidade analítica do próprio pesquisador. A este respeito, Marx afirma no prólogo da primeira edição alemã de O Capital: “para analisar as formas económicas não se pode usar um microscópio sem reagentes químicos.

Uma quarta característica da ciência é possuir um conjunto de conceitos ou categorias (categoria: este é o nome dado aos conceitos mais gerais), ou definições ou termos próprios. Por exemplo, em biologia: célula, espécie ou táxon, DNA. Na astronomia: buraco negro, planeta, supernova. Nas ciências sociais: imperialismo, revolução social, revolução industrial, socialismo, classe social.

A quinta característica da ciência é possuir um conjunto de teorias, sistemas de informação e uma síntese de conhecimentos. Toda pesquisa científica leva a um conjunto de conhecimentos científicos que se acumulam na forma de teorias. Ao contrário das hipóteses, as teorias não são postulados comprovados. Essas teorias baseiam-se em novas investigações, com as quais esse conhecimento é enriquecido, renovado, ampliado. Por isso, ou como conhecimento da realidade, é cada vez mais amplo e profundo.

Com tudo isso, resta refletir profundamente sobre quatro aspectos. Apresento aqui estas quatro ideias, mas, em forma de pergunta, para abordá-las no próximo artigo sobre este assunto, dois marxistas e “marxistas”.

Qual é a relação entre análise social e transformação social?

É possível assumir uma posição ou opinião marxista sobre um assunto, se não utilizarmos o método científico?

Qual de todas as cinco características de uma ciência é a mais importante?

Você pode assumir uma posição ou opinião marxista sem estudar Marx?
(Segunda parte)

Continuamos con la pregunta: ¿Cuál es la relación entre análisis social y transformación social?

Una de las diferencias fundamentales entre Marxistas y "marxistas" es su actitud respecto al análisis social y la transformación social.

Los "marxistas" son excelentes para practicar el análisis teórico alejado de la práctica. Desde tiempos de Sandino, mientras Sandino se enfrentaba, y derrotaba al imperialismo yanqui, los "marxistas" lo criticaban de "pequeño burgués"; mientras el FSLN perdía a sus mejores hijos en la lucha contra Somoza, muchos "marxistas" criticaban al FSLN de "aventurerismo pequeño burgués"; y tal parece que, en las actuales circunstancias, continúa el mismo discurso.

Ese es un rasgo clave y esencial de los "marxistas": el análisis teórico alejado de la práctica. Actualmente, muchos "marxistas", desde fuera de la actividad partidaria, desde fuera de la dinámica práctica de la lucha de clases, desde fuera del trabajo cotidiano en las calles, cómodamente señalan los "errores" del FSLN y las "deficiencias" de su dirigencia.

Los "marxistas" se sienten realizados con el conocimiento de la teoría; y el momento máximo de su realización es ganar un "debate teórico".

Por el contrario, el Marxista asume el análisis social como una herramienta, como un instrumento, necesario para la transformación social.

Marx afirma de forma contundente en las Tesis sobre Feuerbach: "Los filósofos no han hecho más que interpretar de diversos modos el mundo, pero de lo que se trata es de transformarlo".

Marx no solamente era el gran pensador y filósofo que escribía libro tras libro; muy al contrario, dedicó su vida a la lucha por la clase obrera. Una y otra vez, por su actividad revolucionaria, fue perseguido y desterrado. Igual, Marx no escribe El Capital para que fuera discutido en círculos de economistas o especialistas, lo escribe para que sea leído por la clase obrera alemana; de ahí la sencillez del libro, a pesar de los temas tan difíciles que aborda.

Engels, en su discurso ante la tumba de Marx, resalta algo que, nuestros "marxistas" olvidan:

"Marx era, ante todo, un revolucionario. Cooperar, de este o de otro modo, al derrocamiento de la sociedad capitalista y de las instituciones políticas creadas por ella, contribuir a la emancipación del proletariado moderno (...) La lucha era su elemento. Y luchó con una pasión, una tenacidad y un éxito como pocos".

En su artículo "Carlos Marx", Lenin analiza la importancia de la obra de Marx, pero también destaca las penosas condiciones de vida en que vivió Marx. A pesar de su inmenso intelecto, en vez de buscar un acomodado lugar como profesional, consagró su vida a la lucha práctica. En su artículo, Lenin señala: "La miseria asfixiaba realmente a Marx y su familia; de no haber sido por la constante y abnegada ayuda económica de Engels, Marx no sólo no hubiera podido acabar El Capital, sino que habría sucumbido inevitablemente bajo el peso de la miseria ".

El resumen de todo lo anterior es esto: el Marxismo es una ciencia que nos permite interpretar, analizar la sociedad para poder transformarla. Es un instrumento teórico necesario para la transformación social.

El Marxismo no es una doctrina para ser debatida por "estudiosos", "profesionales" o "pensadores". Es una ciencia para la transformación social. Por eso, la responsabilidad de los cuadros revolucionarios es estudiar el Marxismo y llevarlo a las masas no como teoría, sino como una guía para la lucha práctica.

Como decía Ricardo Morales Avilés: "Hay que estudiar nuestra historia y nuestra realidad como marxistas y estudiar el marxismo como nicaragüenses".

En tiempos de Marx hubo pensadores pequeño burgueses que intentaron reanalizar el marxismo desde una perspectiva pequeño burguesa: como un conocimiento teórico de una realidad inmutable. Con ello trataban de eliminar la esencia del Marxismo como ciencia: su misión transformadora. Por ello, Marx, refiriéndose a los "marxistas" franceses llegó a afirmar: "Lo único que sé es que no soy marxista".

