sábado, 23 de setembro de 2023

ONU VERSUS MULTIPOLARIDADE * Rolando Prudêncio Briançon/Bolívia

 ONU VERSUS MULTIPOLARIDADE

Rolando Prudêncio Briançon

Advogado/Bolívia


A multipolaridade deve multiplicar os membros permanentes no Conselho de Segurança da ONU.


A necessidade de Mudança concretizou-se dentro da Organização das Nações Unidas, a mesma que se exige; mais do que por convicção própria, o que deveria ser o caso, já que mantém esse caráter há quase 80 anos; Mas esta mudança solicitada deveria ocorrer porque é anacrónica, serve apenas para subtrair o grau de poder que a Rússia e a China têm dentro do Conselho de Segurança.


Conjunturalmente, as condições para esta Mudança que dentro da ONU se pretende acolher seriam a guerra entre a Rússia e a Ucrânia; mas estruturalmente esta Mudança teria mais a ver com a forma como uma Nova Ordem Mundial está em processo de reconstrução. Ou seja, neste transe em que: “o velho não morreu, nem nasceu o novo”.


E a implosão inquestionável do imperialismo norte-americano, que está em agonia tentando provocar esta mudança na ONU; não apenas para que nada mude; mas sim que mude a seu favor e contra aqueles que promovem a verdadeira Mudança, como a Rússia e a China. Não foi em vão que o vice-presidente da República Popular da China, Han Zheng, apelou à ONU para defender o multilateralismo para melhorar a governação global.


“Seremos firmes na defesa dos legítimos interesses dos países em desenvolvimento. Apoiamos e respeitamos os seus esforços para determinar de forma independente os caminhos do desenvolvimento, sempre considerando as condições nacionais”, afirmou. Referiu-se ainda ao facto de: “A paz e a segurança dos países devem estar interligadas, baseadas na cooperação, no diálogo e na sustentabilidade”, concluiu.


É neste sentido que a proposta de ambas as nações sobre a emergência e o estabelecimento da nova Ordem Mundial Multipolar constitui uma concepção contrária aos interesses imperiais norte-americanos, pois significaria que estes seriam subsumidos, subalternizados na multiplicidade dos outros pólos de poder da Nova Ordem Multipolar; e que a partir de agora é um processo que está em pleno andamento. E, claro, é no seio da ONU, como instituição governante da ordem internacional, que isso deve ocorrer.


E a instância institucional onde estas mudanças devem começar a ocorrer é dentro do Conselho de Segurança da ONU, o que tem a ver com a segurança e estabilidade da própria organização, bem como dos membros que a compõem.


A composição deste Conselho conta com cinco membros permanentes (Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos) e responde a um momento histórico específico como o pós-Segunda Guerra Mundial, razão que, com base no impostor image Depois que os Estados Unidos derrotaram o nazismo, impuseram até hoje uma Ordem Mundial Unipolar, a mesma que serviu para compor o Conselho de Segurança a seu gosto, que como seu casamenteiro serviu para impor seus interesses, que são baseados no sangue e pilhagem da riqueza de outras nações, tem sido funcional para os seus desastrosos propósitos genocidas. O Iraque é uma das vítimas da vileza das suas acções abusivas e assassinas.


Existem, portanto, duas razões principais que motivam a mudança na composição do Conselho de Segurança. Por um lado, é anacrónico porque esta composição foi concebida depois da guerra e, por outro lado, são os resultados, o desempenho que tem tido como tal, garantindo a paz e a segurança das nações, como é o caso do referido caso de Iraque; ou de Cuba e da Palestina, não consegue garantir estas condições há mais de 60 anos, período quase semelhante ao nascimento deste Conselho, o que mostra quão inútil é esta instância.


É por isso que hoje no mundo existe a vontade e a consciência de ordenar as relações internacionais, a partir de conceber o mundo pela multiplicação dos pólos de poder que estão concentrados e condicionados pelo poder do Conselho de Segurança da ONU que tem atuado como casamenteiro para os EUA, pois acreditei.


(Com dados do portal web. Telesur.net)

Rolando Prudêncio Briançon

Advogado/Bolívia

Nenhum comentário:

Postar um comentário