segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

PROIBIDO ESQUECER ALFREDO MANEIRO * Coordenadoria Simon Bolívar / Ve

 PROIBIDO ESQUECER ALFREDO MANEIRO

Alfredo Maneiro González 85 anos após seu nascimento. 


Nasceu em Caracas em 30 de janeiro de 1937. Descendente dos heróis da independência Manuel e José Joaquín Maneiro. Sua companheira de vida foi Anna Brumlik com quem teve três filhos: Manuel, Ana e Mariana.


Desde muito jovem ingressou na Juventude Comunista, unindo-se à luta contra o regime militar de Marcos Pérez Jiménez. Ele foi um líder estudantil nas escolas secundárias Andrés Bello e Aplicacion em Caracas durante os anos 1951-1954.


Em 1955 iniciou seus estudos superiores em direito na Universidade de Zulia, deixando-os inacabados. Nesse período, fez parte da frente juvenil da Junta Patriótica, que liderou a derrubada do ditador Marcos Pérez Jiménez em 1959 com a insurreição de 23 de janeiro de 1958.


Após a derrubada de Pérez Jiménez, retornou a Caracas para continuar seu ativismo, político. Aos 21 anos, é eleito deputado suplente ao Congresso Nacional pelo estado de Zulia. Foi opositor do novo presidente Rómulo Betancourt e de sua política anticomunista, que motivou Maneiro a iniciar a luta armada, conseguindo chegar ao comitê central do Partido Comunista da Venezuela (PCV) em 1961.


Liderou grupos estudantis comunistas nos primeiros anos de 1960 para derrubar o presidente Rómulo Betancourt e seu sucessor Raúl Leoni, sendo implicado em atividades subversivas como o assalto ao carro do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela Teodoro Moscoso. Em La Azulita, estado de Mérida, ele tentou sem sucesso recrutar quadros guerrilheiros entre os camponeses locais.


Em 1964 criou a Frente Guerrilheira Manuel Ponte Rodríguez (em homenagem ao homem que foi o líder militar do levante da base naval de Puerto Cabello) no leste do país e assumiu a liderança sob o nome de "Comandante Tomás". A ação guerrilheira foi mantida pelo Partido Comunista até meados de 1966, que decidiu abandonar a luta armada. Anos de disputa ideológica se seguiriam, iniciando uma fragmentação do movimento de esquerda venezuelano. Maneiro então participou ativamente como um dos dissidentes do PCV, que culminou na divisão do partido em 1971, mas, diferentemente da maioria dos setores revisionistas, não integrou a direção do Movimento para o Socialismo (MAS).


Em 1967 Maneiro é preso e encarcerado no Quartel San Carlos em Caracas, até 1969, quando é libertado por anistia.


Juntamente com outros membros do comitê central do PCV, desenvolve uma intensa atividade questionadora nos aspectos políticos e ideológicos daquele partido, culminando com sua divisão em 1971 no primeiro congresso do Movimento para o Socialismo. Mas a demarcação, inicialmente qualitativa, é adulterada. Alfredo Maneiro renunciou à sua nomeação para a comissão central nesse mesmo primeiro congresso, convencido de que a liderança do MAS degeneraria em questões políticas e morais num período de tempo relativamente curto. Voltou-se imediatamente para a construção de La Causa R.


Alfredo Maneiro é considerado o mentor ideológico do Pátria Para Todos (PPT), partido político heterodoxo de esquerda que se baseia na filosofia da práxis revolucionária «eficácia política e qualidade revolucionária», contribuição do próprio Alfredo Maneiro.


Em 1972 iniciou os estudos em Filosofia na Universidade Central da Venezuela (UCV), obtendo a licenciatura em 1977, galardoada com magna cum laude. Mais tarde ingressou como professor na Escola de Comunicação Social da UCV. Determinado a participar do movimento sindical, fundou o partido trabalhista La Causa Radical, com o qual conseguiu permear o movimento sindical nas indústrias siderúrgicas da região de Guayana. Em 1982 propôs ao seu partido o apoio à candidatura presidencial de Jorge Olavarría, fato que não se concretizou.


Alfredo Maneiro morreu prematuramente de infarto no Hospital Clínico Universitário de Caracas, em 24 de outubro de 1982.


Resgatando a Memória Histórica.


Para cima aqueles que lutam! ! ! 


A única luta que se perde é a que se abandona! ! ! 


Só a luta nos libertará! ! ! 


Da Venezuela 🇻🇪 Terra de Libertadores 530 anos após o início da Resistência Antiimperialista na América e 211 anos após o início de nossa Independência.


Coordenador Simón Bolívar 

Caracas - Venezuela 🇻🇪.

Janeiro de 2022.


Depoimento de Emerson Xavier/PE: 


Estou profundamente envergonhado que tanta gente que se diz esquerdista, e até revolucionária, ignore praticamente toda a história da luta por dois irmãos, como dizem à digna e honesta companheira Dilma, ao proferir um monte de merda sobre a Venezuela, e também Haddad, Humberto Costa, Mercadante e outros.


Participei de várias manifestações patrióticas em Caracas, sempre na casa das centenas de milhares de pessoas. Não menos.

E cada vez eu via que um grande número de pessoas vestia camisas alusivas a Alfredo Maneiro, um dos dois modelos do jovem Hugo Chávez. 

Ou mais triste - coisa também perigosa! - é verificar que além de ignorar a história dois poucos irmãos, companhei@s de esquerda alimentam sua preguiça intelectual: não procuramos saber, repetimos bobagens plantadas na mídia corporativa e não aprenda a seguir uma língua com a qual compartilhamos mais de 90% do vocabulário ibérico anterior à invasão romana.

ACESSE ALFREDO MANEIRO

ENTREVISTA

Alfredo Maneiro: Hay que reunir la leña para el incendio que viene | Ciudad CCS

MAIS ALFREDO MANEIRO

http://grupolipo.blogspot.com/2017/02/para-recordar-alfredo-maneiro.html

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