domingo, 25 de junho de 2023

DOSSIÊ JUJUY * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

DOSSIÊ JUJUY
OS HORRORES DA REPRESSÃO FASCISTA
JUJUY, ARGENTINA: VIDELA FOI REENCARNADO EM GERARDO MORALES

Jujuy, a capital mineira da Argentina, no planalto do norte da Argentina, aninhada no Triângulo de Lítio, governada por Gerardo Morales, presidente do Partido Radical, em aliança com a aliança de direita Cambiemos, liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, tem desencadeou um intenso e generalizado protesto popular em toda a Província, contra a sanção de uma reforma constitucional provincial que viola os direitos consagrados na Constituição Nacional e nas Convenções Internacionais sobre os direitos dos povos originários e as garantias constitucionais do direito de protesto. Da mesma forma, destaca-se que as manifestações começaram por parte do corpo docente que ganha salários de fome que não chegam nem para cobrir a cesta básica familiar.

A resposta de Morales tem sido uma repressão violenta com sequestros e prisões em massa, apedrejando a população e abrindo fogo contra os manifestantes que causaram ferimentos graves de vários tipos, como a perda do olho direito de um jovem de 17 anos. anos, detenções arbitrárias, massivas e indiscriminadas, assustando a população, uma vez que entram nas casas em flagrante violação de domicílio, levam pessoas embora e forças de vandalismo organizadas pela autoridade provincial começam a actuar, saqueando propriedades privadas para, numa estratégia de comunicação da meios de comunicação hegemônicos provinciais e nacionais, demonstram falsa e enganosamente que as manifestações, autênticas e legítimas em defesa dos direitos violados, aparecem como meras forças desordenadas, justificando assim uma escalada na repressão policial, utilizando policiais e parapoliciais à paisana, como nos tempos da ditadura de 76-83.

VIDELA SE HA REENCARNADO EN GERARDO MORALES !!!!

A situação é gravíssima e a intervenção federal é necessária. Morales pretende distribuir culpas em outros setores e culpar o governo nacional, o kirchnerismo e as organizações sociais pela situação criada por seu autoritarismo onipotente e violento.

A CIDH, o Movimento de Direitos Humanos, o Prêmio Nobel da Paz Perez Esquivel, os sindicatos e vários sindicatos nacionais se manifestaram, faltando a CGT ordenar uma Greve Geral se o Executivo Nacional ou o Congresso Nacional não tomar medidas adequadas para defender a população.

Se Morales e seus cúmplices não forem removidos, esse modelo repressivo pode se estender a todo o país no caso de governos provinciais feudais e de direita como o de Morales, e pode ser replicado em nível nacional caso nas eleições de outubro ganhe o certo Já Bullrich, Larreta e outros políticos da direita macrista o anunciam em declarações muito preocupantes.

Desde janeiro de 2016, após ter assumido Macri, Morales decapitou o Grupo Tupac Amaru liderado por Milagro Sala, que havia trabalhado intensamente por muitos anos para oferecer aos povos originários e trabalhadores de Jujuy uma rede de assistência social, moradia, melhoria das condições de vida de os setores mais vulneráveis ​​e historicamente esquecidos. Milagro Sala, para citar apenas ela, já que outros líderes tiveram o mesmo destino, foi condenada à prisão por um poder judiciário subordinado a Morales, e hoje lhe é negado o direito de receber atendimento médico em Buenos Aires, onde deve ser operada para uma trombose que arrisca a perda de uma perna.

Jujuy é uma província feudal com um poder corrupto e autocrático que quer fazer negócios com os recursos naturais da província, como o lítio, contra os direitos da população e dos povos originários, que é a composição majoritária da população de Jujuy.

Reiteramos que o povo de Jujuy precisa de ajuda nacional e internacional, Morales reencarnou Videla e não podemos permitir isso. 40 anos de luta do Movimento de Direitos Humanos e do povo argentino não podem ser jogados fora. É necessário vir em seu auxílio.

Hasta la Victoria Sempre, Fuerza Jujuy, estamos com você!
(Autoria desconhecida)
CGT REGIONAL OESTE

MORENO, MERLO y M. PAZ

PARO NACIONAL CONTRA EL DESGUACE DE LA PATRAI!!!

ANTE EL RECRUDECIMIENTO DE LA REPRESION EN LA PROVINCIA DE JUJUY, DESDE NUESTRA REGIONAL CGT MERLO- MORENO- MARCOS PAZ, SOLICITAMOS A NUESTRO CONSEJO DIRECTIVO NACIONAL QUE CONVOQUE A UN PARO NACIONAL PARA EL DIA JUEVES 22 EN ACOMPAÑAMIENTO AL PARO DE 48HS DECRETADO POR NUESTRA REGIONAL JUJEÑA.

