sábado, 5 de outubro de 2024

DERROTAR O ESTADO DE ISRAEL É DERROTAR O IMPERIALISMO * Organização Comunista Arma da Crítica/OCAC

DERROTAR O ESTADO DE ISRAEL É DERROTAR O IMPERIALISMO

Incapaz de derrotar a resistência palestina na Faixa de Gaza, o Estado terrorista de Israel optou pela ampliação do conflito. As forças de defesa israelense passaram a bombardear o Líbano, principalmente as áreas controladas pelo Hezbollah. Um desses ataques causou a morte de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah. Desde ontem tropas israelenses já operam em território libanês com forças especiais de reconhecimento.

Todas essas ações de Israel contam com apoio diplomático, financeiro e militar dos Estados Unidos e demais países da OTAN. A estratégia é a de provocar uma guerra regional que justifique maior intervenção imperialista e redesenhar a região a partir do projeto chamado de “Novo Oriente Médio”. Esse projeto consiste em destruir os Estados nacionais na região tal como se encontram desenhados hoje, em favor de divisões baseadas em clivagens étnicas e sectárias. O objetivo é perpetuar um cenário de caos político e social para melhor controlar e saquear seus recursos naturais, especialmente o petróleo.

O imperialismo, Estados Unidos a frente, encara uma ameaça existencial à continuidade de seu poder e domínio. A expansão do capitalismo na década de 1990, após a debacle do campo socialista, fez aparecer no cenário internacional países concorrentes, como China e Rússia, além de nações com poder e influências regionais.

Essa ameaça se agravou com a crise econômica de 2008. Para superá-la o imperialismo tratou de aumentar os mecanismos de extorsão e exploração colonial e semicolonial. Guerras e golpes de Estado são os recursos mais comuns para deter as ameaças reais ou potenciais aos seus interesses. É nesse contexto que se situa a atual escalada do genocídio de Israel contra o povo palestino.

O Estado israelense é um enclave imperialista no Oriente Médio. Sua função geopolítica é a de manter a região em estado permanente de desestabilização. Sua sobrevivência como projeto imperialista requer a expansão de suas fronteiras, a partir de uma política de limpeza étnica. A ideologia que embala esse projeto colonial é o sionismo, que defende a superioridade étnica e cultural em relação aos árabes e muçulmanos, e que justifica todos crimes contra a humanidade que possam cometer.

Importante destacar que sionismo não é sinônimo de judaísmo. Não somos contra os judeus, mas contra uma ideologia supremacista e racista professada por uma parte deles, alinhada ao imperialismo, que defende o genocídio dos palestinos e árabes em nome de sua segurança nacional.

Devido a essa ameaça existencial ao seu poder e domínio, o imperialismo estadunidense e a OTAN não vacilam em apoiar o genocídio dos palestinos. Assim como declaram o apoio aos bombardeios de Israel contra o Líbano, numa escalada da guerra que pretende evitar a qualquer custo o fim da ingerência do imperialismo gringo na região.

É preciso que todas as forças democráticas, populares e operárias apoiem o conjunto da resistência palestina. A paz na região e o fim dos massacres e genocídios só será alcançada pela derrota do imperialismo e de Israel como seu enclave colonial. No movimento por sua libertação do domínio imperialista, as vitórias da resistência palestina contra o Estado de Israel, assim como a vitória da Rússia em sua guerra contra a Ucrânia, são passos importantes.

Ao mesmo tempo precisamos cobrar do governo Lula o rompimento com o Estado de Israel de todas as relações diplomáticas, comerciais, de segurança e científicas. Mais do que palavras é preciso ações concretas que contribuam para o isolamento e a derrota de Israel e do imperialismo.
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