terça-feira, 8 de outubro de 2024

76 anos de resistência à invasão e ao genocídio sionista * Pedro César Batista/DF

76 anos de resistência à invasão e ao genocídio sionista

“Os judeus que, por própria experiência, deveriam saber melhor do que ninguém, o que é discriminação e a opressão, não hesitaram em transformar-se, por sua vez, em opressores”, escreveu o representante da Organização para a Libertação da Palestina no Brasil”. (Farid Suwwan - )

Nestes 12 meses, segundo a revista The Lancet, Israel já matou mais de 186 mil pessoas em Gaza

Em maio de 1948, depois de anos de propaganda sionista, os países imperialistas, liderados pelos Estados Unidos (EUA) e Reino Unido, após a segunda grande guerra, decidiram que o território palestino seria ocupado pelos judeus, criaram Israel, que tem usado todas as formas de violência contra os verdadeiros donos do território.

Entre 1947 e 1948 os israelenses expulsaram mais de 700 mil palestinos, tendo destruído cerca de 500 cidades, as quais foram ocupadas pelos invasores, que é conhecido como Nakba (catátrofe, em árabe). Desde então, por 76 anos, Israel tem praticado todas as formas de terrorismo contra os palestinos, desde a destruição de cidades, prisões em massa, sequestros e assassinatos, jogar água de esgotos nas casas, construção de pontos de controle, levando mercenários de muitos países que se auto intitulam colonos, impondo um apartheid, com o financiamento e apoio militar dos EUA e outros países.

O povo palestino nunca deixou de lutar pela soberania e libertação de suas terras, para isso usa desde pedras e o próprio corpo como armas que enfrentar as mais modernas e mortíferas armas de guerra.

A propaganda da mentira, desde a invenção de que a Palestina seria a terra prometida, segundo a bíblia hebraica, por deus para Abraão, o que abrangeria Palestina, Líbano, Síria e Jordânia é uma das principais armas. Antes da invasão sionista na Palestina conviviam em harmonia mulçumanos, judeus e cristãos. A violência, o terror e a mentira têm sido as armas usadas pelos judeus contra um povo que vivia em paz, com dignidade e harmonia com outras nações árabes e de outras regiões.


Durante a Segunda Guerra Mundial, a perseguição nazista não se limitou aos judeus pobres – os ricos eram aliados de Hitler, perseguiu os ciganos, os migrantes, os homossexuais e, principalmente, os comunistas. Estima-se em seis milhões de judeus mortos, mas não se fala dos mais de 30 milhões de soviéticos que morreram para derrotar o nazismo e libertar a humanidade do fascismo hitlerista.

A propaganda de Hollywood chegou a fazer com que muitas pessoas acreditem que foram os EUA que derrotaram o nazismo, quando o imperialismo tinha em Hitler um aliado, com a finalidade de derrotar a União Soviética (URSS) e Stalin. Somente depois que o exército vermelho avançava sobre a Europa em direção a Berlim, com os nazistas fugindo como ratos, EUA e Reino Unido entraram na guerra.

Operação Dilúvio de Al-Aqsa

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas realizou a operação Dilúvio de Al-Aqsa, que pegou de surpresa a organização sionista, que, no desespero usou helicópteros apaches destruindo automóveis e matando mais de 1 mil israelenses que estavam em uma festa rave. Os militantes do Hamas tinham como alvo militares, tendo alcançado o objetivo. Entretanto, mais uma vez a mentira prevaleceu com a difusão pelos meios de comunicação de massa a serviço do sionismo. Inventaram 40 bebês decapitados, uma farsa como tantas outras criadas pelos sionistas para justificarem seus crimes e ódio contra o povo árabe.

A máquina da propaganda sionista difundiu que há uma guerra contra o Hamas. Segundo o advogado e escritor Roberto Amaral, “não há guerra, eis que não há confronto de tropas, não há embate entre guerreiros, senão o puro e simples massacre de populações civis, indefesas e por definição desarmadas, na sua maioria gente idosa, mulheres e crianças, contra as quais ruge e vomita bombas um exército luciferino comandado pelo ódio; um exército todavia moderno, excepcionalmente equipado, armado até os dentes pelo que há de mais mortífero na tecnologia fria da indústria da morte”.

Nestes 12 meses, segundo a revista The Lancet, Israel já matou mais de 186 mil pessoas em Gaza, ainda assim a propagação da mentira, financiada pelos EUA, Alemanha e Reino Unido, afirma que os sionistas se defendem. Os sionistas já mataram mais de 20 mil crianças. Os invasores matam mulheres e homens indiscriminadamente, destroem hospitais, igrejas, universidades, prédios e centros de refugiados. O mesmo que fazem desde 1948, executando um genocídio e a destruição da infraestrutura palestina, em busca do extermínio de um povo.

A organização sionista tem o projeto de implantar a grande Israel, para isso ataca simultaneamente Gaza, Líbano e Síria, assassina as principais lideranças desses povos, como o general iraniano Qasen Soleimani, que teve papel fundamental na organização do eixo da resistência, o líder do Hamas, Ismail Ismail Haniyeh e o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah.


A explosão de milhares de pagers, em uma ação planejada por meses pelos sionistas, coordenada contra a população libanesa, direcionada para atacar a resistência do Hezbollah, que causou a explosão simultânea de milhares de aparelhos, deixando número igual de feridos e um número crescente de mortos, caracteriza um ato terrorista de novo tipo.


Em ato recente na embaixada da República Islâmica do Irã, em Brasília, o embaixador Abdollah Nekounam Hhadirli, destacou que "as crianças e o povo cercado na heróica Gaza, sob o fogo da opressão e dos crimes sionistas, possam pensar que perderam um de seus maiores defensores. No entanto, nosso encontro tem a mensagem para todos os oprimidos e desamparados na Palestina: se uma bandeira cair nas mãos de um herói, haverá outros heróis para levanta-la e garantir que essa luta continue até que a injustiça e a opressão sejam eliminadas".

Somos parte dessa resistência mundial contra o terror genocida que o imperialismo, o sionismo e seus cúmplices praticam.

Não nos calaremos, resistiremos até a vitória.

“...quando tivermos sede

espremeremos pedras

e comeremos terra

quando estivermos famintos

mas não iremos embora..."

*Pedro César Batista, jornalista e escritor. Integra o Comitê anti-imperialista general Abreu e Lima.
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