MAÑANA NOS ENCONTRAREMOS A LAS 13HS EN EL OBELISCO PARA MARCHAR HACIA LA CASA DE LA PROVINCIA DE JUJUY PARA EXIGIR EL RETROCESO DE LA NEFASTA REFORMA CONSTITUCIONAL, EL CESE DE LA REPRESION Y LA INMEDIATA LIBERTAD DE TODOS LOS DETENIDOS Y DETENIDAS.

REAFIRMAMOS LO DICHO CON ANTELACION; “MORALES REPRESENTA LOS INTERESES DE LOS MISMOS GRUPOS ECONÓMICOS QUE GENERAN LA INFLACIÓN QUE LICÚA EL SALARIO TRABAJADOR; NOS NECESITAN DIVIDIDOS PARA DESGUAZAR AL PAÍS PARA QUEDARSE CON EL LITIO, VACA MUERTA Y LA PAMPA HÚMEDA, RECURSOS DEL PUEBLO QUE ELLOS HISTORICAMENTE NOS HAN SAQUEADO. COMO CON LA GESTAPO SINDICAL, LA DERECHA MACRISTA Y LA CÚPULA EMPRESARIAL ARGENTINA COMANDADA POR TECHINT, ARCOR Y CLARÍN, AEA, LA UIA, LOS MONOPOLIOS YANQUIS DE AMCHAM Y LA SOCIEDAD RURAL, LLEVAN ADELANTE UNA CAMPAÑA FEROZ CONTRA LOS TRABAJADORES Y LAS TRABAJADORAS, Y HAN PUESTO EN MARCHA UN GOLPE CONTRA EL PUEBLO, EMPUJANDO AL "CAOS" Y EL MIEDO PARA SEGUIR SUCCIONANDO A NUESTRO PUEBLO.

NO HAY MARGEN PARA CREER QUE SENTÁNDONOS A “CONSENSUAR” Y “DIALOGAR” CON QUIENES GENERAN NUESTROS PROBLEMAS ENCONTREMOS LA FORMA PARA RESOLVERLOS. SI TOCAN A UNO, NOS TOCAN A TODOS. POR UN PROGRAMA PROPIO DESDE LOS TRABAJADORES Y TRABAJADORAS PARA SUPERAR LA IRRACIONALIDAD DESTRUCTIVA DE LOS GRUPOS ECONÓMICOS Y LA DERECHA.

EN CADA RINCÓN DE NUESTRA PATRIA, DESDE SUS CIMIENTOS, DE USHUAIA A LA QUIACA, MANZANA X MANZANA, CASA X CASA Y EN CADA PUEBLO, EN CADA GREMIO, EN CADA FABRICA, CONVOCAMOS A CONSTRUIR UNA DEMOCRACIA PROTAGONICA, DIRECTA, ORGÁNICA Y POPULAR COMO NOS ENSEÑARA EL GENERAL.

MÁS UNIDOS QUE NUNCA POR NUESTRA PATRIA!!!

PARO NACIONAL CONTRA EL DESGUACE DE LA PATRIA!!!

SOLO EL PUEBLO SALVARÁ AL PUEBLO!!!

CONSEJO DIRECTIVO REGIONAL
JUJUY

Camilo Katari

Enquanto nos Estados coloniais se fala da "nova onda do progressismo", o povo está nas ruas, nas estradas lutando, Puno, Cusco, Ayacucho, Wancavelica, Apurímac, Moquegua, Madre de Dios e Arequipa, no Peru e na Argentina toda a província de Jujuy, com repercussão em Buenos Aires e apoio em todo o país.

O que há de comum nesses movimentos? A identidade, a identidade dos povos originários, portanto, além do chamado “progressismo” piedoso nome da social-democracia, os povos originários retomaram as lutas anticoloniais, iniciadas em 1536.

A história ignorou o papel dos povos originários, a submissão exercida pelos governos coloniais não conseguiu "civilizar" os rebeldes, na Bolívia essa rebelião é personificada na imagem de Felipe Quispe "El Mallku", seu radicalismo o marginalizou da política oficial , voltou às bases e de lá contribuiu para a retomada da democracia (na qual não acreditava) convocando inclusive a votar no MAS, seu rival político.

Hoje é a vez do povo de Jujuy, é a vez dos coyas (como eles se identificam) que com seu chicote nos ombros estão resistindo à ditadura de uma pequena carriça colonial, acostumada a agir acima da lei ( como bom colonizador) e apoiado nas elites locais com poder econômico. Essa resistência, como no Peru, já tem sua cota de sangue, do sacrifício heróico dos verdadeiros filhos do país.