Parafraseando a Marx, podemos afirmar que, quien "analiza" la realidad nacional, sin integrarse de verdad y de corazón a la lucha revolucionaria contra el imperialismo yanqui y por la liberación nacional y social del pueblo nicaragüense, no es un Marxista, sino un "marxista".
(Tercera parte)

Continuamos con la pregunta: ¿Se puede asumir una posición u opinión marxista sobre un tema, si no usamos el método científico?

La respuesta es obvia: ¡No!

No se puede asumir una opinión Marxista sobre un tema específico si no se utiliza el método científico.

Muchos analistas, incluso Compañeros que son cuadros políticos, cuando realizan un análisis lo hacen desde una perspectiva subjetiva: basados estrictamente en su opinión personal y no sobre la base de un análisis objetivo.

Es una dificultad seria, porque el investigador social, el cuadro revolucionario, es parte de la misma sociedad que analiza; tiene sus propios gustos y preferencias, y hasta sus propios intereses, sus propias simpatías. Por eso, el Marxista, el cuadro revolucionario, debe despojarse de sus preferencias, gustos y opiniones y asumir el análisis objetivo; lo que significa utilizar el método científico.

Marx elevó el método científico hasta darle un cariz superior, en comparación con los investigadores precedentes.

El método científico Marxista asume una concepción materialista de la historia. Esto no significa una concepción anti religiosa; significa que el investigador, el cuadro revolucionario, a la hora de analizar una situación o un hecho social, debe despojarse de la explicación religiosa y asumir una explicación objetiva, basada en la historia, la economía, la correlación de fuerzas, el nivel de desarrollo social, etc. Por ejemplo, para analizar la pobreza, no se puede partir de que la misma es un castigo divino (Algunas religiones afirman que el sistema de castas se debe a la conducta de cada ser humano en su vida anterior). Es muy importante que los cuadros revolucionarios con creencias religiosas entiendan este enfoque. Si no se asume una explicación objetiva, no se puede llegar a buenos resultados en el análisis.

También, el método científico Marxista asume una concepción dialéctica de los fenómenos. Esto significa asumir dos cosas: primero, que todo está en cambio permanente; por eso, para analizar un fenómeno social (y natural) hay que entenderlo no como algo estático, sino como algo en cambio permanente.

Otro aspecto del método dialéctico es analizar las cosas, los fenómenos sociales, en su relación con otros fenómenos. Por ejemplo, ¿tiene relación la guerra en Ucrania con la defensa de la Revolución Sandinista? ¡Claro que sí!

Si no asumimos una concepción dialéctica, no podremos analizar los fenómenos sociales en su esencia. Por ejemplo, si analizamos la incidencia de la pobreza actualmente en Nicaragua, sin ver su evolución estadística, sus causas históricas, su comportamiento en cada etapa; entonces, muy seguramente llegaremos a conclusiones erróneas sobre las medidas para superarla.

El método científico Marxista es el Materialismo Dialéctico, aplicado a la sociedad se le llama Materialismo Histórico.

En este punto es necesario pasar a otra explicación. Toda ciencia tiene: objeto de estudio, instrumentos, conceptos propios, teorías y método científico. Pero, todo esto lo podemos agrupar en tres partes. El Marxismo, como ciencia tiene estas tres partes:

- método

- instrumentos

- teorías y conceptos

Y un par de preguntas muy importantes para diferenciar a Marxistas de "marxistas" son: ¿Cuál de esas tres partes es la más importante? ¿Cuál es la relación entre esas tres partes?

Lo determinante es el método (materialismo dialéctico) porque la teoría se origina a partir de su aplicación. Lo que inyecta a la teoría un carácter siempre vivo es el método. La realidad, la sociedad, cambia continuamente y si no fuera por el uso de la metodología, la teoría se quedaría desactualizada.

Un error que, con frecuencia hemos cometido, quienes hemos estado dedicados a la enseñanza del Marxismo es que el énfasis en los cursos ha estado centrado en la parte teórica - conceptual, y hemos soslayado la enseñanza del método. Con ello, hemos caído en la enseñanza teórica y, en cierto sentido, dogmática.

Es necesario repetirlo: el método, el método científico, el materialismo dialéctico, el materialismo histórico es lo que hace al Marxismo una teoría viva. Sin embargo, hay que tener mucho cuidado de no malinterpretar lo dicho.

En la relación dialéctica método - teoría, el método juega un papel determinante, activo; pero, la teoría, al ser producto de una aplicación anterior del método, es la base de todo el nuevo proceso de investigación científica.

En el proceso de conocimiento, la aplicación del método se refleja como práctica.

Sin el método estamos paralíticos: sin la teoría estamos ciegos.

Tal como señalaba Lenin:

"La historia de la filosofía y la historia de las ciencias sociales muestran con diáfana claridad que en el marxismo nada hay que se parezca al “sectarismo”, en el sentido de que sea una doctrina fanática, petrificada, surgida al margen del camino real del desarrollo de la civilización mundial".

"No hay teoría revolucionaria sin práctica revolucionaria, y viceversa".

"La práctica es superior al conocimiento (teórico), porque posee, no sólo la dignidad de la universalidad, sino también la realidad inmediata".

Uriel Centeno, Managua, 22 de agosto de 2023.
Escuela de Cuadros "Francisco Moreno"

Nenhum comentário:

Postar um comentário