Na Argentina não é muito comum reconhecer a presença de povos originários, a eterna luta dos irmãos Mapuche é vista como um resquício da história, até Perón tem a seu crédito massacres de povos originários como os Pilagá, neste contexto hoje o jujeños os povos originários de Jujuy se encontram nas estradas, nas ruas, em confrontos com os temíveis senhores da morte, que apenas com o poder de seus uniformes, castigam ferozmente o povo por ordem do "Encomendero cristão, que por doação de o rei espanhol, ele é responsável pelos índios e pelas terras de uma comunidade.

Jujuy é um território de resistência, de luta, de esperança, são tempos de recuperação da memória, aquela memória invocada por Che quando nos disse: “… estendido para o futuro cuja voz de pedra clama com alcance continental: “cidadãos da Indo-América, reconquistem o passado”.

A violência é irmã gêmea do poder ditatorial, só a violência mantém os privilégios dos filhos de encomenderos e seus associados de cabelos loiros e olhos azuis que ainda têm complexos de superioridade.


As lutas de libertação não podem prescindir do fim do racismo, devem estar do lado dos malditos da terra, de sua terra tomada pelas artimanhas dos poderosos.

Jujuy é a ferida aberta descrita por Eduardo Galeano e é que só a derrota dos donos do poder e a emergência do povo como protagonista de sua própria história, poderão finalmente fechar a ferida de 500 anos.

*Camilo Katari, é escritor e historiador de San Luis Potosí

JUJUY LUTA UNIDA PELA MUDANÇA


Seria pouco confiável, forçado e até impertinente instrumentalizar política e eleitoralmente a crise que atravessa a província de Jujuy, e que tem como antagonista o partido político de oposição de direita "Juntos pela Mudança". Mas também é preciso entender qual pode ser o custo eleitoral que esse conflito pode produzir, para que também se possa considerar que a partir dele se pode definir a tendência eleitoral. Em outras palavras, traduzir-se-á na posição política do povo argentino frente às elites oligárquicas.apátridas.


Assim começa a se configurar o cenário eleitoral nesta conjuntura, que se polarizou politicamente a partir da resistência cidadã de Jujuy contra uma série de medidas impopulares ordenadas pelo atual governador daquela província, Gerardo Morales, que afetam basicamente as comunidades indígenas, como o direito de propriedade que as assiste sobre seus territórios, ao decidir arbitrariamente do governo responsável, o despejo de suas terras.


Mas além de que esta medida ditada nas mudanças constitucionais da província de Jujuy -apesar de que este direito dos povos indígenas seja reconhecido na Constituição da República- vem acompanhada de outra medida, como a criminalização do direito de protestar, e é isso que acabou colocando de pé o povo de Jujuy, que resiste à repressão desencadeada pelo governador Gerardo Morales. As baixas de pelo menos seis pessoas já foram relatadas neste momento dos eventos.


Não em vão do governo nacional, o presidente Alberto Fernández qualificou como "inadmissível" a repressão exercida pelo governador de Jujuy, instando a "cumprir os padrões internacionais de direitos humanos".


Da mesma forma, o Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na Argentina fez um apelo urgente: "por um diálogo construtivo e intercultural que garanta a participação efetiva dos povos indígenas e de todas as partes interessadas, para superar a crise por meios democráticos e institucionais ".


Também é necessário entender o papel desempenhado pelo governador de Jujuy, que tem como precedente o papel criminoso que desempenhou durante o golpe de 2019 contra o ex-presidente boliviano Evo Morales, tendo sido o elo externo para materializar o golpe contra a democracia que também teve um custo de vidas humanas para as populações; também indígenas da Bolívia.


Estamos exatamente a quatro meses -22 de outubro- das eleições que serão realizadas na Argentina, e o que está acontecendo hoje em Jujuy inegavelmente impactará o imaginário político dos argentinos, mostrando que existe um povo corajoso como o de Jujuy que está lutando contra essa direita oligárquica de Juntos pela Mudança, composta, entre outros, por Gerardo Morales, o deputado nacional Federico Angelini, o Auditor Geral da Nação e Miguel Ángel Pichetto e o economista José Luis Espert.


Mas também há outras figuras influentes neste partido, como o ex-presidente Mauricio Macri, o chefe do governo da cidade de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, a ex-ministra de Segurança, Patricia Bullrich, a deputada nacional e ex-governadora de Buenos Aires : María Eugenia Vidal e muitas outras personalidades conservadoras que acompanham um dos representantes mais destacados desta frente que, como plenamente ratificado, governará de costas para o povo argentino.


Ou seja, a luta eleitoral já é enfrentada por Jujuy, lutando contra o fascista Gerardo Morales do Juntos por el cambio.


Rolando Prudêncio Briançon

Advogado






MAIS JUJUY

RESUMO LATINOAMERICANO
PÁGINA 12
MILAGRO SALA, entrevista cancelada por problemas de saúde.

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